Capítulo 4 Queda do império

Caio era um advogado criminalista, já conhecia meu pai a anos, ele tem 37 anos,Foi embora já tem 5 anos pro estados unidos, ele tem ligado sempre pra saber como está meu pai, que sempre o ignora depois da morte da minha mãe, entro no escritório do meu pai procuro por sua agenda, encontro na segunda gaveta da mesa, sem pensar muito ligo.

-alo?

-caio

Falo com a voz embarca de tanto chorar.

-quem é?

- sou eu Júlia, caio meu pai precisa de você!

- Júlia calma me conta o que aconteceu?

- prenderam-ele

-como assim ?

- não entendi muito bem, não sei o que está acontecendo, por favor nos ajude eu- eu não sei o que fazer!

-calma vou pegar o próximo voo e logo estou aí

- vem rápido

-ok.

Encerro a ligação e choro muito estou sozinha, porque tudo isso está acontecendo,pego minha bolsa vou pra delegacia, não posso ficar assim sem saber nada, quando abro a porta está cheio de repórter em minha casa, peço a motorista que agilizar pra sairmos daqui.

-senhorita Mendonça

Me gritavam, eu nem olhei pro lado, cheguei a delegacia não deixaram eu ver meu pai, e delegacia estava agitada cheio de repórter, ninguém me dizia nada, me ignoravam no meu desespero tentei entrar, mais fui impedida e me proibiram de ficar lá, voltei pra casa.

Liguei pra Luana e Raquel, só dava caixa de mensagem, queria que elas estivessem aqui comigo, liguei pro Marcos só dava ocupado.

Minha babá que hoje e governanta rosa entra.

-o minha menina eu estava no mercado quando soube da notícias, vim o mais rápido possível.

Corri e abracei ela

-nao chora vai passar

- porquê? Porque tudo isso está acontecendo?

Fiquei em seus braços,eu estava com tanto medo, desespero, que nem vejo hora passar quando vejo já está tarde da noite.

-vai descansar um pouco minha menina.

-nao posso, meu pai deve se sentir sozinho; eu tenho medo que ele piore e qualquer hora ele vai entrar pela aquela porta, quero que ele me veja aqui e não se sinta sozinha.

-nao seja teimosa, está tarde e horas dessas não podemos mais fazer nada, descanse um pouco.

Subi pro meu quarto olhei pela janela, não consegui dormi as horas não passavam, em dois anos vi minha vida perfeita desmonorar

O dia amanheceu que nem vi, tomei um banho, e desci sentei na sala, estava em todas as manchetes e jornais a prisão do meu pai os tratavam como um criminoso.

-isso não e verdade, seus mentirosos porque vocês estão fazendo isso, meu pai e inocente!

Rosa vem e desliga a televisão

- não Veja isso, vem comer alguma coisa

- eu não quero

Ela me acompanha até conzinha e serve a mesa mecho a comida sem fome alguma.

-caio ligou?

-nao! Será que ele já chegou?

Escuto a porta se abrindo meu pai entrando mais caio.

- graças adeus que você está aqui !

-julia

- você está bem? Eles fizeram alguma coisa com você?

-nao, estou bem?

-vou tomar um banho, preciso descansar um pouco!

-esta bem, vou pedir a rosa pra levar alguma coisa pra você!

-nao precisa!

-pai

- só quero ficar um pouco sozinho

- está bem

Meu pai sobe pro seu quarto olho pro Caio.

-obrigada, caio

- de nada

- o que está acontecendo?

- Júlia não se preocupe, olha eu

Interrompe sem deixar ele terminar

- preciso saber a verdade?? O que realmente aconteceu?? Só a verdade caio?

-esta bem o caso e complicado seu pai está envolvido sonegação de imposto altíssimo, desvios de dinheiro da empresa, licitações indevidas, caixa dois suborno, o prédio que ele tava construindo e finalizou desabou e matou 10 pessoas.

-meu pai seria incapaz de fazer isso!

-eu sei, mais armaram pra ele certinho,vamos provar sua inocência, fique tranquila.

- rosa arrumou o quarto de hóspedes se quiser descansar agora deve estar cansado da viagem.

- fique tranquila eu vou ficar em hotel!

- prefiro que fique aqui, por favor meu pai precisa de você, eu preciso de você

- está bem vou mandar buscar minhas coisas no hotel

- está com fome?

- já comi alguma coisa vindo prá

Depois subi estava exalta parece que minha vida tinha virada de ponta a cabeça, bati na porta do quarto do meu pai.

-pai! Posso

- entre

ele estava sentado na cama sentei ao seu lado.

-perdemos tudo Júlia, aquele maldito do Jorge aproveitou da minha fragilidade, eu eu te juro que não fiz isso, nunca aprovaria alguma coisa que pudesse prejudicar ninguém so por causa de dinheiro.

- eu sei pai eu confio em você

-obrigada

Depois de alguns dias meu pai não conseguiu provar sua inocência, todas provas estavam lá, por causas de umas malditas assinaturas sem ler, esse e preço que meu pai pago.

Encontrei meu pai no seu escritório com uma garrafa de whisky nas mãos sentado no chão, seu cabelo estava despenteado,com sua camisa branca aberta e suja.

-pai você tem que reagir

- mesmo que eu venda tudo não Será, o suficiente, eu não sei o fazer.

Pego a garrafa de suas mãos.

-primeiro passo e parar de beber,vamos vender as empresas da mamãe e liquidar tudo.

- são suas não posso aceitar isso,eu não posso deixar você sem nada.

-e só coisas matérias,a única coisa importante e que sobro é você, eu não posso te perder.

Depois de muita insistência convenci meu pai a aceitar,vendemos tudo, caio nos ajudou,meu pai pagou tudo na justiça, ele não conseguiu provar sua inocência, indenizou as famílias das vítimas,

Sempre quando saímos às pessoas nos atacavam falavam que meu pai tinha que ter morrido e não aquelas pessoas.

Com dinheiro que sobro compramos um apartamento de classe alta e levamos a rosa,já não eram mais bilonarios mais só o suficiente pra termos uma vida digna, caio emprego meu pai em uma das suas empresas.

Ele estava instável por mais que tentasse ajudar eu não o alcançava.

Todo dor que passamos, nem o tempo era capaz de apagar todas as cicatrizes, por mais que tentássemos dar um passo pra parente era como se darmos dois pra trás.

Nesse período difícil não tive notícias das minhas melhores amigas e nem do Matheus. Isso me causa de uma certo incômodo