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Estava na aula de física quando ouço no auto-falante Dulce Liwes venha a diretoria . Eu e Maya,minha melhor amiga,nos entre-olhamos curiosas.
Guardei minhas coisas na mochila e me levanto seguindo até a porta.
Não sou uma santa e estou sempre aprontando,então saio da sala já perdida em pensamentos de que artimanha minha ele pode ter descoberto.
O corredor está vazio por estar no horário de aulas,e só oque se houve é o barulho emitido pelos meus saltos a cada vez que dou um passo.
Continuo seguindo calmamente meu caminho até a sala do diretor que é um pouco longe das salas de aula.
Viro o corredor e vejo três homens e altos conversando calmamente entre si.
Eles usam um termo preto feito a medida, que demonstrava os músculos.
Consegui ver seus rostos ao me aproximar deles,e eles eram muito lindos.
Deduzi serem trigêmeos,por conta da sua aparência,seus cabelos eram castanhos escuros quase pretos,o da direita tinha cabelos compridos no ombro,o do meio tinha os cabelos amarrados em um coque,e o da esquerda tinha os cabelos curtos curtos,os três tinham olhos cor-de-mel,e pele clara.
Eles deveriam ter uns 18 ou 19 anos,e são muito lindos.
Parei de admirar a beleza deles assim que notaram minha presença.
Droga de salto barulhento.
Eles estavam do outro lado do corredor,e desviei meu olhar deles ao sentir os olhares deles sobre mim.
Olhei para os três garotos do lado contrário em que eu estava e sorri tentando ser amigável.
Eles me olhavam como se eu fosse uma presa prestes a ser pega.
Credo povo doido.
Apressei meus passos,e olhei por cima do ombro e os vi parados no mesmo lugar me observando minuciosamente.
Virei o corredor da sala do diretor o mais rápido que pude e andei rápido até sua sala no fim do corredor.
Abri a porta mais rápido do que normalmente abriria e fechei-a atrás de, mim me escorando nela automaticamente.
Suspirei
-Bando de doido-Murmurei para mim mesma,e senti alguém me olhando.
Levantei meu olhar e vi o diretor me encarando,ele costuma me olhar com reprovação e cansaço toda vez que apronto,mas agora ele me olha com pena e um pouco de dor.
Me desescorei da porta e deu um sorriso mínimo,de quem já espera a bronca.
-Por favor me dê uma suspensão depois de amanhã-comecei quando ele ia falar algo-Imagina a cara que os meus pais ficaram assim que eu chegar em casa com uma suspensão um dia antes do meu aniversário-Continuei o meu drama-Seria péssima-balancei a cabeça negativamente -aí como eu estaria encrencada-Terminei e o olhei esperando o mesmo me lançar um olhar de repreensão.
Mas foi bem o contrário
Ele engoliu o seco e mordeu o lábio inferior que tremia parecendo que ele estava controlando um possível choro.
O diretor é amigo do meu pai desde a infância,por isso meu pai me pôs nessa escola.
Mas não pense que por isso ele pega mole comigo,muito pelo contrário ele pega mais pesado ainda e não posso respirar um pouco diferente que ele me repreende.
-Dulce...eu...-Ele começou meio sem jeito de falar-Não tenho uma notícia...muito boa...para te dar.
Estranhei já que ele é sempre direto.
- Oque aconteceu?-Questionei me aproximando de sua mesa.
Ele parecia agoniado e respirou fundo antes de falar:
-Serei direto-Ele começou e um silêncio se instalou na sala-Seus pais sofreram um acidente de avião a algumas horas e foram encontrados...mortos-Ele disse rápido me fazendo cambalear para trás com a intensidade de suas palavras.
As palavras ficaram ali no ar sendo consumidas pelo mesmo vagarosamente.
A minha visão ficou turva em questão de segundos.
Olhei para o diretor esperando que aquilo fosse algum tipo de brincadeira sem graça,mas o seu olhar comprovava que era real.
As lágrimas descem incontroláveis e dou passos para trás tentando absorver essas palavras.
Meus pais...meus heróis...minha família...se foram??
Não não é uma brincadeira...
-Me diz que é uma brincadeira por favor...-Implorei soluçando ao homem a minha frente.
Ele abaixou a cabeça negativamente e senti meu coração se despedaçar.
Uma parte de mim morreu.
A única parte de mim que eu conheço...se foi.
Não conti as lágrimas e chorei até sentir o abraço do diretor me consolando.
...
O enterro foi muito doloroso e o mais doloroso foi os enterrar no dia do meu aniversário.
Jogo um buquê de flores na campa dos meus falecidos pais e enxugo as lágrimas.
Sinto um toque no meu ombro e me viro vendo Milena me encarando indiferente.
-Feliz aniversario priminha-Ela disse com certo deboche othando para as unhas recém pintadas.
Ela deu uma risada divertida e logo seu irmão diabólico apareceu do seu lado me olhando e cima a baixo.Ele umedeceu os labios de
forma sedutora,o que me deu nojo ao ponto de eu fazer uma careta.
-Oque vocês querem hein?!-Sondei tentando evitar oque vinha pela frente.
-Ah você já fez as malas?-Milena sorriu maléfica.
-Do que você esta falando sua louca?-Perguntel desentendida.
Norman riu como se eu estivesse acabado de contar uma piada.
-Acho que ela ainda não sabe-Ele disse se aproximando e colocou sua boca bem perto do meu ouvido-Seus pais estão mortos e a irmã mais velha deles e a minha mãe e ela ficara com sua guarda,resumindo você vira morar conosco-Sussurrou me fazendo paralisar.
Fiquei alguns segundos absorvendo essa notícia até que vi minha tia chegar,e a encarei.
-Minha querida subrinha,não se preocupe em arrumar as malas já mandei arruma-las-Ela disse sorrindo vitoriosa.
Um homem me entregou duas malas de mão.
-Cadê o resto das minhas coisas e a minha casa??-Questionei.
-Você só levará isso,e a sua casa foi vendida assim como outros pertences dos seus pais-Ela disse indiferente.
As lágrimas tomaram conta do meu rosto e a dor da perda dos meus pais voltou bem pior que antes.
-Oque...não...Oque você fez sua bruxa-Exclamei irritada.
Isso pareceu irritar ela,que veio em minha direção,e no segundo seguinte sua mão se chocou com o meu rosto,me fazendo virar o rosto com o impacto,que me deu a visão para a foto dos meus pais,encima da lápide deles.
Eles sorriam tão apsicobados