Não Goze Agora!
img img Não Goze Agora! img Capítulo 4 Hospital
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Capítulo 6 Briga! img
Capítulo 7 Primeira Vez img
Capítulo 8 "F" maiúsculo! img
Capítulo 9 Eu prometo! img
Capítulo 10 Encontro Pat 1 img
Capítulo 11 Encontro part 2 img
Capítulo 12 Sem teto! img
Capítulo 13 Uma noite de diversão! img
Capítulo 14 Diversão X Consequência img
Capítulo 15 Saudades! img
Capítulo 16 Dia seguinte... Noite de ontem img
Capítulo 17 Alice e Brian *Bônus img
Capítulo 18 Namorada img
Capítulo 19 Traição ! img
Capítulo 20 Sextou!!! img
Capítulo 21 Pesadelo ou Realidade img
Capítulo 22 Vazamento! img
Capítulo 23 Stive Tompson img
Capítulo 24 Esbarrão img
Capítulo 25 Visita inesperada img
Capítulo 26 Compromisso de trabalho img
Capítulo 27 Encontro Indesejado! img
Capítulo 28 Luz branca! img
Capítulo 29 Esclarecendo as coisas! img
Capítulo 30 Mais que poha! img
Capítulo 31 Reconciliação img
Capítulo 32 Pedido img
Capítulo 33 Viagem img
Capítulo 34 Dia juntos img
Capítulo 35 Mais um dia img
Capítulo 36 Bilhete img
Capítulo 37 Almoço em família img
Capítulo 38 Intuição confirmada img
Capítulo 39 Investigação img
Capítulo 40 Pesadelo img
Capítulo 41 Acidente img
Capítulo 42 Sequestro img
Capítulo 43 Escapando img
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Capítulo 4 Hospital

Entro no carro me punindo mentalmente por ter cedido desse jeito. Qual o meu problema? Ele estava sentado ao meu lado a pouco centímetros. Senhor Ed, entra em seguida e começa dirigir diligentemente.

- Então? - Pergunto me virando para ele.

- Por que não veio com Ed? Pedi especificamente para ele te trazer mais cedo.

- Não sou obrigada. - Semi-cerra os olhos me encarando com uma expressão medonha. Reviro os olhos e volto a atenção para fora da janela. - Não havia necessidade senhor Carlaham - gesticulo com uma falsa gentileza.

Eu sei que é o meu chefe, dono da porra toda, mais estamos fora da empresa e fora do expediente.

- Agora me responda. Esta fazendo o que por aqui? - Pergunto.

- Vim comprar umas coisas e por coincidência a encontrei no supermercado - simples assim ele disse.

- Humm... Sério?! - Pergunto descrente.

"Nem aqui nem na China que foi coincidência."

Pausa. Silêncio.

Ficamos em um silêncio agonizante. Me sinto totalmente deslocada. Quando percebo de canto de olho que ele não para de me encarar. Nesse tipo de situação o que eu faço?

"Ok. Calma... Eu consigo."

- Então eu moro no...

- Eu sei onde você mora. - Puta merda. Mais como?

" Tá! Agora isso esta muito esquisito. Como assim?!"

- Como sabe onde eu moro? - Fez uma careta como se fosse óbvia a resposta.

- Você trabalha na minha empresa, Clare. Claro que eu tenho os meios para isso. - Sim, isso é verdade.

Depois de uma breve pausa o seu olhar pesava sobre mim.

- Costuma sair muito Srta. Backer? - Perguntou. Do nada.

Era perceptível sua observação em cada centimetro do meu corpo, a cada expressão que eu fazia ou a cada revirada de olhos que ele parecia não gostar. Eu nem precisava verificar. O clima havia mudado, ficou mais quente e seco nesse pequeno espaço de ar que partilhavámos.

- Sim, quando posso. - Respiro profundamente e olho pela janela para me situar.

Silêncio.

Perdida em mil e um pensamentos, mordo o labio inferior devagar em sinal de ansiedade. Estava louca para chegar em casa. E então...

- Não faça isso.

- O quê? - Pergunto instantaneamente.

- Não morda o lábio desse jeito - toca o mesmo com seu polegar suavemente.

Petrificada.

O que ele estava fazendo? Minha mente está em branco. Não consigo desviar daqueles olhos azuis. Quando dou por mim, o carro para e o senhor Carlaham faz um sinal com a cabeça para o senhor Ed. O mesmo sai do Audi sofisticado nos deixando a sós. Sozinhos.

"Meu Deus do céu. Alguém me ajuda!"

O senhor Carlaham volta a atenção para mim fitando os meus lábios desejoso. Passa o polegar pelo inferior subindo para o superior e descendo de novo. Automaticamente fecho os olhos sentindo seu toque caloroso.

#quepohatofazendo?!

Querendo ou não, me sinto muito bem ao seu lado nesse momento. Não nego. Meu corpo corresponde aos seus toques, isso era inevitável, todavia, isso ta me assustando pra caramba.

Sua mão se aconchega na minha face ruborizada pela vergonha e excitação me fazendo sentir calor por dentro. Aquele toque era mais que um toque, se é que você me entende.

- Tão linda - sussurra serenamente.

Abro os olhos devagar e me pego surpresa por nem saber que tinha os fechado. Percebo que seu rosto está perto do meu me encarando com olhos indecifráveis e não sei... Mais ele parecia estar procurando alguma coisa nos meus.

Apenas alguns segundos depois, recolhe sua mão quentinha do meu rosto e quase protesto no ato, mas me contenho. Volta a sua linha de visão para frente soltando o ar pesado com força. Sua face parecia expressar descontentamento.

- Até amanhã Srta. Backer.

Silêncio.

"Só isso? Faz tudo isso e depois só diz ' Até amanhã Srta. Backer?!' Filho de uma..."

Argh... Babaca!

Volto meu olhar em sua direção incrédula e saio do carro sem nem olhar pra trás. Ah! É um babaca mesmo! Xinguei ele mentalmente de tudo quanto era nome feio que tinha ao meu dispor.

- Srta. Backer. Já deixei suas compras no seu apartamento. Tenha uma boa noite. - Acena com a cabeça se despedindo e partindo logo em seguida.

Não dou muita importância para saber como ele entrou no meu apê agora, apenas agradeço por não ter que carregar tudo sozinha e entro no prédio.

A unica coisa que preciso fazer é ficar bem longe desse homem – gostoso, sexy e misterioso. Não vai ser fácil, acredite. Eu sei. Ele me irrita e me excita ao mesmo tempo de uma forma inexplicável. Isso com certeza esta no topo da lista do que não fazer com seu chefe. Inapropriado, eu sei, mas, sinceramente eu queria que ele terminasse o que começou e é isso que me deixa mais irritada. Eu querer.

Pego o elevador e entro no apartamento encontrando, Alice assistindo TV na nossa sala conjunta com a cozinha e varanda.

- Finalmente. Já ia chamar a polícia - me abraça desengonçada e sorrio disfarçando minha irritação - Quem é aquele homão que veio aqui deixar as compras? - Reviro os olhos.

- Você só pensa em homens?

- Claro que não. Penso em comida também - sorrimos. Eu também.

- Doida. Ele é o motorista e segurança do Sr. Carlaham. Meu chefe. - Franze a testa curiosa.

- E o que ele tava fazendo aqui? - Alice, faz uma careta de quem já sacou. - Ah, bandida. Ta pegando né?! - Bate na minha bunda de leve.

- Ai meus Deus! Claro que não. - Vou para cozinha e começo a retirar os produtos das sacolas.

Alice se aproxima para me ajudar a guardar os produtos e fazer o jantar. Enquanto isso, conto tudo pra ela do começo ao fim. A expressão da garota é impagável. Ela ficou de boca aberta com os acontecimentos e disse que pelo jeito que eu o descrevo ele parece o Christian Grey da vida real. Essa Alice é louca mesmo.

Depois de jantarmos nosso famoso espaguete ao molho cheddar e bacon, ela me contou do dia exaustivo dela à procura de emprego. Alice sempre foi muito dedicada, antes de nos mudarmos ela já havia sido aceita em uma empresa na California, mais acabamos mudando de plano e aqui estamos em Nova York. Ela não teve muito tempo de mandar seu currículo para empresas daqui, mais estamos esperançosas. Ela é muito talentosa. Comemoramos com uma taça de vinho e depois fomos assistir Tv.

{•••}

São exatamente 22:00h, da noite. A lua estava linda, não havia estrela alguma brilhando no céu escuro como o breu. Caminho para o quarto na intensão de dormir, porque amanhã é meu segundo dia de trabalho, não posso atrasar. Me despeço de Alice que fica assistindo Doutor House. Deitada na cama continuei pensando nesses três últimos dias. Principalmente no moreno. Realmente loucura.

Ao acordar no horário na manhã seguinte, faço minha higiene, arrumo os cabelos e uso maquiagem para esconder as olheiras. Depois tomo café e como uns pães com requeijão e ovos. Vou em direção ao meu quarto para me olhar mais uma vez no espelho e garantir que estava tudo certo.

"Ok, Clare. Vamos lá. Coragem!"

Adoro usar roupas que me deixam mais sofisticada e apresentável. No momento uso um terninho feminino lindo que comprei na cor salmão e um sobretudo preto. Não podia faltar a minha cinta liga preta por baixo de tudo isso e para acompanhar, salto preto Scarpin super confortáveis. Basico. Soltei meus cabelos que estavam bem volumosos como amo, peguei a minha bolsa e o celular olhando no aplicativo que o Lyft ja chegou. Desço e entro no veículo.

Cheguei exatamente no horário e de cara já vejo pessoas andando para lá e para cá. Pego o elevador chegando no meu andar onde Amanda logo me cumprimenta.

- Bom dia.

- Bom dia - respondo.

- Então... - Ela começa - o Sr. Roberth Harley está em sua sala à sua espera.

- Ai que nervoso... - Confesso esfregando as palmas das mãos no sobretudo.

Ontem não pude conhecê-lo mais hoje é o dia. Estou super nervosa. Caminho pelo corredor extenso com salas vazias até chegar a sua de vidro opaco branco. Bato e espero consentimento para que eu entre.

- Pode entrar!

- Bom dia, Sr. Roberth Harley - cumprimento assim que entro.

- Sente-se, por favor. - Educado.

- Me desculpe por não poder recebê-la ontem. Surgiu um imprevisto, precisei viajar de última hora.

- Não precisa se desculpar. Tudo bem. - Sorrio nervosa.

- Espero que Amanda tenha lhe recebido bem. - Mexe em alguns documentos na mesa.

- Ah sim. Muito bem.

- Fico feliz. - Mostra um belo sorriso.

- Bom... Como você sabe, vou ser seu mentor. Espero que eu possa te preparar e ajudar no que for preciso para te fazer crescer nessa industria.

- Muito obrigada! Estou ansiosa para aprender com o senhor.

- Ah, por favor, nada de senhor. Estou nos meus 40 anos! Me chame de você ou Roberth. Certo? - Sorrimos.

- Tudo bem. O senh... Ops... - Sorrio e corrijo. - Você é quem manda - pisco divertida.

Meu mentor parece uma pessoa super legal e inteligente. Depois de toda aquela apresentação fui a minha nova mesa. Ser secretaria é um belo começo. Ele foi de muita ajuda, me sinto bem sendo sua aprendiz. Conversamos mais um pouco e nos identificamos bastante.

Algumas horas ja havia se passado, o senhor Roberth pediu que pegasse um café para discutirmos um projeto no qual fomos designados.

Vou a maquina de café mais não está funcionando. Vou na Amanda e pergunto onde mais tem maquina de café e ela me disse que no 10° andar havia uma espécie de cantinho do lanche. Chegando lá, peço informações e finalmente chego no espaço. Preparo três copos, um para mim, um pro senhor Roberth e outro pra Amanda. Não achei a bandejinha de papelão de pôr o café, então equilibrei na mão mesmo.

Espero o elevador chegar, quando as portas se abrem me apresso a entrar e acabo dando um encontrão em um homem. Os cafés entornam em cima de mim de uma vez.

- AAAAH! - Grito de dor.

Está queimando minha pele. Começo a tirar meu blazer desesperada, depois o colete, fico só de blusa tentando fazer parar de arder abanando com a mão e soprando com a boca.

- Meu Deus! Clare, me desculpe. Não vi você! - Gabe pede desesperado tentando me ajudar a limpar o café da minha blusa.

A porta do outro elevador se abre e nada menos e nada mais que... Adivinha quem sai de lá? Se você disse Sr. Carlaham você acertou. Ele vêm em minha direção passando por Gabe me levando para dentro da sala de café. De onde ele saiu?

Ele não diz nada apenas me analisa de cima abaixo vendo meu estado suspirando. Pega um pano dentro de uma gaveta e o molha com água fria por uns segundos, torce e me olha. Gabe nos segue e começa a pedir desculpas sem parar.

- Tudo bem, Gabe. Não foi culpa sua. Também não te vi. - Conforto-o e ele assente cabisbaixo.

- Procure prestar mais atenção senhor Avelar! Poderia ter sido pior. - Senhor Carlaham diz ríspido. - Volte ao trabalho. Eu cuido disso.

Gabe assente e sai de cabeça baixa. Até agora não consegui dizer uma palavra. Como ele sabia que eu estava aqui? Talvez ele não soubesse, né? Pode ser coincidência.

"Ah... Claro. Assim como no supermercado!"

Só que não! Ele realmente é algo.

- Tira a blusa - manda.

- Por quê? Eu não vou ti...

- Tenho que ver o estrago. Não se preocupe. Só há eu aqui. - Ah, claro. E isso está tudo bem!

- Eu posso fazer isso sozinha.

- Não vou mandar de novo, Clare. - Sua voz sai grossa e autoritária.

Começo desabotoando a blusa, depois de aberta tiro-a devagar.

- Pronto. - Não o olho pois estou morrendo de vergonha.

Passa suavemente o pano gelado na vermelhidão, onde está realmente ardendo. Sinto aliviar um pouco mais ainda está ardendo.

- Ta doendo muito? - Pergunta preocupado. Desvio o olhar para baixo para a vermelhidão entre o pescoço e seios.

- Tá ardendo muito.

Ele tira o celular do bolso e vai para um canto falar com alguém. Depois de uns segundos ele volta.

- Vamos - tira o palitó e coloca sobre meus ombros.

- Cubra-se. - Ordena. Assim o faço.

- Onde vamos?

- Hospital.

- Ahh... Não precisa se preocupar. Eu posso ir sozinha.

- Não discuta comigo. Eu vou e pronto.

Decidi não discutir. Está ardendo muito e tô me segurando pra não chorar. Descemos ao térreo e o Sr. Ed estava a disposição nos esperando. Entro no carro e o moreno misterioso vem logo atrás.

- Ah! Eu não avisei o senhor Roberth... - Lembrei.

- Não se preocupe, eu resolvo isso. - Assenti.

- Acho melhor tirar isso - puxa o palitó - para não abafar.

Fico desconfortável apenas de sutiã e saia ao seu lado, mais agradecida por colocar uma peça nova. Ele apenas tira o celular do bolso, digita uma mensagem e depois guarda. Sinto seu olhar sobre mim logo em seguida. Me remexo desconfortável pela dor, ardência e vergonha.

A julgar pelo jeito que ele me olha, sinto que posso ser devorada aqui mesmo. Evito fazer contato visual voltando minha atenção para rua lotada de Nova York.

Está ardendo horrores realmente, não vou mais conseguir segurar as lágrimas que insistem em cair. Deixo uma cair solitária descendo devagar e a limpo rapidamente disfarçando.

Alguns minutos depois, chegamos ao bendito hospital finalmente. Agora me pergunto se isso aqui é um hotel cinco estrelas ou um hospital mesmo.

- Que hospital é esse? - Com certeza não tenho dinheiro para pagar esse lugar. Meu Deus!

- Não se preocupe com nada. O acidente foi na minha empresa então é minha responsabilidade.

Esse é o motivo de me trazer aqui? Obrigação? Bem, eu esperava o quê? Minha irritação voltou, tanto por hoje como por ontem. Faço que sim com a cabeça e saio do carro o deixando para trás. Ele sai no mesmo instante e me dá o palitó.

- Coloca isso. Tá cheio de gente lá dentro. - Me cubro levemente para não encostar na area afetada.

Adentramos o lugar e fico atordoada. Aqui realmente é O HOSPITAL. Nem parece um estabelecimento de saúde de tão limpo e harmonioso. Ter dinheiro é outro nível!

{•••}

            
            

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