Capítulo 5 A visita...

O ambiente era calmo e reservado. Uma enfermeira nos dirige a uma sala onde o Doutor nos espera. É eu sei, esse atendimento foi mais rápido do que um carro de formula um. É um dos benefícios de ser muito rico, fazer o quê né?

O doutor foi muito gentil e educado. Eu não precisei dizer uma palavra, o senhor Carlaham respondia por mim. Os dois se cumprimentaram amigavelmente então presumi que fossem amigos. Sem dúvida, impressionante como gente bonita atrai gente bonita.

- Então - olha no prontuário - senhorita Backer - sorrir gentilmente - vou precisar que tire o palitó, por favor.

Assim o fiz com todo o cuidado do mundo. Ele examina de perto e prescreve em sua caderneta. Senhor Carlaham parece bem atento aos movimentos do doutor.

- Então, está bem vermelho e haverá descamação. Foi uma queimadura de 1° grau. Vai se recuperar rápido. - Sorri me tranquilizando.

- Ok. Eu vou precisar tomar alguma coisa ou passar algo? Está ardendo muito.

Ele balança a cabeça em positivo e pega uma vasilha com soro e algodão, passa na região com cuidado a limpando, me queixo um pouco de dor mais nada que eu não possa suportar. Parece que dormi na praia por três dias seguidos!

Depois da limpeza, ele passa uma pomada que da uma aliviada legal. Dá a sensação de gelado sabe? Olho para o senhor Carlaham que parecia pensar em algo importante. Talvez ele tenha desmarcado compromissos importantes para estar aqui agora. Me sinto mal por fazê-lo sair do trabalho por algo que eu poderia resolver sozinha.

- Essa pomada aqui vai fazer a ardência sumir por hora. Tem que massagear assim em movimentos circulares como fiz. Ela vai aliviar o ardor e refrescar sua pele.

- Ok, já chega né Caio. - O moreno pega a pomada de sua mão e tira uma foto rápida.

" Fala sério. A massagem tava ótima."

O doutor rir divertido. Eles parecem se conhecer muito bem.

- Tudo bem. - Levanta as mãos em rendimento brincando.

- Agora termine o seu trabalho e me dê a receita do que ela precisa.

Desço da cama e me despeço do doutor bonitão.

- Obrigada doutor.

- Eu é que agradeço. Fazia um tempo que não via o Chris. Só assim pra ele aparecer por aqui.

- Vocês são amigos? - Pergunto por curiosidade.

- Somos conhecidos. - Sr. Carlaham pega a receita.

- Ah! Qual é Chris? - Me olha - somos amigos desde o fundamental.

Senhor Carlaham não da muita importância para o amigo apenas pega o celular e digita uma mensagem.

- Vamos? - Me chama.

- Sim. - Me despeço do doutor mais uma vez e vou indo na frente.

Senhor Carlaham ficou para falar com ele sobre algo. Resolvi os deixar a sós. Depois de uns cinco minutos, percebo que as pessoas olham para mim como se eu fosse insana. Quando percebi o que havia de errado. Corei no mesmo instante. O palitó ficou com o senhor Carlaham! Tento cobrir a parte exposta do meu colo e seio, mais não dá muito certo.

"Quando vou deixar de ser tão anta assim?"

Quando me viro para voltar na sala o palitó é colocado sobre mim de supetão.

- Por que não me esperou? Não vê que esta praticamente nua?! - Me repreende.

Foi tão inesperado que fiquei sem reação. Era como se eu não conseguisse me explicar, como se eu tivesse sido pêga roubando bala no comércio quando pequena.

" Quem nunca né?"

- E-eu...

- Vamos sair daqui. - Puxa meu braço com uma certa força me levando para fora do prédio.

Eu realmente não me sentia bem. Parecia com a minha mãe me repreendendo por pegar as balas sem pagar. Foi só uma pequena exposição. O corpo é meu, mostro se eu quiser, não precisa disso tudo.

- Realmente. Não posso tirar os olhos de você por um segundo. Pareço até seu pai. - Resmunga baixo abrindo a porta do carro. Bom, se ele queria me irritar. Conseguiu!

Puxo meu braço de volta revoltada com tudo e com todos. Jogo o palitó na cara dele e saio atrás de um táxi.

- Clare! - Me chama. Faço sinal para o táxi que para na minha frente, mais sou puxada forte pelo pulso.

- Onde você vai?

- Não tá vendo? Indo embora. - Digo grossa.

- Eu levo você.

- Não quero. - Solto meu pulso.

Ele fecha os olhos e inspira devagar controlando a voz.

- Por favor, deixa eu levar você...- Pedi mais calmo e controlado.

- Qual o seu problema? - Realmente quero saber. Ele engole em seco olhando minha nudez e olhando ao redor.

- Pelo menos usa isso. - Me cobre. Aceitei já que eu tava só de sutiã de qualquer forma o que é muito constrangedor, devo admitir.

Entro no táxi e fecho a porta. Sinto seu olhar me queimar, mais mesmo assim não me viro para olha-lo de volta.

- Pode ir. - Digo ao motorista que assente.

- Espera! - Chama indo até o motorista.

- Se acontecer alguma coisa com ela, diga adeus á sua carteira de motorista. - Pega sua carteira e paga o motorista que está sem reação assim como eu.

O senhorzinho apenas assente atordoado e arranca com o carro.

"Isso aconteceu mesmo?"

Senhor Carlaham é realmente assustador quando quer.

{•••}

Depois de banho tomado, passo a pomada que comprei no caminho para casa. Vou na cozinha preparar o almoço para ocupar minha mente porque essa manhã foi totalmente insana. Não consigo acreditar em nada que tenha acontecido comigo nesses últimos dias.

- OMG! Você tá bem? - Alice corre pra cima de mim preocupada.

Conto o ocorrido e ela apenas sabe falar "AI. MEU. DEUS!" . Sério isso já tá me irritando.

- Será que ele gosta de você?

- Isso não é possível, ele nem me conhece. - Falo o óbvio.

- É. Mais ele pode tá querendo alguma coisa contigo! Nossa como tu é sortuda.

- Tua cara! - Dou um tapinha na sua cabeça. - Mais é bem provável que se for isso e ele conseguir vai me demitir na certa.

- Verdade... Amiga não cede!

- Claro que não, tu me conhece eu nunca faria isso. Eu não misturo as coisas.

Alice me ajudou no almoço e depois de muita fofoca e especulações comemos.

- Quanto tempo vai ficar em casa?

- Ainda não sei, mais quanto mais rápido eu voltar melhor. É só o meu segundo dia e já consegui atestado. Isso não é bom.

- Hm... Então vamos fazer a tarde das meninas?

Passamos a tarde conversando bobagens, ela fez minhas unhas da mão enquanto eu fazia a dos seus pés. Assistimos nossas séries preferidas e comemos nutella com biscoito. O resto do dia dormimos muito.

{•••}

São quase 19:00h, quando acordo e vejo o bilhete de Alice no criado mundo ao lado da minha cama.

' Saindo gata, não demoro. Vou na casa de Liam pra conversamos sobre o emprego na boate dele, deseje-me sorte.

XOXO!'

Ps: vc fica horrível de unhas amarelas.

Consigo imaginar ela rindo como idiota pensando nas minhas unhas. Reviro os olhos sorrindo. Observo minhas unhas e realmente estão horrendas. Meu celular toca desesperadamente.

Número desconhecido

- Sim?

- Oi. Amanda aqui. Liguei pra saber como você ta? Desculpe a demora. Só tive tempo agora.

-- Ah... Não se preocupe com isso. Já tô bem melhor, obrigada por ligar.

- Claro que eu iria ligar, na verdade eu ia ai, mais não sei onde você mora.

- Bom... Isso precisa mudar. No final de semana você vem passar a tarde aqui. Ok?

- Será um prazer. Ah, o Sr. Harley pediu pra avisar que você pode ficar de repouso o resto da semana e que melhore logo.

- Nossa é muito tempo, volto antes disso com certeza.

- Então, já vou indo. Tô largando o serviço agora. Boa noite e melhore logo.

- Ok, beijos!

Chamada finalizada

Jogo o celular na cama e tomo uma ducha. Coloco um pijama fininho e solto pra não pegar na queimadura e passo a pomada para aliviar. A fome bateu. Abro a geladeira umas cinco vezes só pra ver se não deixei passar nada. Eu sempre sei o que me espera lá dentro.

"Sou demente mesmo!"

A campainha toca.

Esquisito o porteiro não avisou que tinha alguém subindo. Vou em direção a porta e abro.

- Oi.

- O que você tá fazendo aqui? - Levo um susto real.

- Passei para me desculpar por hoje mais cedo. - Me entrega um buquê de rosas lindo.

- Obrigada senhor Carlaham, mais não precisava se incomodar. Já passou. - O QUÊ ELE TA FAZENDO AQUI??

Meu coração está errando todas as batidas desde que abri essa porta.

- Como você mente mal senhorita Backer. - Sorrir de lado. - Posso entrar?

"Merda! Diz não!"

Não consigo raciocinar. Se ele veio só se desculpar? Por quê quer entrar?

- Não farei nada demais, Clare. - O jeito que ele diz meu nome faz meu coração pular.

Deixo-o entrar e fecho a porta apertando a maçaneta como se minha vida dependesse disso. Levo o buquê para a cozinha e ponho em um vaso d'água.

- Como você está?

- Estou bem melhor agora. E obrigada pelas rosas.

- Sente-se. - Ofereço-lhe uma cadeira.

Sentasse na cadeira ao meu lado. Mordo o lábio nervosamente me repreendendo mentalmente quando o vejo mudar de expressão. Abaixo a cabeça procurando mudar o clima de tensão.

- Por que agiu daquele jeito comigo? - Pergunto querendo uma resposta sua concreta.

- De que jeito?

"Idiota!"

- Você sabe do quê tô falando.

- Sei? - Continua se fazendo de sonso calmo e serio. Odeio isso!

- Não faça joguinhos comigo. - Levanta e rodeia a cadeira.

- Isso não é um jogo. Sabe... Eu não jogo para perder. - Sussurra. Me arrepio de pinta a cabeça e levanto da cadeira o mais rápido possível. Me afastando, viro de costas e respiro fundo.

"Se controla!"

Olho-o nos olhos determinada a não me deixar ser intimidada.

- Sabe que nem eu! - Ele sorrir de lado divertido.

- Foi exatamente o que pensei.

{•••}

Notas finais:

Genteee, me segue pfv, vamo curti a história se estiver gostando e compartilha-la. Vamo que vamo... Bjus e até a próxima ❤