Capítulo 4 O Baile

Música rolando eu observo tudo, minha mãe cumprimenta todos a sua volta, e eu fico olhando quando sinto alguém chegando. É Sarah toda graciosa

_ vamos dançar?

_ não sou bom em dança - eu a olho

_ Erick, todas as moças solteiras estão te olhando eu só quero fazer um pouco de inveja! Por favor? - ela me olha com um olhar de piedade eu dou risada e aceno com a cabeça e ela me leva para o meio do salão como se fosse uma criança que tinha acabado de ganhar um prêmio.

A dança começa e eu vejo a Catherine me olhando com raiva e isso me faz rir.

_ Catherine tem uma queda por você não tem?

_ Não sei do que você está falando Sarah!

_ eu vejo com ela te olha, e ela não fala comigo desde que soube que saímos! Sabe ela é minha melhor amiga, não queria que ela ficasse brava comigo, eu a amo tanto.

A dança começa a rodar os casais, cinco minutos com cada pessoa da roda, várias mulheres me olham e sorri, o cheiro delas estão mais fortes e eu tento me controlar, e finalmente chega o momento que irei tocar em Catherine

_ esperei por esse momento

_ dança muito bem senhor Erick

_ passaria a noite dançando até não ter mais pés se fosse com você

_ que exagero - ela me olha e ri

_ veio com Sarah?

_ você sabe que nao.

Nesse momento eu vejo um homem que eu reconheço. Suponho que seja meu tio Victor

_ aconteceu algo? - Catherine me olha preocupada

_ está tudo bem

_ se controla seus olhos estão vermelhos

_ me desculpe, vi algo que não queria ter visto.

A dança roda mais uma vez e Catherine se vá.

Depois de dançar com várias mulheres diferentes, a música acaba com a Sarah em meus braços novamente. Lhe dou um beijo na testa e não a digo nada, e vou até a direção da minha mãe.

_ eu vi ele

_ ele quem meu filho

_ o homem, que me ajudou e o mesmo que estava beijando o Agnon, temos que tomar cuidado mas eu preciso descobrir umas coisas! _ cuidado meu filho, você ainda não tem controle sobre tudo isso que está acontecendo. Eu a olho para ela e a falo no ouvido para não se preocupar, então subo as escadas e vou até o homem.

_ olá você por aqui - eu falo intrigado

_ garoto, pensei que nunca iria te encontrar

_ estava me procurando ?

_ querendo entender quem descumpriu as regras e te criou - ele me olha com dúvidas

_ regras?

_ você não faz ideia do que eu estou falando não é mesmo? - ele toma um gole da sua taça e eu sinto cheiro de sangue. - Beba, deve estar com sede - ele me oferece a taça

_ não obrigado

_ se continuar com os olhos vermelhos eles vão descobrir, beba!!

Eu acabo aceitado e me sinto vontade de querer mais.

_ você não bebe sangue humano não é mesmo?

_ já tem um tempo

_ animais não te dará a mesma força. Existe mulheres que dariam a vida para te servir

_ mulheres? Como assim? - eu fico sem entender

_ da onde eu venho, existe homens e mulheres que moram lá, e nos serve dam seu sangue em troca de lealdade. Não os matamos, nos alimentamos aos poucos. Posso te levar até eles se vc quiser. - ele tem um sorriso no rosto

_ você me deu a localização, mas como elas chegam até lá? O frio não acaba matando os humanos?

_ sim, mas conseguimos correr tão rápido que não dá tempo deles morrem, e o castelo tem um calor diferente. Não sei explicar, é vivo com eles, fazemos festas todos os dias. Nossa aqui está cheio deles

_ eles quem?

_ bruxos e lobisomens ou lycan - ele faz uma cara de nojo

_ como você sabe ?

_ não sente o cheiro ?

_ não - eu fico confuso

_ recém criado, venha vou te mostrar como se faz, você precisa se controlar em tudo temos mais poderes do que realmente achamos que temos, você se concentra nas pessoas consegue ouvir o que elas falam, o cheiro dela. Você precisa se concentrar quer testar? - eu aceno com a cabeça mostrando que estou interessado.

_ bom aquela mulher - ele aponta para uma garota muito bela no salão vestida com um vestido azul bem claro. - se concentra e me diz, bruxa ou Lycan

_ você sabe?

_ claro - ele começa a rir - agora se concentra

_ o cheiro dela, tem flores, um pouco amadeirado.

_ e o que ela está falando

_ eu.... Não consigo - eu fico desanimado e ele me da um tapa na cabeça

_ pare com isso se concentra, você é um vampiro, não pode mostrar suas fraquezas, lembrasse, você sempre tem que estar um passo à frente deles.

No meu dom/sonho eu consegui ouvir, parecia mais fácil. Mas aqui está difícil, mas eu me concentro e tento mais uma vez

_ é uma bruxa

_ como tem certeza?

_ por que ela tem um cheiro bom, cheiro de natureza - lembra o cheiro de minha mãe, de sarah e Catherine - e ela está falando de cristais.

_ isso mesmo garoto - ele ri e me da um tapa nas costas e eu fico animado - e aquele - ele aponta para um dos guardas do rei

_ nossa que cheiro horrível, como eu não senti isso antes - ele começa a rir

_ então?

_ um lobisomem?

_ isso, e aquele ali é um Lycan, o cheiro é mais fraco, não fede cachorro molhado, por mais que eles sejam cachorros também, eles tem mais classe.

_ e qual a diferença?

_ lobisomens se transforma só em lua cheia, Lycans quando eles querem uma raça mais nobre. Mas não passam de cachorros que recebem ordens em troca de pedaços de carne em troca de atenção e acham que tem algum respeito - ele fala um pouco nervoso

_ e são nossos inimigos?

_ são meros mortais. Talvez, não saindo com nenhuma de suas mulheres. - Ele ri

_ eles sabem que estamos aqui?

_ que eu estou aqui não, sou amigo de uma ex bruxa, ela tem umas poções que ajuda. Mas percebo que ninguém te olha! tem amigas bruxas?

_ talvez

_ garoto esperto. Foi bom conversar com você, mas preciso ir, pratique, que será um dos vampiros mais fortes.

_ farei o possível.

Ele acena e desce as escadas e eu fico ali em cima olhando todos dançando quando sinto alguém tocando meu ombro

_ sozinho?

_ você não deveria estar aqui

_ gosto de correr o risco.

_ Catherine, não quero te prejudicar

_ você não ira, ele está ocupado demais com o rei.

Eu me viro a encaro, ela está tão linda

_ você está tão maravilhosa.

_ e você não está nada mal - ela me olha rindo

_ iram anunciar hoje o seu casamento? Tem algum ritual?

_ ritual? - ela fica desconfortável

_ deixa para la - eu olho para o salão e ela encosta no meu braço

_ eu não disse a ninguém quem você é! - eu permaneço em silêncio - mas o que te falaram? Podemos sair daqui e conversar lá fora se você se sentir mais à vontade?

_ para você me matar - eu me viro e a encaro

_ seus olhos Erick - eu respiro fundo tentando me acalmar. - de onde você tirou isso?

_ eu sei do ritual e não acredito em nenhuma palavra sua.

_ ele não sabe de você, ninguém sabe

_ eu duvido - eu começo saindo em direção a escada.

_ eu te amo Erick - eu paro e fico de cabeça baixa quando sinto ela se aproximando eu me viro e a beijo. A pego em meu colo onde começo a beija-la por inteiro acariciando seu corpo com a mão. Ela começa a gemer então percebo que tem alguém subindo e a afasto de mim

_ se arrume, tem alguém subindo - ela me olha e abre a porta atrás da gente e entra.

_ filho precisamos ir

_ aconteceu algo mamãe?

_ Nao, mas irá acontecer.

_ como assim?

_ eu não sei se era vampiros ou lobisomens mas Agnon está forcando a todos a beber uma taça com ele, dois foram levados.

_ para onde?

_ só os deuses sabem meu filho, precisamos sair agora - Catherine abre a porta e minha mãe fica em fúria - você sua pu...

_ calma mamãe

_ você sabe...

_ eu posso ajudar

_ matando meu filho?

_ claro que não, eu amo seu filho.

_ você não ama nem a si mesmo garota, se comprometer com Agnon, você não tem nem amor próprio

_ eu não tive escolha, meus pais me venderam muito nova para ele, não me julga se você não sabe da história.

Nesse momento eu percebo um voz familiar

_ ninguém sai até a minha ordem, avise todos os guardas para cercarem os castelo, vamos ter certeza que aqueles dois não são vampiros, se forem mate eles!

_ o que foi meu filho

_ ninguém mais sai da festa.

_ ora ora ora, te encontrei - Agnon se aproxima de nós - o que fazem aqui em cima só os três? - o olhar sobre nós três é de desconfiança - tenho uma vaga lembrança que nós já nos conhecemos não é? - ele beija a mão de minha mãe que o lança um olhar de ódio

_ como já disse eu tenho um rosto comum

_ talvez, agora você uma mulher quase casada o que faz aqui sozinha

_ me perdoa mestre, mas eu estava contando para os dois a magia desse castelo, de tão lindo.

_ então vamos brindar?

_ brindar? - Catherine fala com uma voz assustada.

_ sim meu amor - ela a beija nos lábios me olhando e então eu olho para o outro lado

_ primeiro as damas - ele serve um licor, onde minha mãe e Catherine tomam, parece a eternidade para elas. Elas me olham com medo e eu tento manter a calma.

_ nossa vez - eu pego o licor brindando com o bruxo - que vocês sejam muito felizes - eu viro tudo de uma vez sentindo meu corpo todo queimando. Mas a vantagem que ainda sou humano, consigo controlar um pouco, vejo elas me olhando assustada esperando uma reação, mas eu me mantenho em pé, mas não sei por quanto tempo irei conseguir aguentar

_ gostou?

_ não costumo beber, mas achei bem fraco pensei que fosse algo que poderia me derrubar, vi dois sendo levado daqui espero que eles estejam bem.

_ estão em uma sala descansando, bom preciso ir tenho mais convidados para experimentar esse meu licor. Com licença a todos, Catherine, depois que eu servir a todos. Te aguardo para anunciarmos o meu casamento com você.

_ claro mestre, eu já irei descer só irei me despedir deles.

As duas estão me olhando, e eu sinto meu corpo pegando fogo, eu perdendo o ar, como se algo tivesse me matando por dentro. Percebo que eles já estão longe eu sento no chão

_ meu filho você está bem?

_ preciso me deitar, não consigo ficar em pé, meu corpo todo está em chamas, estou cm falta de ar, preciso me deitar.

_ vamos levarei vocês para o meu quarto

_ mas e o Agnon? - minha mãe diz assustada

_ ele não vai perceber, deitamos ele na minha cama tiramos suas roupas e deixamos ele lá.

_ eu vou morrer?

_ a sensação é como fosse? Mas só te deixará fraco - diz me minha mãe enquanto ela e Catherine me levantam.

O corredor parece uma eternidade, percebo que perdi os sentidos varias vezes até que chegamos a uma cama.

_ ele não vem aqui?

_ não Crystal, ele não entra em meu quarto, irei trancar ele e levar a chave comigo, tendo eu e você lá em baixo ele não irá desconfiar de nada.

_ você ficará bem meu filho - ela me da um beijo em minha testa.

_ pronto beba isso - vejo Catherine cortando sua coxa com uma faca e despejando um pouco de sangue em um copo. - não é muito mas será o suficiente para vocês dois irem embora mais tarde.

_ nã- ão, pre-ci-sava... - as palavras quase não saem mas eu estou com tanta sede que tomo em um gole querendo mais

_ voltamos ja já meu filho, tente dormir

Minha visão ainda é embaçada, eu aceno com a cabeça me viro e durmo.

Não sei quanto tempo estou aqui, mas ainda estou fraco quando escuto a porta se abrindo meu cubro entre os tecidos mas vejo um rosto familiar.

_ trouxe para você - ela diz sorridente

_ poodles? Você me trouxe dois cachorros? - eu a olho tentando entender o que ela quer

_ sim, a baronesa tem vários, eles vivem fugindo dela ela não irá perceber. Beba o sangue deles você precisa ter forças para ir embora.

Eu pego os cachorros e me alimento deles

_ o que faremos com eles?

_ deixa no canto que eu resolvo mais tarde, como está se sentindo? - ela acaricia meu rosto e se senta ao meu lado da cama.

_ me sinto melhor, fraco, mas irei sobreviver

_ como conseguiu não cair?

_ talvez seja minha condições humanas ainda que me fizeram ter um pouco mais de resistência, mas quase que não me aguentei.

_ bom você está bem, preciso ir - eu a seguro pela mão não querendo que ela vá.

_ fique por favor !

_ eu voltarei, o baile está acabando e preciso me despedir das pessoas

_ você já foi anunciada como noiva?

_ não vamos falar sobre isso - ela olha para o lado, e eu coloco meus dedos sobre seu belo rosto a forçando me encarar. - fui sim satisfeito?

_ não - eu olho para longe

_ não podemos ficar juntos

_ você nem se quer tentou

_ fale baixo ou os guardas vão nos ouvir.

_ melhor você ir - eu não consigo encara-lá, e só escuto a porta se fechando e novamente o silêncio. Eu adormeço mas acordo com o som da porta se abrindo e vejo minha mãe

_ como você está?

_ cansado mãe

_ está tão pálido meu filho, beba eu trouxe para você

_ o que é?

_ sangue de uma humana

_ humana? Você matou? - eu fico assustado quando pego o vidro que contém o sangue.

_ não precisei. Mas não faça pergunta, apenas beba.

Eu obedeço, a quantidade de sangue que eu bebi me faz ter mais força. Então eu me levando quando percebo que alguém vem vindo e me escondo, mas é Catherine

_ fiquem, não é seguro sairem agora, tem guardas cercando o castelo.

_ eu estou bem.

_ eu vejo. Mas eu imploro que fiquem - seus olhos dizem medo eu e minha mãe olhamos um para outro e resolvemos ficar - a cama é grande cabe nós três, desce mais, e amanha nos primeiros raios de sol vocês podem sair.

Nós nos arrumamos, e deitamos, eu fico no meio e Catherine se ajeita em meu peito e adormece logo, pobrezinha deve estar muito cansada pelo dia de hoje.

Acordamos assustados com um barulho na porta

_ não pode ser perdemos a hora - Catherine acorda assustada percebendo que já havia amanhecido a um tempo.

_ Catherine por que a porta está trancada, abra agora ou se não pedir os guardas arrombarem - Agnon diz com um voz de autoridade.

_ um minuto mestre, estou sem roupas perdi a hora me perdoe

_ o que eu disse sobre trancar as portas?

_ fiquei com medo mestre de que alguém me fizesse algo. - ela nos olha sem saber o que fazer.

_ pegue sua mãe pela janela e pule

_ pular? - eu olho pela janela e não consigo ver o fim

_ sim pular - ela sussurra - você é um vampiro, não irá se machucar, só proteja bem sua mãe

_ estou fraco ainda

_ ou é isso ou Agnon matara nos três

_ Catherine que demora abre agora - ele bate mais forte na porta - podem arrombar

Eu pego minha mae no colo peço para ela tampar a boca e então sendo na janela, quando escutamos a porta se abrindo Catherine me empurra. E só escutamos o barulho

_ aqui em baixo, aqui. Correm

eu tento entender o que houve, minha mãe está desacordada percebo guardas vindo em nossa direção, então eu corro como nunca corri até a minha casa.

Chegando em casa coloco minha mãe na cama, e ela começa a recuperar a consciência

_ onde estamos?

- em casa mamãe

_ conseguimos?

_ sim conseguimos, mas não é mais seguro eu ficar.

_ para onde vamos meu filho?

_ na verdade eu irei sozinho - eu olho para baixo segurando a sua mão

_ sozinho mas para onde?

_ vou em busca do meu pai

_ meu filho...

_ não mamãe, eu preciso treinar minhas habilidades, eu preciso proteger você e Catherine, se Agnon me descobre ele irá matar todos nós.

_ quando você irá?

_ eu ainda não sei, mas o mais breve possível.

Dou um beijo na mão de minha mãe e vou ao trabalho.

_ você parece apagado meu filho aconteceu algo? Não vimos você e sua mãe indo embora da festa ficaram até mais tarde?

_ sim - minhas palavras são poucas? Enquanto término de forjar uma espada

_ fui pescar esses dias ali no riacho sabe?

_ hum

_ pesquei um peixe e tanto, e quando fui limpar ele encontrei uma pedra grande, de duas cores.

Vim até aqui, derreti um ouro e fiz dois medalhões com a pedra. - ele pega dois saquinhos e me mostra o colar que fez

_ muito bonito Lui, vai vender joias agora?

_ não, vou dar de presente para você, sei que está de olho em uma dama, uma dama impossível de ter, mas esse colar irá unir vocês novamente eu acredito nisso. Olha que lindos mas antes vá lavar essas mãos vá vá vá - eu saio rindo e lavo minhas mãos no balde com água.

_ me deixe ver - eu pego e olho e fico sem palavras.

_ fiz esse mais delicado para a jovem e esse mais bruto para você

_ você deve ter usado muito ouro Lui não posso aceitar isso vale muito dinheiro

_ vale mais do que o amor verdadeiro ? De para a dama, mostre o quanto você a ama, essa espada que você está fazendo tenho certeza que não é para venda também. Você irá fugir

_ Lui eu...

_ eu sei que irá fugir eu já vi esse olhar antes. Entregue para ela, para ela não achar que você não a ame, nao faça a mesma burrada que eu. Termine sua espada e que seja feliz na sua jornada, vai ser difícil achar um rapaz bom e trabalhador como você.

_ obrigada Lui eu não sei como agradecê-lo! - eu começo a chorar e o abraço

_ homens não chora meu menino, eu te vi crescer, chegou nessa aldeia parecia um ratinho, hoje é esse homem forte cheio de músculo. Agora ande você tem trabalho para fazer.

Eu dou risada guardando os dois colares nos saquinhos

A noite se passou e percebo uma grande concentração de guardas do rei pelo vilarejo.

Quando chego em casa vejo uma sacola pronta e minha e Catherine chorando

_ o que é isso? - eu olho para duas sem entender nada, vejo Catherine machucada então eu vou até ela - o que fizeram com você - sinto minhas presas sairem, estou com tanto ódio mas o toque de Catherine em meu rosto me acalma

_ nao faça nada, acharam os poodles em meu quarto, apanhei tanto mas nao disse a verdade, alguém disse que nao viram você e sua mãe saírem do castelo. Os guardas vem vindo para pegar voce e sua mãe.

_ você precisa ir meu filho

_ mas você mãe? E se eles te fizerem algum mal

_ não se preocupe comigo eu ficarei bem

_ e você ?

_ eu sairei antes deles chegarem mas você tem que ir, e agora

_ tome, use - ela tira o colar só saquinho.

_ tenho um igual - eu mostro para ela no meu pescoço - esse é o sinal do nosso amor, enquanto a gente estiver usando ele nunca irá se acabar - ela rapidamente coloca em seu pescoço e me da um beijo de Adeus

_ isso não é um adeus é um até logo

_ eu volto para buscar, vocês duas - eu dou um beijo na testa da minha mãe e corro pelas portas dos fundo até o galpão de Lui, onde deixo uma carta para ele em baixo de suas ferramentas pego minha espada e vou embora, para o único lugar onde eu irei estar seguro, a procura do meu pai.

Segui meu destino sem olhar para trás, procurar a colina mais alta é mais difícil do que eu conseguia imaginar. Andei por dias que se tornaram meses mas não encontrei nenhum castelo, me alimentando só de animais minha parte humana pedia descanso. Em um inverno severo achei uma cabana e resolvo dormir juntos aos animais. Por ser metade vampiro eu não sinto o frio, mas a canseira do meu lado humano já estava no limite. Entre os fenos eu faço uma cama ali me deito e durmo.

_ será que ele está morto?

_ não sei, por que você não mexe?

_ mas ele fede a morto

_ melhor a gente chamar a Linna!!

Eu abro meus olhos cansados, e vejo duas crianças conversando mas quando consigo entender o que elas estão falando elas já tinham saído, então eu resolvo me limpar e continuar minha caminhada quando escuto um barulho.

_ ali Linna ele, onde ele foi parar?

_ saiam daqui!!

_ mas...

_ sem mas, vão para casa agora. Agora só está eu e você, eu sinto seu cheiro saia.

_ calma - eu levando minhas mãos colocando minha espada em frente a ela mostrando que não quero fazer mal a ela.

_ como tem a ousadia de dormir aqui

_ não sei o que está falando

_ temos um acordo

_ acordo? Eu não tenho acordo com ninguém

_ recém criado? Pensei que eles não estavam mais criando monstro - ela cospe no chão

_ eu não sei do que você está falando, mas se te deixa mais tranquilo eu sou humano também.

_ como?

_ nao sei, estou atrás de meu pai para obter respostas.

_ seu criador você quer dizer?

_ nao, eu nasci assim, sou filho de uma humana e de um vampiro

_ prove

_ como?

_ se corte, vampiros não sentem dor, e se curam rápidos.

_ tudo bem - eu pego minha espada e vejo ela de guarda pronta para me atacar, então eu corto minha mão e porra dói demais, coloco a espada no chão e mostro o sangue caindo, eu com dor e com o corte na mão agora - satisfeita? - ela chega mais perto para olhar

_ como isso é possível? - ela me olha sem entender nada

_ não sei, só descobri que sou assim a pouco tempo. Sou Erick - dou minha mão ela rasga um pedaço do seu vestido e me entrega me dando a mao

_ sou Linna, pegue para o seu ferimento.

_ obrigado! E você tem cheiro de cachorro, mas fede tanto igual a eles

_ cachorro? Eu não poderia acabar com você você sabe disso, pelas suas ofensas.

_ me desculpa eu sou novo nisso não foi minha intenção.

_ é novo isso para mim um meio vampiro.

_ e não sabe como é para mim viver assim

_ você se alimenta do que ?

_ como coisas de humanos, mas as vezes preciso de sangue e caço uns animais.

_ bom não sendo os meus animais está ótimo.

A gente se encara por um tempo, ela é linda, pele morena olhos verdes, e um jeito que foderia com a minha vida se eu tentasse fazer algo. Eu a olho e começo a rir

_ Do que você está rindo?

_ somos inimigos ?

_ talvez, as histórias desde que eu me entendo por gente diz que nossa raça nunca se deu bem.

_ mas podemos mudar isso? - eu dou a mão para ela, mas ela se recusa

_ vamos ver o que a Nana tem a dizer

_ quem é Nana?

_ uma original

_ uma Lycan?

_ sim venha comigo, os outros não estão perto se a Nana gostar de você tenho certeza que todo mundo irá!

_ tem mais de vocês? - eu fico assustado mas a sigo mesmo assim

_ sim - ela me olha de canto e eu observo várias casas

_ e cadê todos? - trabalhando no campo, uns servem ao rei

_ está é a casa de Nana, Nana posso entrar?

_ claro minha filha, e percebo que trouxe um rapazinho. - eu fico intrigado pois não dá para me ver, mas ela deve ter sentido meu cheiro.

_ vamos entre, não fique aí fora sozinho, logo todos voltam e você não quer ficar aí fora sozinho - ela começa a rir quando eu entro rápido para dentro de uma cabana, simples mas bem aconchegante. - Nana eu encontrei no celeiro, na verdade as crianças o encontrou dormindo.

_ sente-se, acabei de fazer um chá, bebam - eu penso em recusar então ela se vira e eu percebo que ela é cega. Então ela sorri para mim - não contém o veneno que nos prejudica. Eu não prejudico nenhuma espécie, sendo nossa inimiga ou não meu querido, então o que posso ajudá-los? - ela se senta a minha frente e fica sorrindo, mesmo sendo cega tenho a impressão que ela consegue me ver.

_ a senhora já sabe que ele não é um de nós, mas precisamos da sua aprovação para ele poder ficar

_ e você quer ficar?

_ não quero incomodar, mas estou andando a meses e não consigo encontrar quem procuro. Só estava cansado, com fome acabei dormindo no celeiro, sei que eu posso ter invadido mas essa não foi a minha intenção - então a velha senhora coloca a mão na minha e sorri.

_ eu acredito em você meu filho, encontrar os vampiros não são fáceis, eles não estão na colina mais alta como te falaram - ela ri - eles estariam com fome, mesmo que fizessem um castelo lá humanos não sobreviveriam é muito frio. O que você procura é um povoado com um rei que adora festas todos os dias se deixar. É longe daqui, você está muito longe, mesmo com sua velocidade levarias meses para chegar, fica em uma ilha onde os navios param lá pois é festa, bebidas, mulheres fácil demais. Seu pai está lá em um lugar com pessoas fáceis de usar sem ninguém aparecer.

_ então por que falaram da colina mais alta.

_ alguém queria que você viajasse por meses e morresse, pois nem animais sobrevivem aquele lugar. É frio demais. E você, eu sabia que você iria nascer e que iríamos nos conhecer

_ você sabia?

_ eu nasci cega meu filho, mas com o dom de ver as coisas. E você é um jovem com um espírito livre e bondoso. Poderá ficar quanto tempo quiser, mas com uma condição

_ claro qual a condição- eu respondo feliz

_ sem matança, animais você pode sugar, mas longe do meu povoado. É a minha única regra, e você pode dormir ali.

_ muito obrigado eu a beijo pela mão.

_ Nana como você sabia que ele nasceria e viria até a senhora?

_ o pai dele é um homem bom, só teve pessoas ruins ao lado. Um dia já fomos amigos, mas Sebastian é uma pessoa complicada. Eu disse que ele teria um filho mesmo sendo impossível, preferiu deixar as trevas entrarem e ele ser o que ele é hoje.

_ conheci meu tio

_ qual deles?

_ Victor

_ se existe um céu e um inferno, esse literalmente é o rei do inferno. As guerras entre as raças começaram com ele, ele é o verdadeiro monstro, e como sabe que ele é seu tio? Alguém te contou?

_ na verdade eu tenho um dom de tocar nas pessoas e ver um ponto do passado delas, vi em uma visão da minha mãe e consegui andar pelo passado sem perceberem que eu estava lá.

_ você nasceu para mostrar a verdade para seu pai, e tirá-lo das trevas.

_ meu pai é um homem ruim?

_ não, nem quando ele era humano ele era ruim.

_ a senhora conheceu meu pai humano?

_ a uns séculos atrás, seu pai e seus dois irmãos são os originais. Vocês querem mais chá?

_ não obrigada - percebo Linna interessada na história da velha mulher.

_ filho?

_ não obrigado, mas gostaria de ouvir a história do meu pai.

_ quem sabe amanhã? - ela se levanta levando tudo

_ então eu a toco - ela me olha com um olhar de brava

_ você não irá conseguir, eu sei que não sabe dominar seu dom, hoje a noite as crianças iram ouvir a história de onde viemos. Hoje teremos o irmão da Linna, uma jovem e um rapaz que iram se tornar Lycans. Pode se sentar com a gente.

_ Mas Nana - Linna a olha assustada

_ ninguém fará nada, ele estará comigo. Agora preciso descansar para hoje à noite. E você meu filho vá se alimentar. Vá com ele Linna e mostre a onde ele pode se alimentar com segurança.

Linna só acena com a cabeça e pede para eu a seguir. Corremos um tempo até chegarmos a um lago então ela fica nua na minha frente e eu fico sem jeito e me viro

_ nunca viu uma mulher nua?

_ já vi, mas eu sei respeitar - nisso percebo que ela está vindo em minha direção e sinto um calor percorrendo pelo meu corpo.

_ está excitado? - ela ri

_ não é algo que consigo controlar

_ me olha ?

_ não - fico de olhos fechados

_ vamos me olha - então eu abro meus olhos

_ nossa são amarelos!! Que lindo eu nunca vi um vampiro de perto, só o que a Nana conta.

_ o bom que não está vermelho

_ vermelho ruim, amarelo bom?

_ ainda não entendo muito bem.

_ deve ter sido ruim quando descobriu não foi?

_ foi - eu ergo minhas calças e molho meus pés no lago e me sento a beira dele

_ quer falar sobre? - ela me olha com aqueles olhos verdes

_ nunca ninguém perguntou como foi

_ talvez ninguém sabe como é ser um monstro?

_ e você sabe?

_ eu sou uma Lycan! Você acha que não somos caçados ou mortos o tempo todo? Muitos de nós trabalha para Reis, pois temos uma força fora do comum e morremos e vencemos lutas por conta deles. Por isso fizemos esse vilarejo, afastados de todos, somos protegidos pelo um rei mas em troca temos que ser leal a ele. Lutar e morrer por ele. Injusto né? Em troca ele nos alimenta e nos protege de outros povos que querem nossas cabeça.

_ eu sinto muito - eu vejo ela se transformando - nossa - é um lobo maior que o normal, uma pelagem linda e os olhos verdes brilhando mais que uma pedra de esmeralda.

_ vamos - eu consigo ler o pensamento dela me chamando, então corremos e ela me leva até uma floresta cheia de animais. Ela faz sinal para eu ir então ela deita na grama para me esperar, então eu vou. Não sei quanto tempo eu fico me alimentando, mas demoro até estar muito satisfeito quando eu volto a vejo dormindo no chão, ando lento para não assusta-lá mas ela acorda lentamente.

_ vamos para o lago você não pode chegar assim coberto de sangue, vou deixar você lá e vou pegar umas roupas de meu irmão mais velho, deve servir em você.

_ espero que ele nao se importe

_ ele não vai, ele está morto

_ você quer falar sobre?

_ hoje não. Uma corrida até o lago? - ela sorri e corre como se fosse uma loba livre.

Chegando no lago ela se transforma em humana, veste suas roupas rapidamente e me deixa sozinho para o meu banho. O lago tem águas quentes conforme vai caindo mais a noite vai subindo mais fumaça em volta do lago. Eu relaxo um pouco, preciso disso. Minha mente vejo a imagem de Catherine e minha mãe espero que elas estejam bem, me lembro dos beijos, do olhar de Catherine seu corpo, então sinto a presença de alguém e fico em alerta.

_ fez tanta fumaça que pensei que não iria te encontrar.

_ você me assustou, não faça mais isso poderia ter te atacado.

_ desculpa, mas vim tomar meu banho também.

_ não ficará bem uma mulher com um homem

_ até que você não é nada mal, forte cabelos pretos e cumpridos, será que é um homem de verdade - ela então toca minha parte íntima e me olha surpresa- nossa se você fosse um de nós com toda certeza seria um alfa

_ um alfa?

_ um alfa é o homem mais respeitado da floresta, tem tudo grande - ela olha para baixo - é bonito e todo mundo quer.

_ quantos alfas existe aqui?

_ só um, o meu Pai

_ seu pai?

_ irmão de Nana, um original, nem todos os filhos dele nascem Alfas, isso depende muito em que lua nasceu.

_ você é uma alfa ?

_ não existe mulheres alfas em um mundo que quem domina são os homens. Mas me considero forte, mais que meus irmãos, papai diz isso para dizer que o Chris é o Alfa, para seguir as regras da casa.

_ os filhos do seu pais pode ter filhos alfas?

_ sim. Mas todos eles tem que criar sua própria linhagem e ir para outra aldeia governar lá. Papai não é muito ligado a família - ela chega mais perto

_ e voce?

_ eu gosto de aventuras - ela começa a me tocar

_ por favor para - ela vai mais rápido então eu a pego no colo, ela começa a me beijar então quando eu a encaro vejo o rosto de Catherine e a tiro de cima.

_ não está sendo bom?

_ não é isso, você é... maravilhosa - eu a olho com ternura - mas nós nos vimos hoje você não me conhece

_ me desculpe - ela começa a chorar

_ não, não por favor - eu a abraço

_ eu me deixei levar pelos seus olhos, eu não queria mas eu não consegui

_ eu sei - eu a beijo na cabeça ela se afasta ri

_ estava te testando

_ me testando eu a solto

_ sim, sei que vocês seduzem mulheres para transar com elas. E depois a mordem. Ou fazem delas suas escravas de sangue.

_ eu não faria isso com você. - eu a olho intrigado

_ você é diferente deles

_ não sou, eu te desejei

_ e por que não quis - ela coloca minha mão em seu peito nu

_ aprendi que não é o certo, eu não sou o cara certo para você, e te violar assim só por desejos carnais nossos te deixaria mal amanhã se eu fosse embora - ela me olha tirando a mão do seu seio e me beija, mas eu não a beijo de volta

_ você é diferente sim. - ela sorri como uma criança tímida e eu sorrio de volta

_ se eu tivesse em outra circustância com toda certeza me apaixonaria por você, e não faria isso na primeira noite, sei que o momento a lua é cheia, talvez seja por isso o seu desejo por mim. Mas não estou na mesma sintonia entende ?

_ existe outra? - ela toca no meu medalhão

_ como sabe?

- você está com uma pedra do amor. Ela é rara, diz lendas que deuses jogaram essas pedras para que pessoas com o amor verdadeiro sempre pudesse se reconhecer caso acontecesse algo com eles. Cada lugar que você for cada um contará uma história, mas a pedra simboliza o amor verdadeiro. - eu apenas sorrio e não digo nada - ela tem sorte de ter você

_ ela está noiva de outro - meu olhar fica sombrio

_ eu sinto muito, mas você pode rouba-la não pode?

_ iria causar uma guerra, ela é noiva de um bruxo poderoso

_ bruxo? - ela me olha intrigada

_ sim

_ quem?

_ Agnon - vejo seus olhos verdes ficando mais escuros

_ histórias sobre ele é terrível. Sinto muito por isso

_ tudo bem. - eu olho para o medalhão

_ precisamos ir já está quase na hora do meu irmão mais novo virar um de nós, não podemos perder.- A vejo saindo do lago e começando a admirar cada detalhe da sua pele, o seu cheiro até parece outro. - vamos... ficar me admirando não fará você se trocar, trouxe as roupas do meu irmão, irá ficar boas em você

Eu começo a me vestir e vejo ela batendo os cabelos formando uns cachos lindos, ela percebe que ainda continuo a admirar e ela sorri ficando com vergonha, me troco rapidamente então ela percebe que acabei ela estende a mão para mim e eu a sigo e vamos em silêncio.

Quando chegamos todos estão me olhando de cara fechada, vejo Nana balançando a mão e vou até ela então ela diz em voz alta.

_ esse menino é meu convidado. Alguém tem algo a dizer? Espero que mudem essas caras, eu conheço bem a lei, foi eu quem as criou mas ele não é só um vampiro, é um humano. E ele não fará mal a ninguém.

_ já fomos traído por um vampiro - diz uma voz mas eu estou de cabeça baixa e não percebo quem fala

_ mas com ele nao, eu confio nele. - ela sorri e me abraça - vamos sente-se ao meu lado e veja que lindo o novo ciclo da nossa linhagem.

Eu observo, as danças em volta da lareira. Linna está com outra roupa, apenas uma blusa cobrindo os seios, uma saia longa cortada em várias camadas e várias pedrarias em volta, ela tem um cordão com pedrarias na cabeça, ela dança com outras jovens, uma dança que nunca tinha visto. Todos batem palma e eu bato também.

_ ela está linda não está?

_ A senhora consegue ver?

_ não, mas eu sinto a alma das pessoas e ela está feliz. Não por estar dançando, mas por você estar aqui.

_ por que?

_ Linna é sozinha desde que o irmão gêmeo dela morreu.

_ como ele morreu.

_ por um vampiro meu filho.

_ por isso da lei contra vampiros e lobisomens juntos?

_ sim, eles trouxeram muitas dores para nossa família. Meu irmão Lewis nunca os perdoou, Lewis não acreditou no que seu pai disse a ele, é seu filho, como acreditar em tamanha crueldade.

_ o que ele fez de tão cruel?

_ seu pai não era um bom homem, ele estava passando por aqui e resolveu me visitar. eu o aconselhei a mudar o seu estilo de vida que vinha vivendo anos assim, mas ele se recusou, disse que não estava machucando ninguém. Que quando se permitiu mudar uma mulher o magoou. então ele voltou a ser um monstro novamente. Sebastian viu Frederick abusando de Linna na floresta.

_ abusando?

_ sim abusando dessa forma que você imaginou, creio que a anos acontecia isso. Mas ele nos disse que ele e Linna tiveram um brilho

_ brilho?

_ nos lobisomens lycans conseguimos saber quem foi destinado para nós, nossos olhos se batem e temos uma sensação de que a pessoa brilha, dura uns segundos mas os dois sente.

_ sentem com humanos também?

_ sim, mas só o da nossa linhagem sente. Aí ele faz de tudo para conquistar ele ou ela e aí não se desgrudam mais.

_ e entre irmãos pode acontecer?

_ nunca tinha acontecido. Mas seria possível se a irmã fosse imortal e você mortal talvez pudesse ser possível. Mas nunca nasceu uma de nossas raças imortal, só eu e meu irmão que temos essa maldição. Meu irmão e eu temos a aparência de 50 anos a muitos anos. - ela ri - bom seu pai furioso tirou a cabeça de Frederick.

_ e Linna?

_ não se lembra de nada. Só sabe que o irmão foi morto por um vampiro que nem sabe o nome. Foi um trauma.

_ ela tinha quantos anos?

_ quinze anos, ela não fala sobre. Mas Luwis acreditava que o filho poderia ter tido um brilhosos a irmã , do que acreditar em um vampiro que é considerado monstro por esse mundo a fora? A briga foi feia, seu pai não se moveu, ficou todo machucado e se regenerava, até que ele correu e deixou o corpo do menino e a cabeça no colo de um pai. Luwis nunca colocou na cabeça que o seu próprio filho era o monstro, culpar outra pessoa aliviaria a culpa de talvez ter sido um péssimo pai.

A dança acaba e Linna senta ao lado de seu pai ela me olha e sorri. Eu presto atenção em tudo eles começam a cantar em uma língua que eu desconheço. Então vejo três pessoas vindo nuas

_ o Deus da lua, aqui entrego os seus filhos eles estão pronto para servi-los e cuidar do que os pertence. - fica tudo em silêncio e eu os vejo deitando no chão começando a gritar, e todo mundo quieto

_ aaaaaaaa socorro - grita um deles

_ dói demais, meus ossos estão se quebrado - grita outro

_ por favor faça essa dor parar tio - a menina começa a chorar e gritar de dor, eu escuto gritos que se tornam uivos e então eu os vejo transformados mas deitados exaustos

_ a primeira transformação é dolorosa, todo mundo aqui - ele me encara - já passou por isso. A dor é preciso agora que vocês amadurecerem. Agora vocês são homens e mulheres de verdade. - Luwis fala para eles que estão voltando para o seu estado humano. _ Bebam, isso aliviará as dores. Que a festa comecem.

Linna se levanta então começa a dançar comigo. Todo mundo dança come até que a velha Nana se levanta e todo mundo senta. Linna me puxa e eu sento ao seu lado ela sorri me olhando com paixão com seus olhos verdes

_ já escuto a 20 anos a mesma história e nunca me canso sabia?

_ serio?

_ sim você vai achar incrível também. - ela me olha entusiasmada e eu só a observo.

_ a milhões de anos atrás, onde a única casa que existia era a floresta inteira. Um homem vivia só na natureza, nascido e criado por uma mulher que foi expulsa de sua tribo. Se vendo sozinho e tendo que se criar no meio de animais selvagens. Na fase adulta ele procura pessoas como ele, não acreditando que poderia ser o único ele andou por dias e dias, até ficar desnutrido. A beira da morte ele olhou para a lua e pediu para os deuses não o deixar morrer, adormecido e fraco ele acorda no outro dia com várias frutas ao seu redor e uma linda moça. Ele se assustou não sabia o que fazer ela sorriu e lhe deu de comida. A mulher era tão linda mais tão linda que ele se apaixonou a primeira vista. Ele dizia que ela brilhava toda vez que eles se olhavam. Os anos se passaram e a jovem engravida. Ele percebe que ali ele construiria sua própria linhagem a primeira a nascer é uma linda menina, que nasceu cega, mas conseguia sentir o amor deles por ela. Dois anos depois a jovem mulher continuava linda, não envelhecia já o homem se via no lago cada dia mais velho. Mas ele não se importou. A linda jovem engravida novamente. E depois de um tempo andando eles encontram um povo. O pobre homem fica todo feliz mas ela não fica e se recusava a ir até aquela aldeia. Mas o homem insistiu e ela cedeu. O povo dessa aldeia comia carne de animais e ela ficava triste ao ver isso, pois eles só comiam frutas. O velho homem começou a perceber que sua linda esposa saia toda noite. Intrigado começaram as brigas que nunca tiveram. O povo dessa aldeia começou a perceber pegadas enormes de um animal desconhecido para eles. Percebendo que sua mulher saia toda noite, aproveitando que os homens da aldeia iriam a noite a caça da fera, ele foi junto para ver se todos os homens iriam e que ninguém estaria com a sua esposa. Para sua surpresa todos os homens estavam lá além dele voltar para sua cabana, ele foi a caça da fera. No meio da selva um uivado de dor e alegria ao mesmo tempo era lua cheia como na noite de hoje. Todos correm em direção do barulho. O velho homem vê a fera com uma criança deitada ao seu lado, ele já imaginou que a fera tinha comido a sua esposa, sem prensar duas vezes ele lhe joga uma estaca que a atinge em cheio no peito, ao mesmo tempo a fera se torna sua jovem esposa ele caí de joelhos e percebe o que tinha feito. Ela ferida o entrega o lindo bebê, um menino. Ele a pede perdão, ela o olha com amor. Os outros homens tentam entender o que houve. De repente uma chuva muito forte começa uma voz do céu "você me pediu compaixão e eu lhe entreguei minha filha o meu amor mais precioso, para ter uma morte cruel" o homem grita pedindo perdão e que não sabia. "Agora de punição você irá saber " um raio cai sobre o homem, que grita de dor enquanto tem seus ossos quebrados, ele vira a mesma fera que sua esposa era. Só que muito maior, os homens os ataca, mas não conseguem nem machucá-lo, então ele começa atacá-los mordendo e arranhando. Os que sobreviviam ia virando lobisomens. E atacando o restante do povo. Na manhã o homem acorda nu, com os filho em volta. A cidade com muito sangue e corpos para todo lado. Ele pega suas crianças e sai. Toda lua cheia ele se transformava e atacava pequenas aldeias e voltava no outro dia sem entender o que houve. Os anos se passam seus filhos chegam a fase adulta, filhos de uma Deusa receberam a punição pela imprudência do seu pai, na fase adulta a menina de dezoito anos se transforma em uma lycan, a mesma coisa acontece com seu irmão. Com os anos seu pai conseguiu juntas lobisomens de onde passava, tendo o seu bando percebeu que já estava velho as transformações foram sendo lentas e cada lua até não existir mais, já seus filhos percebeu que a lua só ressaltava mais o seu poder e a transformação poderia ocorrer a cada momento, tiveram filhos, todos lycan que tiveram filhos, alguns lycans e outros humanos. Os anos se passarem e os dois irmãos perceberam que eram eternos, vendo sua geração morrendo. A filha mais velha vira a conselheira do bando a imortalidade para ela lhe deu experiência e não mais filhos, e o filho mais velho fica no dever de a linhagem lycan nunca acabar.

_ e os lobisomens Nana?

_ esses precisam de um arranhão ou uma mordida, mas é contras regras criam lobisomens sem a supervisão de um Lycan. Eles so se transforma em lua cheia então precisam ser presos pois eles não tem coincidência do que fazem e podem matar uma aldeia sem saber o que faz. Lobisomens merecem respeito como nos, são forte como nos, eles só precisam de mais atenção. Mas lembre-se, vocês não podem morder ou machucar alguém, virar um lobisomem não é fácil muitos já morreram na mutação. E muitos vivem entre nós e são da família - ela olha para várias pessoas sentados, ela me olha e estende a mão - vamos meu filho me ajude hora de descansar. - eu sorrio me levantando dou um sorriso para Linna e vou em direção a Nana. Chegando na sua cabana eu percebo que ela preparou meu cantinho com muito carinho perto da lareira

_ não precisava

_ não sei se você sente frio

_ não mais, mas me sinto mais humano desta forma obrigado

_ sabia que iria gostar! Bom descanso você precisa, até amanhã

_ eu sei a senhora irá dormir mas e a história do meu pai?

_ menino curioso, durma, amanhã no café eu lhe conto prometo - ela vai em direção a uma cortina e some, percebo que não terei resposta e pego no sono facilmente. Pensando como Catherine está???

            
            

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