Enganada pelo destino
img img Enganada pelo destino img Capítulo 3 2
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Capítulo 3 2

Se aproximava da hora do jantar e Paulo ainda não tinha me dado notícias, não respondeu às minhas mensagens e muito menos retornou as inúmeras ligações que eu tinha feito. Eu já estou pronta para o jantar e Pedro, já deve estar também.

Saio do meu quarto com o celular na mão ligando para ele e mais uma vez a ligação chama, chama e ele não me atende, caindo na caixa postal.

- Pedro? - entro em seu quarto chamando-o e vejo que ele está terminando de se arrumar. - Seu pai falou com você hoje? - ele me encara.

- Não - ele fala. - Não ligou e nem me mandou nenhuma mensagem.

- Você tem certeza?- pergunto-lhe e vou até à janela do quarto, vendo que o carro de Paulo está no mesmo lugar. -Vê no seu celular, se ele enviou alguma coisa.

- Não tem nada mãe - ele responde pegando seu celular na mão. - A última vez que meu pai olhou o celular dele foi às 6h da manhã - encarou Pedro. -Você acha que está tudo bem com ele? - Pedro pergunta preocupado.

- Sim - respondo para ele, tentando amenizar a preocupação de Pedro - Você nem está pronto? - falo olhando para ele.

- Estou sim! - ele diz sorrindo e eu o encaro, observando aquelas roupas largas.

- Eu ainda não me acostumei com esse seu estilo - falo olhando para ele. - É descolado mãe, modernidade - ele diz e eu o encaro, ele começa a rir.

Escutamos buzinas lá fora, olho pela janela e vejo Paulo chegar com um carro novo, Pedro me olha e saio do quarto correndo, desço as escadas e assim que abro a porta falo apressadamente.

- Paulo, onde você estava? Não me respondeu e nem me atendeu - eu já digo nervosa.

- Estava resolvendo a nossa vida - ele diz descendo do carro, com um ar misterioso. - Não se preocupa querida, eu deixei tudo resolvido para qualquer problema futuramente - eu o encaro sem entender nada.

- E esse carro pai?- Pedro pergunta para ele e eu olho para aquele carro.

- É seu presente de aniversário - ele diz e eu encaro Paulo, Pedro abre um sorriso.

- Você está louco? - perguntei-lhe e os dois me encararam - Ele está fazendo 15 anos - Paulo me encara. - Ele não tem idade para andar de carro.

- Eu sei - Paulo responde - O carro cará estacionado na garagem e eu ensinarei Pedro a dirigir nele e quando ele tiver 18 anos, não precisará de um, porque ele já tem o carro.

- Isso é um presente que você daria quando ele completasse 18 e não 15 anos! - eu falo para ele.

- É lindo pai - Pedro fala. - Adorei! - ele entra no carro e Paulo se aproxima de mim.

- Quando ele completar 18 anos, eu não sei se estarei vivo para dar esse presente a ele -Paulo fala passando a sua mão pelo meu rosto.

- Você está escutando o que está dizendo? - eu falo para ele.

- Amo você - ele fala. -É só um presente, Pedro não sairá dirigindo pelas ruas - ele me olha e passa sua mão pelo meu rosto, como se o estivesse memorizando cada pequeno detalhe.

- Onde você estava? Saiu sem me avisar, você nunca fez isso e nem com Pedro, você falou - falo para ele. - Quem foi a pessoa que te buscou aqui? de quem era o carro azul?

- eu o questiono.

- Ciúmes Bárbara?- ele fala rindo. -Não se preocupe! - ele beija a minha testa. - Fui resolver algumas pendências importantes, para nossa vida e para a empresa - ele diz e passa por mim, entrando em casa.

- Que pendências são essas que eu não estou sabendo? - falo indo atrás dele.

- Con a em mim! - ele fala se virando e paro na sua frente. - Eu precisava resolver essas coisas, deixar tudo em ordem.

- Você não pode resolver as coisas sozinho Paulo, nós dois somos um casal e sempre resolvemos tudo juntos e por que isso agora? Por que você não me conta? - ele abre um sorriso de lado.

- Calma, eu não z nada de errado - ele diz me olhando. - Está tudo certo, não tem porque você car nervosa dessa forma - Suspiro angustiada. -Hoje é o aniversário do nosso lho e precisamos comemorar, eu juro que está tudo bem e não z nada de errado, tudo o que z hoje foi pensando na felicidade de vocês dois.

- Eu só não entendo por que você fez algo escondido de mim?! - eu falo para ele - É só isso que eu queria entender, sempre fomos transparente em tudo.

- Não se preocupe, eu não estou morto e nem preso. - Ele fala me olhando. - Ainda! - ele faz gesto com as mãos.

- Como assim ainda? - questiono sem entender, quando ele iria falar novamente a nossa empregada Liliane interrompe.

- Desculpe-me, senhora Barbara - ela diz e Paulo aproveita para subir para o quarto - O bu et chegou aqui, não era para ir para empresa? - Encaro Paulo subindo e depois olho para ela.

- Sim, eles estão errados. Só problemas hoje! - resmungo. -Vou lá falar com eles - Ela assente com a cabeça.

(***)

Após falar com o pessoal do bu et e os enviar para o endereço certo, eu olho para o lado vendo Paulo falar com um dos garçons contratados ao lado da Van. O garçom olhava para ele intrigado, mas presta muita atenção no que ele dizia, é quando Paulo entrega um envelope pardo nas mãos dele e ele abre o envelope conferindo o que tinha dentro, tira um maço de dinheiro e eu me aproximo.

- Paulo! - eu o chamo. - Se arrumou rápido - ele me encara assustado.

- Babi, meu amor - ele fala me olhando. - Estou só pagando o bu et.

- Em dinheiro? - Pergunto intrigada

- A metade antes da festa é obrigatória ser em dinheiro, senhora - aquele homem vestido de garçom me fala.

- Então, você já sabe o endereço, tudo tem que estar impecável - Paulo fala para o garçom que assente com a cabeça.

Sorrio fraco para Paulo que pega a minha mão e a beija.

            
            

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