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Não podia ser, como ele veio parar aqui. Pensou ela se escorando na porta fechada atrás dela, naquele momento tudo que ela queria era se enfiar em um buraco e morrer lá, como ela passaria dias ao lado dele, logo ele.
Ela tinha que se recompor não podia se dar ao luxo de perder esse emprego, foi até a pia e limpou o rosto que tinha algumas lágrimas, ela já não parecia feliz ao espelho e sim nervosa porém uma hora ou outra ela teria que enfrentar ele e ela já sabia disso.
Então ela se recompôs e saiu do banheiro olhando para a porta aberta dele enquanto caminhava em sua direção notou que suas coisas já não estavam mais no chão.
Bom dia senhor Miller. Disse ela passando pela porta e o encarando.
Bom dia Anny, sabe que não precisa me chamar assim né. Disse ele olhando com um olhar sereno.
Me desculpe senhor Miller, só vim ver quais os compromissos que eu marquei para hoje, não tive acesso a sua agenda antiga. Disse ela pegando as coisas dela que ele havia juntado e colocado na mesa dele.
Pra hoje nada, não mandei enviarem minha agenda porque estou tecnicamente de férias então não tenho muitos planos, vou aproveitar esse tempo fora da Miller para cuidar dessa empresa. Disse ele desviando os olhos dela para a tela do computador.
Ok, se o senhor precisar é só me chamar. Disse Anny se virando para ir embora daquela sala.
Precisamos conversar, não acha? Perguntou ele em um tom baixo antes que ela chegasse à porta.
Não, eu não acho. Disse ela apressando o passo e saindo da sala.
Se sentou a mesa ofegante, tudo que ela achou ter esquecido veio a tono novamente e ela se viu pensando nele, ela não podia e nem deveria fazer aquilo, perdida em pensamentos com ele.
Algumas horas se passaram e era hora do almoço e para a tristeza dela, ela teria que encarar ele novamente, com um surto de coragem ela se levantou e foi.
Senhor Miller, quer que eu reserve uma mesa pro senhor em algum restaurante ou quer que eu te busque o almoço? Perguntou ela pela porta.
Pode entrar, feche a porta por favor. A voz dele era suave igual a expressão em seu rosto.
Como posso ajudar. Disse Anny fechando a porta e sentando de frente para ele na mesa, as mãos dela suava de nervoso.
Anny, sabe que estou aqui por você né. Disse ele dando a volta na mesa e parando na frente dela.
Estou aqui profissionalmente senhor Miller. Disse ela se levantando e se virando para sair da sala.
Mas eu não, eu não consigo mais ficar sem você, dei um tempo para vir te procurar eu sabia que não queria me ver, o que eu não sabia era que você tem tanta raiva de mim. Disse ele segurando o braço dela e a puxando para perto dele.
Sei que está acostumado a transar com suas secretarias, senhor Miller, mas não estou interessada. Disse ela puxando o corpo para longe dele.
Anny me escuta, eu te amo e não parei de pensar em você um só minuto desde que te vi a ultima vez. Disse ele a puxando com mais força contra o corpo dele.
Me solte. Disse Anny já com lágrimas nos olhos, ela tinha que resistir o relacionamento deles sempre foi tóxico para os dois mas o cheiro dele a deixava tonta e com muita vontade de beijá-lo, ela estava lutando contra ela mesma naquele momento.
Ele não a obedeceu, pelo contrário a pressionava contra o corpo dele cada vez mais, ele a olhava com desejo, ela se debatia para que ele a soltasse, mas Jack não parecia nem ter intenção de fazer isso.
Ele então a encarou e a beijou, ela resistiu um pouco no início mas ela não podia continuar mentindo para si própria, aquilo era com o que ela sonhava, aquele beijo, aquele homem...
O beijo era intenso ele a virou, pegou ela no colo e a sentou sobre os papéis que estavam espalhados na mesa, a mão dele percorria a pele dela por baixo da blusa, ela queria que ele arrancasse a roupa dela e a comesse bem ali naquela mesa.
Batidas na porta os assustou, e eles pularam um para longe do outro, Anny se ajeitou e jack deu a volta na mesa e se sentou para disfarçar a grande ereção na calça.
Entre. Disse ele com a voz meio ofegante ainda.
Jack, a Ann... Robis parou de falar quando olhou para dentro da sala e viu ela ali parada com cara suspeita.
Obrigado senhorita Weguer, peça o almoço para mim. Disse ele dando sinal para que ela saísse da sala.
Anny acenou com a cabeça e saiu da sala em silêncio, sentou em sua mesa e afundou o rosto nas mãos, agora ela seria demitida com toda certeza, o senhor Robis tinha notado o clima suspeito na sala, ele não era nada bobo.
Ela queria ser uma mosquinha para saber o que os dois discutiam dentro da sala, mas já que não era ela tentou focar em outra coisa, fez o pedido do almoço do Jack, assim que chegou ela o buscou na portaria e levou para ele que ainda estava em reunião com o senhor Robis.
Ela deixou o almoço dele lá e foi para casa tirar suas duas horas de almoço.
Quando voltou do almoço Jack já não estava na empresa e sem muito o que fazer ela saiu mais cedo e foi para o mercado já que era o dia de fazer compras, chegando lá ela pegou o carrinho e começou a andar nos corredores em busca de seus produtos favoritos.
Ao final das compras já era quase seis horas da tarde, chegou em casa como de costume ajeitou tudo, tomou uma ducha, colocou um pijama descolorido e se jogou no sofa com balde de pipoca.
Pegou o controle da TV e começou a surfar pelos canais mas nada daquilo tirava aquele beijo dele da cabeça dela, junto com a sensação boa, vinha a culpa que a consumia afinal ele ainda era o chefe dela e por mais que tivessem um passado juntos aquilo não era certo, ainda mais dentro da empresa.
Se o senhor Robis sonhar com o que aconteceu ela estaria demitida com toda certeza desse mundo, e não poderia nem contestar pois ele estaria certo.
Entre um pensamento e outro ela acabou adormecendo ali, com o balde de pipoca em uma das mão e o controle da TV na outra.