Capítulo 5 Sérgio levantou às nojentas sobrancelhas...

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Sérgio levantou às nojentas sobrancelhas surpreso e se vira à fixar em Jane o seu olhar sinistro e ameaçador.

Jane estudou a expressão acusadora e furiosa de Kassia, torna a olhar pra Sergio e encolhe os ombros com um sorriso sem graça, como se ela estivesse se desculpando. Como se tudo não passasse de um simples engano... Miseráveis!

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Sergio passa à mão no rosto desgostoso e num instante Jane desaba no chão se posicionando do mesmo modo que eles à obrigaram a ficar no começo e ela imagina o quê ela ganharia com isso.

– ...Ah Jane, Jane. – lamentou Sergio ao se aproximar dela.

Jane permaneceu do mesmo jeito, a cabeça baixa, as mãos sobre os joelhos com as palmas viradas pra cima;

– Ele disse, Ed disse que ela tinha potencial...

Agora a vagabunda parecia estar realmente com medo, mas ele não deu créditos as suas explicações,

– O que nos fez fazer? Sabe que não devia nos enganar desse jeito, não sabe? E agora? O que devemos fazer com você?

Kassia contém o ímpeto insano de desejar que eles acabem com ela, e num instante de lucides calculou que era exatamente o que queria a desgraçada masoquista! Alguém tentou abraça-la nesse instante, mas ela o rechaçou com um movimento brusco e o enfrentou com o olhar.

Estava furiosa com todos eles, todo o seu corpo doía de forma quase in-suportável e algo frio e imparcial passou por sua mente, ela era uma guerreira e jamais se submeteria de forma tão humilhante. Era possível que não saísse dali viva, mas nada a impediria de morrer lutando...

Então, aconteceu...

Algo que vinha do fundo de sua essência mais primitiva se libertou e Carlos foi o primeiro à sentir o impacto e arregalar os olhos.

De alguma forma ela o prendeu em seu olhar, ele levou as malditas mãos no próprio pescoço sufocando. Alguém xingou alto alertando os demais e em seguida à chutou por traz dos joelhos com violência. Ela caiu com o golpe covarde, mas manteve seus olhos fixos em Carlos e assistiu com uma satis-fação incontrolável e sinistramente fria quando ele começou à espumar sangue pela boca e pouco tempo depois cair de joelhos pra logo em seguida tombar de lado com o rosto todo azulado, desmaiado ou morto, ela não se importava... Não sabia o que a movia, mas eles teriam as suas pagas pelo que fizeram com ela.

De uma maneira bem pouco anatômica ela olhou pra trás e encarou o covarde que a havia chutado, Lucas, ou assim ele foi apresentado, e ele também ar-regalou os olhos castanhos, aterrorizado com o que via...

Ela sentia circular em suas veias e transbordar de si o poder que o mantinha preso em seu olhar e que de alguma forma pela sua vontade ele sufocava e seu coração disparava e o prazer circulava pelo seu corpo como uma força negra e sombria enquanto ele se debatia tentando em vão se libertar do seu comando, mas uma forte pancada em sua cabeça à desnorteou e de repente tudo à sua frente perdeu o foco e escureceu...

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Kassia não tinha noção de quanto tempo ficou desacordada ou se tudo que viu e sentiu foi real ou imaginado, mas em algum momento ela abriu os olhos, viu e ouviu que eles discutiam entre si exaltados.

As imagens desconexas não coincidiam com seu estado, estava escuro ou escureceu de repente, chovia intensamente e gotículas fustigavam o seu rosto e o seu corpo. Dores lancinantes em seu peito e ventre não a permitiam respirar. Ela tentou se levantar e inocente imaginou que alguém entre eles tinha se apiedado do seu estado a estava auxiliando, mas não demorou muito em compreender que era feita de escudo pelo covarde e na escuridão, repenti-namente iluminada por raios e trovões, uma forte tempestade começou, e sonho se misturou com realidade, bem diante dos seus olhos turvos...

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