Capítulo 4 Primeiro dia de aula

Fazia 2 dias que eu só conseguia pensar no Henry, mas eu não podia perguntar pro Nikolas porque ele havia demonstrado não se dar muito bem com o irmão, foi então que naquela manhã o Nikolas passou ali em casa e disse para irmos para escola junto que ele iria encontrar a Rose e a Beatriz no caminho, o Jonathan já estava na escola porque ia com o pai que era o diretor da escola nunca que eu poderia imaginar que ele era filho do diretor

Ao chegarmos na escola deu para perceber que o assunto do momento era uma Callifora e um Lioncourt andando juntos, até os professores faziam comentários estranhos, quando já estávamos na primeira aula, chegando meia hora atrasado entrou ele, em uma jaqueta de couro preta, um óculos escuro e uma calça jeans escura parecia ter vindo direto de um velório e mesmo assim estranhamente ele estava atraente e conseguiu fixar o meu olhar no dele e naquele momento uma ventania começou e eu senti uma mistura de sentimentos como se estivesse na pele dele e ao mesmo tempo na minha.

-Sente-se ao lado da senhorita Callifora, por favor! -enquanto apontava para a classe ao meu lado- O senhor perdeu o começo da minha aula, mas só estamos organizando a matéria do ano letivo, sou o professor Alexandre de história

Ao se sentar do meu lado eu pude sentir um desconforto como se eu fosse ele, parecia que ele não queria estar ali mas era mais forte que ele, eu aproveitei a troca de períodos para dizer que eu precisava falar com ele, mas não pude dizer muita coisa porque Nikolas nos atrapalhou

-O que ta fazendo na nossa turma? Você não ia estudar de noite?

-Você não é meu pai Nikolas, cuida da sua vida! -henry me olhou firme - tenho outras prioridades agora

Deu para perceber como Nikolas tinha ficado espantado e ao mesmo tempo bravo, ele saiu batendo pé e resmungando, eu e as meninas fomos atrás dele para entender o que tinha acontecido

-Nikolas, você ta bem? Porque está tão bravo com seu irmão

-Você não entende né katherine, ele quer te usar, ficou a espreita desde que você chegou!- ele parecia cada vez mais bravo então não fiz muitas perguntas as meninas conseguiram acalmar ele e eu só conseguia me perguntar o que tava acontecendo, porque eu ja não entendia mais

Deitada na minha cama eu ficava pensando o que era aquela conexão que eu sentia com o Henry e com o Nikolas que sempre foi gentil comigo e me ajudou a me enturmar, mas o Henry tinha um ar de misterio que parecia tão emocionante e atraente, ele era o legitimo Bad boy é impossivel não se apaixonar. Eu passei o dia pensando nisso e só percebi que já era de noite quando uma pedra bateu na minha janela, quando eu abri era o Henry la embaixo ele pediu para mim me afastar e quando eu vi ele já estava dentro do meu quarto, eu não entendi muito bem naquela hora, meu quarto era no segundo andar.

-Henry eu precisava falar com você, o que está acontecendo? Você não é normal! Pulou para uma janela no segundo andar, me salvou quando eu tava me afogando e vocÊ nem estava perto de nós! eu quero entender o que ta acontecendo? -ele nessa hora me olhou espantado

-quem está na sua casa?- parecia procurar alguém

-ninguém, somos só nós a mamãe esta em outra cidade na casa de uma amiga!

-Você tem certeza que quer saber?-ele me encarou como se lesse meus pensamentos- Você não vai gostar

Nessa hora eu gelei mas eu precisava entender o que estava acontecendo - É obvio que quero saber faz 4 dias que estou aqui e meu mundo virou de cabeça para baixo -Eu não entendia nada dessa lenda, estava visivelmente vulneravel

-Você, eu e o Nikolas somos descendentes dos fundadores dessa cidade, a sua tataravó Rebecca Callifora teve um casal de gêmeos com Lestat de Lioncourt, mas ela não suportava a ideia de envelhecer e dizia que preferia a morte ao invés de ficar feia e velha foi então que se iniciou a maldição dos vampiros, depois de se tornar vampira ela enlouqueceu e decidiu que queria transformar todos inclusive o seu amado, mas os seus pais não permitiram, mataram a própria filha e enterraram aonde hoje tem uma estatua no cemiterio, os bebes foram entregues um a cada avo dando assim origem a nossa cidade

-Você quer mesmo que eu acredite que essa historia é real? -não me parecia verdade uma baboseira de vampiros e bebês gemeos

-Você pode achar loucura, mas eu fiquei viciado nessa historia queria encontrar toda a verdade e foi quando... -deu pra ver a expressão dele mudar, parecia triste, como se tivesse perdido alguém

-Você virou um vampiro? -Ele parecia espantado com a minha pergunta

-Como soube? -eu me afastei lentamente, com um certo receio, não imaginei que essa seria a resposta, jurava que ele ia rir e me chamar de louca -Desde que você chegou Katherine, eu sinto você, ouço seus gemidos a noite, seu respirar, durante o dia, eu ando na sua sombra, so consigo desejar você- Ele se aproximou de mim me encostando na parede, pegou na minha cintura com força e nessa hora ouvimos um barulho na porta

Nikolas subiu correndo as escadas

-Eu sabia que você estaria aqui, fez a cabeça dela tambem? Você é um monstro, se afasta dela!-Não entendia o Nikolas, porque agia dessa forma com o irmão dele- Ela não é sua Henry, você mente, engana as pessoas com essas histórias, vai embora daqui!

-agora ela sabe a verdade, vocês não vão esconder mais isso dela!- Henry simplesmente pulou minha janela e sumiu na escuridão da noite

Nikolas me abraçou nesse momento e baixinho no meu ouvido disse

-Não dê ouvidos a ele, essas histórias fizeram a cabeça dele, ele tentou fazer isso comigo- nesse momento entre seus braços quentes e acolhedores ele me contou

- A 1 ano atrás Henry ficou obcecado por vampiros e pela nossa história de origem, viajou o mundo porque dizia que era nosso destino seguir o caminho de nossa antepassada Callifora, mas ele sempre disse que so quem poderia fazer o que ela queria era uma descendente mulher apaixonada pela vida e pela juventude e ai você apareceu e agora ele esta obcecado novamente

Era obvio que a historia do Nikolas fazia mais sentido, era mais realista, mas o Henry não saia da minha cabeça, aquela noite, Nikolas dormir na poltrona do meu quarto, disse que não deixaria ele fazer minha cabeça novamente e não iria mais me deixar sozinha, eu tinha pensamentos meio improprios mas me mantive calma e não quis deixar parecer