Peça-me oque Quiser
img img Peça-me oque Quiser img Capítulo 5 Preciso parar com isso
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Capítulo 6 Quero que você me olhe sempre img
Capítulo 7 Fantástico img
Capítulo 8 Sem tempo a perde img
Capítulo 9 Maravilhoso Almoço img
Capítulo 10 Brincadeiras img
Capítulo 11 Entre risadas img
Capítulo 12 Surpresa img
Capítulo 13 Exausta img
Capítulo 14 Segunda-Feira img
Capítulo 15 Gato img
Capítulo 16 Sete e meia img
Capítulo 17 Sem Calcinha img
Capítulo 18 Frustada e Irritada img
Capítulo 19 sinto vontade de morrer img
Capítulo 20 Quarta-Feira img
Capítulo 21 O dia foi horrível img
Capítulo 22 Sexta-Feira img
Capítulo 23 Acordo sobressaltada img
Capítulo 24 O que houve img
Capítulo 25 Odeio acordar tão cedo! img
Capítulo 26 No sábado à tarde img
Capítulo 27 Você me faria uma tatuagem img
Capítulo 28 Continuo sem notícias de Eric img
Capítulo 29 Dois dias depois img
Capítulo 30 Fernando continua me procurando img
Capítulo 31 Por que você foi embora sem me avisar img
Capítulo 32 Esse homem serve pra você, moreninha. img
Capítulo 33 Exausta, adormeço em seus braços. img
Capítulo 34 Te amo. img
Capítulo 35 Meu Deus, criei um monstro! img
Capítulo 36 Três dias depois img
Capítulo 37 Björn está louco pra te provar de novo. img
Capítulo 38 Será que está se apaixonando por mim img
Capítulo 39 Você está bem, Judith img
Capítulo 40 No dia 27 de agosto img
Capítulo 41 21 de setembro img
Capítulo 42 Estou ficando desesperada img
Capítulo 43 Meu Deus! Você é casado img
Capítulo 44 A semana começa com força total img
Capítulo 45 Sabe o que tua sobrinha me disse img
Capítulo 46 O que você está fazendo img
Capítulo 47 Na segunda-feira.. img
Capítulo 48 Por quê img
Capítulo 49 Por que não me abraça img
Capítulo 50 Posso saber o que você está fazendo img
Capítulo 51 Dormiu bem img
Capítulo 52 Na manhã seguinte img
Capítulo 53 Na sexta-feira img
Capítulo 54 Tomaria café da manhã comigo img
Capítulo 55 Te amo, Jud! img
Capítulo 56 Oque Houve img
Capítulo 57 Na segunda-feira img
Capítulo 58 Peça-me oque Quiser 2 - Agora e Sempre img
Capítulo 59 17 de dezembro img
Capítulo 60 Observando img
Capítulo 61 O que é isso img
Capítulo 62 O que está acontecendo comigo img
Capítulo 63 O que fazemos aqui img
Capítulo 64 Quer café img
Capítulo 65 Seja bem-vinda. img
Capítulo 66 Dormiu bem img
Capítulo 67 Você notou como Flyn me olha img
Capítulo 68 Você é Judith img
Capítulo 69 Bom dia, moreninha. img
Capítulo 70 Não tinha ido pra Espanha img
Capítulo 71 O cheiro de Eric está em tudo img
Capítulo 72 Você está linda, Jud. img
Capítulo 73 Que linda que é minha Luz! img
Capítulo 74 Onde você está img
Capítulo 75 Véspera do Dia de Reis img
Capítulo 76 Que bela manhã! img
Capítulo 77 Faça um teste. img
Capítulo 78 Pobre garota! img
Capítulo 79 Qual é o tratamento img
Capítulo 80 De novo img
Capítulo 81 Nosso lar. img
Capítulo 82 Por quê img
Capítulo 83 A vida com Iceman img
Capítulo 84 Flyn está com ele img
Capítulo 85 Como foi hoje na escola img
Capítulo 86 Que horas são img
Capítulo 87 Adoro te ver assim, tão feliz. img
Capítulo 88 Brasileira! img
Capítulo 89 Bronca ou piscina img
Capítulo 90 Quando foi que você colocou isso img
Capítulo 91 Agora e Sempre! img
Capítulo 92 Quero estar com Eric e com Flyn. img
Capítulo 93 Como Flyn está img
Capítulo 94 Por que não acordei mais cedo hoje img
Capítulo 95 Posso saber onde você dormiu img
Capítulo 96 Que três mulheres tão bonitas eu tenho! img
Capítulo 97 O que Eric está fazendo img
Capítulo 98 Maldito cabeça-dura! img
Capítulo 99 É o primeiro dia da minha vida. img
Capítulo 100 O que você fez img
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Capítulo 5 Preciso parar com isso

No dia seguinte, quando chego ao escritório e entro na sala da minha chefe para buscar

uns arquivos, suspiro ao me lembrar do que aconteceu ali na véspera. Quase não dormi.

Não paro de pensar no senhor Zimmerman e no que houve entre nós. Na noite anterior,

ao chegar em casa, vi na televisão a reprise do jogo Alemanha-Itália. Que jogaço da

Itália! Quero esfregar na cara desse sujeito pedante a eliminação de seu país.

Miguel aparece e vamos juntos tomar café da manhã. Paco e Raul se juntam a nós e

conversamos animados, enquanto observo a entrada na expectativa de que Eric, o

chefão, o homem que me convidou para jantar e me deixou superexcitada, passe por

aquela porta. Mas isso não acontece. E eu fico decepcionada. Então, depois que

acabamos o café, voltamos a nossas respectivas salas.

Ao retornarmos, Miguel vai ao departamento administrativo. Precisa resolver algo que

o senhor Zimmerman lhe pediu no dia anterior.

Disposta a enfrentar um novo dia, ligo meu computador e em seguida meu telefone

toca. É da recepção para avisar que um jovem com um buquê de flores está perguntando

por mim. Flores? Nervosa, me levanto da cadeira. Nunca ninguém me mandou flores e

tenho certeza de quem foi: Zimmerman.

Com o coração disparado, vejo as portas do elevador se abrirem, e um jovem com um

boné vermelho e um lindo buquê confere a numeração das salas. Mas, ao se dar conta de

que estou olhando para ele, aperta o passo.

- Por acaso você é a senhorita Flores? - pergunta ao chegar perto de mim.

Quero gritar: "Sim! Meu Deeeeeeus!"

O buquê é espetacular. Lindas rosas amarelas. Amei!

O jovem do boné vermelho me olha e, por fim, respondo "sim" à sua pergunta.

- Assine aqui e, por favor, entregue esse buquê à senhora Mónica Sánchez. Minha

boca abre e não fecha mais.

É pra minha chefe?

Um balde de água fria. Meus breves segundos de felicidade por me considerar alguém

especial se desfazem num piscar de olhos. Mas, sem querer deixar minha decepção

transparecer, pego o buquê, olho para ele e quase choro. Seria tão bom se fosse para

mim...

Deixo o buquê sobre minha mesa e assino o papel que o rapaz estende na minha

direção. Depois que ele vai embora, levo as lindas flores à sala da minha chefe. Colocoas em cima da sua mesa e me viro para sair. Mas então sou dominada pela curiosidade,

daí me viro de volta e procuro o cartão entre as flores. Eu o abro e leio: "Mónica,

repetimos na próxima vez? Eric Zimmerman."

Ler isso me deixa nervosa. Como assim "repetimos"?

Fala sério! Parece propaganda de chocolate. "Repetimos?"

Rapidamente deixo o cartão no seu devido lugar e saio da sala. Meu humor agora está

péssimo. Espero que ninguém me encha nas próximas horas ou vai pagar muito caro. Eu

me conheço e sei que sou bem perversa quando fico chateada.

Sem conseguir tirar da cabeça esse "repetimos?", começo a digitar um relatório no

computador, até que minha chefe aparece.

- Bom dia, Judith. Entre na minha sala - diz sem olhar para mim.

Não! Agora não. Mas me levanto e a sigo.

Quando entro e fecho a porta, ela vê o buquê de flores e o pega. Tira o cartão e eu a

vejo sorrir. Que idiota! Meu pescoço está coçando! Malditas brotoejas.

- Falei com Roberto, do RH - me diz.

Ai, minha nossa! Vai me demitir?

- Vai haver umas mudanças na empresa. Ontem tive uma reunião muito interessante

com o senhor Zimmerman, e algumas coisas vão mudar em muitas das sucursais

espanholas.

Escutar que ela teve uma reunião interessante é algo que me incomoda. Mas logo o

telefone toca e eu atendo imediatamente.

- Bom dia. Sala da senhora Mónica Sánchez. Sou a secretária, a senhorita Flores. Em

que posso ajudá-lo?

- Bom dia, senhorita Flores. - É Zimmerman! - Poderia me passar para sua chefe?

Com o coração acelerado, consigo balbuciar:

- Um momento, por favor.

Nem preciso dizer que minha chefe, quando informo que é ele, aplaude - não apenas

com as mãos - e pede que eu me retire da sala. Mas antes de sair eu a ouço dizer:

- Oieeee. Chegou bem ao hotel ontem à noite?

Ontem à noite? Ontem à noite? Como assim "ontem à noite"?

Fecho a porta.

Mas ontem à noite ele estava comigo!

Então minha mente fantasiosa logo começa a imaginar o que aconteceu. Ela era a

mulher com quem ele falava ao telefone no carro. Me deixou em casa e foi encontrá-la.

Será que voltou ao Moroccio?

A cada segundo que passa, fico com mais raiva. Mas por quê? O senhor Zimmerman e

eu não temos nada. Apenas jantamos, ele colocou a mão em mim por cima da roupa e

assistimos juntos a um espetáculo sexual. Isso me dá o direito de ficar com raiva?

Volto à minha cadeira e continuo a digitar. Tenho que trabalhar. Não quero pensar. Em

algumas ocasiões pensar não é bom, e esta é uma dessas ocasiões. A uma da tarde,

minha chefe sai da sala e, após dirigir o olhar para Miguel, ele se levanta e eles vão

embora juntos. Sei o que vão fazer. Treparão como coelhos durante as duas horas de

almoço, e sabe-se lá onde.

Trabalho, trabalho e mais trabalho. Me concentro no meu trabalho.

Estou tão mal-humorada que ataco minhas tarefas com muita energia e me livro de

uma pilha de papéis. Por volta de duas e meia, chega Óscar, um dos seguranças que

ficam na portaria.

- O motorista do senhor Zimmerman deixou isto aqui pra você - diz, me entregando

um envelope.

Boquiaberta, olho para o envelope fechado com meu nome escrito. Agradeço a Óscar,

e ele se retira. Fico um tempo observando a embalagem e, sem saber por quê, abro uma

gaveta e o guardo ali. Não pretendo abrir até segunda-feira. Hoje é sexta. Dia de

trabalhar direto até as três, sem pausa para o almoço.

O telefone toca. Atendo e, após dizer as palavras de sempre, escuto do outro lado:

- Abriu o pacote que te mandei?

Zimmerman! Não respondo e ele acrescenta:

- Estou ouvindo sua respiração. Responda.

Mil respostas passam pela minha cabeça. A primeira: "Mandão!" A segunda é pior.

- Senhor Zimmerman, o pacote acabou de chegar e resolvi esperar até segunda-feira

- respondo finalmente.

- É um presente para você.

- Não quero nenhum presente seu - murmuro com um fio de voz, surpresa com suas

palavras.

- Por quê?

- Porque não.

- Ah! Senhorita Flores, essa resposta não me serve. Abra o pacote, por favor.

- Não - insisto.

Eu o ouço bufar... Estou irritando esse cara.

- Por favor, abra.

- E por que eu deveria abrir?

- Jud, porque é um presente que comprei pensando em você.

Ah tá... Então voltei a ser Jud?

E, como sou uma fraca, uma idiota e ainda por cima uma curiosa incorrigível, acabo

abrindo a gaveta, pego o envelope, rasgo, olho dentro dele.

- O que é isso?

Escuto sua risada.

- Você disse que estava disposta a tudo.

- Bem... eu...

- Você vai gostar, pequena, te garanto - me interrompe. - Um é para casa e o outro

é pra você levar na bolsa e usar em qualquer lugar e a qualquer hora.

Ao ouvir o tom de sua voz quando diz "a qualquer hora", sinto falta de ar. Meu Deus,

cá estamos nós outra vez!

- Passo na sua casa às seis - afirma antes que eu possa responder. - Vou te ensinar

a usar.

- Não estarei lá. Vou à academia.

- Às seis.

A ligação cai e eu fico com cara de idiota.

Enquanto ouço o telefone apitar do outro lado da linha, sinto vontade de soltar um

monte de palavrões. Mas só eu escutaria. Ele já foi embora.

Irritada, desligo. Olho de novo dentro do envelope e leio "Vibrador Fairy. Sucesso no

Japão". Nesse momento, meu corpo reage e eu suspiro. Acabo guardando-o na minha

bolsa e apoio os cotovelos na mesa e minha cabeça entre as mãos.

- Preciso parar com isso - digo em voz baixa. - E já!

                         

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