Capítulo 3 Filhos de Sangue Vermelho: Iguais e Semelhantes

Todos os nomes, organizações e incidentes presente nessa obra são fictícios.....

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A sociedade atual se apresenta de forma racista com algumas classes sociais, como: negros, homossexuais, índios, mulheres entre outros.....

O Racismo é um modo de pensar distorcido de quem julga, que um grupo de pessoas é melhor que outro, devido a sua cor, sua religião, sua cultura, sua origem, e sexualidade.

Os negros principalmente sofrem essa categoria de preconceito com mais frequência, mesmo sendo considerado crime, muitas pessoas usam varias formas para cometer esse crime. Bater, explorar, humilhar e até matar. Mais quem liga, já que a sociedade racista esta eliminando os de origem herege da sociedade, pois para eles é uma heresia nos negros frequentarmos os mesmo lugares, andar ao lado como igual ou até mesmo respirar o mesmo ar.

A desigualdade racial, está hoje em todo lugar, bastar saber ver por trás da máscara de "só sorrisos" que a sociedade põe para mascarar o preconceito.

A taxa de mortalidade aumenta todo ano, as maiores vítimas são pessoas negras, julgadas por serem livres.

A disparidade racial entre as mulheres assassinadas é a soma de vulnerabilidades ainda mais evidentes do que quando se trata de homens. Se comparar o índice de mulheres negras mortas e bem maior do que a classe masculina.

"No caso dos homens, são muito mais relacionadas à falta de acesso que os homens têm a serviços e políticas públicas. Mas entre as mulheres negras há uma tripla vulnerabilização: racial, de gênero e de classe."

Nós também somos humanos.

Somos Gente.

Temos o Sangue vermelho como o de qualquer outra pessoa.

Somos todos filhos de Deus sem qualquer distinção.

Mais o que recebemos em troca? Porrada na cara ou um tiro na cabeça.

Eu sou negra do cabelo crespo, já sofri muito por ser assim, mais minha mãe sempre me ensinou a ter orgulho por ser quem sou. Moro na favela e sou a única mulher negra da minha comunidade que conseguiu passar em um concurso publico para uma faculdade particular de medicina. O exemplo de que tudo podemos, basta confiar e se esforçar para consegui seus sonhos.

Chamo-me Amira Reis, uma quase médica da faculdade de Medicina UPEL, conheci muitas pessoas legais na faculdade, mas também encontrei quem repudia pessoas como eu, Negra e Favelada- como se eu tivesse alguma doença contagiosa- os riquinhos filhos de papai da faculdade se acham os reis de tudo. Passei 5 anos levando xingamentos racistas na cara, mais quem liga, quando se pode perder tudo o que tem para um desses ricaços.

A pior parte era ter que aceitar, hoje em dia com dinheiro se faz tudo e meu maior medo era perder a bolsa, caso eu denunciasse na diretoria da universidade, em quem eles iam acreditar? Em uma negra favelada sem nada ou em um branquinho engomadinho cheio da grana, acredito que já sabemos a resposta.

Sim, eu suportei por cinco anos tudo, sempre centrada e na minha. Não querendo me gabar, mais era inteligente, e usei isso ao meu favor, consegui passar em todas as matérias com muita facilidade, sempre com notas altas, e quanto mais eu era elogiada pelos professores mais raiva meus colegas tinham de mim. Recalque talvez.

Hoje teríamos uma aula prática, como já faltavam apenas um ano para a conclusão do curso, já estamos estagiando e tendo aulas práticas com frequência. Sou residente em um hospital de granfinos no centro da cidade, o estágio foi indicação da universidade, além de trabalhar lá também atuo no posto da comunidade onde moro fazendo serviços comunitários.

Acordo cedo para ir para universidade e logo após tenho que está no hospital Central Santa Helena. Uma vida corrida, mais não reclamo eu até gosto, passo 3 horas de tempo na faculdade e 6 h no hospital, após isso pego o ônibus para comunidade e já vou direto ao posto de Saúde. E meus dias se passam dessa maneira.

Às sete em ponto estou na porta da universidade, tenho que está cedo no ponto do ônibus pra não atrasar, assim que entro na instituição vou logo ao vestiário e ponho o uniforme e o jaleco, passo no meu armário deixo a mochila e saio com o essencial pra aula, entro na sala praticamente junto com o professor Antunes. Professor de Anatomia Humana, ele sempre preside nossas aulas práticas.

- Bom dia gente, hoje a aula será interessante, espero que gostem_ disse o professor.

Avia um corpo sobre a mesa, o IML disponibilizava corpos de indigentes para os estudos da universidade, outra forma de aderimos os corpos para estudos era através de doação. A doação não inviabiliza a família de realizar cerimônias póstumas. É permitido realizar o velório e, após o ato, o corpo deve ser encaminhado para a universidade. Casos de óbitos causados por acidentes traumáticos, como homicídio, suicídio ou acidente, não são recebidos, pois, ficam sob domínio do Estado. Após a doação, não é possível fazer visitas, já que o corpo é utilizado somente para estudo e, assim, as únicas pessoas com acesso são estudantes, técnicos e professores. Geralmente trabalhávamos com corpos dissecados, hoje a aula diferiria, como o professor Antunes mesmo disse.

- Vamos la gente, o que eu ensinei pra vocês, antes de qualquer experimento com um corpo morto o que fazemos_ diz incentivando a dizermos a oração por ele ensinada_ Vamos la pessoal o que Carl Rokitanky faria?

            
            

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