Capítulo 7 O que faço agora

Abro os olhos sentindo a claridade me incomodar, estou deitada de barriga para baixo, sinto o peso da perna de Murilo sobre meu corpo, junto a seu braço jogado sobre minhas costas, sem contar que metade de mim ainda estava sob seu corpo nu como o meu, Uma sensação de pertencimento, de estar no lugar certo me invade, afasto esses pensamentos, Deus sabe que não posso me apaixonar por esse cara com uma noite de sexo, mesmo sendo o melhor sexo da minha vida. Murilo me estragou para qualquer homem que venha depois, nada será igual.

Merda! Não era pra eu dormir aqui! Levanto rápido, pegando minhas coisas, não sei como agir nunca transei com um cara aleatório assim, o que eu digo quando ele acordar? Fico pra tomar café? Dou um sorriso e agradeço pela noite? Decido que não é uma boa ideia passar pelo constrangimento dele ter que me pedir pra ir embora, e se ficar um clima estranho? Aí meu Deus, nós nem nos conhecemos.

Murilo dorme tranquilamente, uma mão por baixo do travesseiro, a perna jogada pra fora do lençol que mal cobre sua bunda, doce Senhor e que bunda. Ele se move um pouco me deixando apreensiva se vai acordar, mas seus olhos não se abrem, respiro aliviada.

Olho para o lugar que eu estava cama e tenho vontade de voltar, sentir aquele corpo sobre o meu mais uma vez, fecho os olhos sentindo um arrepio gostoso por me passar, mas não vou fazer isso, pego meu celular e chamo um Uber, passo pelo corredor e portaria um pouco envergonhada por estar fazendo a caminhada da vergonha, estou com as roupas de ontem, vestido de balada, qualquer um que me ver vai saber que passei a noite com um cara.

Já em casa acordo com meu celular tocando sem parar, quando olho a tela era Elias, não sei como não está parado ao lado da minha cama, já que tem as chaves. Me espreguiço e levanto, vou até a porta ainda de pijama.

- Sabia que eram vocês!

Digo bocejando, mal conseguindo encarar meus amigos.

- Vim ver se ainda está viva né! Não responde as mensagens e nem atende as ligações.

Elias entra em direção a cozinha, seguido por mim e Clara.

- Achei que tinha sido morta.

- Quase fui.

Eles me olham espantados, não consigo segurar começo a rir.

- Como assim? - Pergunta Clara.

- A noite foi longa

- Safada, você deu a noite toda?

A cara que ele fez de choque foi realmente engraçada.

- hurum

- Me conta isso!

- Não! - Respondo rindo

- Ah mais contar !

Pego o café levando até a mesa, nos sentamos pra comer, já era quase uma da tarde, mas quem liga é domingo!

- Foi muito bom!

Isso foi reduzir e muito a noite maravilhosa que tive com aquele espanhol.

- E você conseguiu?

Sabia exatamente do que ela estava falando, Clara queria saber se eu tinha gozado, fiz que sim com a cabeça, relembrar aqueles momento me deixaram com o rosto quente com certeza eu estava vermelha.

- uau, então foi bom mesmo.

- Foi sim.

- Te disse que você não teve foi é sorte, primeiro o Henrique que era um cretino, que só pensava

no prazer próprio e depois o Carlos aquele idiota!

Carlos foi um ficante da faculdade, ficamos juntos por seis meses mas foi ruim que terminamos, não senti prazer, nem nada.

- Cheguei a achar que eu era o problema, mas acho que não.

Respondo passando manteiga num pão.

- Te disse, você só precisava encontrar um Deus do sexo.

Rimos do comentário de Clara.

- Devo estar louca mesmo! - Coloco minha cabeça entre minhas mãos. - Transei com um completo estranho.

- E pelo que entendi adorou.

Olho para Clara que sorria e respondo que sim.

O leve incomodo que sinto ao me sentar, me faz lembrar das vezes que ele esteve dentro de mim, acho que estou assada!

- Pegou o telefone dele?

- Não, saí de lá ele estava dormindo.

- O quê?

Clarinha estava com os olhos arregalados e fiquei sem saber o que dizer, será que agi errado?

- Eu não sabia o que fazer, então vim embora!

- Mas que puta burra! Como vai dar pra ele de novo?

Dou uma risada sarcástica, sem acreditar que meu amigo achou mesmo que aquele cara fosse querer sair comigo outra vez.

- Não é como se isso fosse acontecer né !

- Só porque você não quer!

- Não quer não Elias, ela não foi esperta pra dar o telefone pra ele!

Passamos o resto de domingo vendo tv, assistindo série, quando anoitece eles se vão, tomo um banho pra dormir, na segunda a vida volta ao normal, não é?