Capítulo 8 Shopping Center Miramar

A temperatura do ambiente subiu bruscamente e a atmosfera romântica se espalhou em cada centímetro ao seu redor.

Espera! Ele estava falando sério?! Foi então que Lola assustou-se e entendeu que realmente não deveria ter desafiado aquele homem.

Ela não conseguiu dizer uma única palavra, já que Jorge a estava beijando. Jorge segurava as duas mãos de Lola sobre sua cabeça. Ela mal podia balançar a cabeça em protesta.

No entanto, Jorge a ignorou. Lola estava tão assustada que jurou definitivamente que seria uma mulher obediente no futuro.

Era tarde demais?

A última vez estava drogada e fez sexo com ele sem saber o que estava acontecendo. E desta vez, ela estava ciente de tudo, apesar de ter bebido.

'Que faço? Que faço?' O homem começou a acariciá-la enquanto Lola ainda estava pensando o que poderia fazer.

Ela sentiu dor e sem se dar conta mordeu os lábios do Jorge. Um leve cheiro de sangue se espalhou entre suas bocas.

"Você me deixa furioso. Foi você quem me seduziu na última vez, me chamou de puto, me bateu e ainda me deu 250 dólares. Lola, você me deve muito! E está na hora de me pagar." Jorge sussurrou em seu ouvido, não se importando com o sangue em seus lábios.

Essa mulher não apenas o forçou a salvá-la naquela noite, mas também o humilhou na manhã seguinte.

Ela realmente achou que ele era impotente?

Agora ela ia descobrir.

"Chefe, é tudo minha culpa. Peço desculpas agora. Por favor, me deixe!" Ai! Todos deveriam pagar suas próprias dívidas cedo ou tarde.

"É tarde demais!"

A princípio, ele podia ouvir os insultos de Lola, porém pouco a pouco eles foram sendo substituídos por seus gemidos.

Ao amanhecer, Lola estava prestes a adormecer e insultou o homem que estava do lado dela: "Besta!" Porém Jorge a ignorou e continuou limpando o corpo de Lola.

Eles haviam planejado obter a licença para o casamento naquela manhã. Porém, o plano mudou, pois Lola não acordou antes das 2 horas da tarde e o homem que tinha dormido com ela na noite passada também tinha desaparecido.

Lola ainda estava cansada, portanto, se levantou para tomar banho. As marcas espalhadas no seu corpo provocadas pelo sexo, a faziam suspeitar que o homem com quem ela iria se casar era um animal.

Ela tinha duvidado que iria terminar casando com ele. Porém, levando em conta que ela dormiu com ele duas vezes, decidiu aceitar o casamento. Pelo menos o casamento garantiria um relacionamento formal entre eles. Como não era grande coisa, ela iria ser obediente a ele no futuro. Caso contrário, ela pareceria uma amante financiada por ele sem dignidade pessoal.

Amante? A avó a esfolaria se soubesse que a neta se tornara amante.

"Vovó, pai, mãe, sinto tanto falta de vocês."

Lola acelerou o ritmo no banheiro, vestiu-se, terminou com pressa a comida requentada pela dona Du e entrou no escritório de Jorge para buscá-lo. Ele estava ocupado fazendo trabalho da empresa, para em seguida, ir ao Registro Civil.

"Você tem pressa?" Jorge ficou surpreso e se perguntou o que tinha feito ela mudar de ideia.

"Claro que sim. O que acontece se o Registro Civil estiver fechando?" Ela inventou uma desculpa.

Jorge olhou para a marca vermelha no pescoço de Lola. E ele disse algumas palavras que fizeram Lola querer matá-lo, cortá-lo e jogá-lo no mar para alimentar os tubarões:

"Você está tão satisfeita com o maravilhoso serviço da noite passada? Se você quiser, podemos fazer isso todos os dias."

'Todos os dias? Faça isso com sua mãe!'

Lola sentou-se elegantemente no carro, se conteve e preferiu ignorar o rosto carrancudo que estava ao seu lado.

"Se você não falar nada, vou considerar que é um sim." Jorge deu um breve sorriso, vendo que ela obviamente cerrou os punhos.

Antes de ir para o Registro Civil, Jorge dirigiu seu Maybach preto até a antiga casa de Lola. Ela ficou completamente sem entender nada quando viu Jorge removendo o adesivo de bloqueio na porta. Em seguida, ele pegou a chave, abriu a porta e eles entraram na casa.

"Você... Por que ... Por que você tem a chave da minha casa?" A casa deveria ter sido vendida no leilão. Não era nada fácil conseguir a chave. Como ele podia conseguir abrir a porta e entrar na casa?

"Você tem poder absoluto nessa cidade?"

"Vá procurar seu Cadastro de Pessoas Físicas. Não demore muito." Tudo tinha acontecido tão rápido, que Lola tinha deixado muitas das suas coisas para trás.

Lola entrou lentamente na casa. A casa, que antes era bem barulhenta e cheia de gente, agora estava fria e triste. Tentando não chorar, Lola foi até o segundo andar, abriu a porta do escritório do pai e encontrou seu Cadastro de Pessoas Físicas. Antes de sair da casa, ela passou pelo quarto que era do seu pai, da sua avó e o dela. Tudo estava como antes. A única diferença era que não havia mais ninguém morando aqui.

Lola enxugou as lágrimas e desceu as escadas. Ela estava profundamente agradecida ao homem alto que a esperava na porta. Graças a sua ajuda, ela agora podia visitar novamente a sua casa.

'Comprarei de volta esta casa assim que tiver dinheiro suficiente!' Lola prometeu a si mesma.

Quando chegaram ao Registro Civil, os funcionários já estavam de saída. Quase nenhum deles conhecia Jorge, pois ele tinha acabado de voltar do exterior e não havia assumido oficialmente a empresa do grupo. Eles conseguiram oficializar a união sem nenhum problema e saíram silenciosamente.

Depois de jantar num restaurante, Jorge comprou um novo celular para Lola e dirigiu até o estacionamento do Shopping Center Miramar. Eles saíram do carro e pegaram o elevador diretamente para a área dos diamantes que ficava no 8º andar.

O shopping tinha suas áreas bem distribuídas, com dezenas de marcas espalhadas por centenas de metros quadrados em cada andar: um hipermercado no primeiro andar subterrâneo, jóias no primeiro andar, produtos para cuidados com a pele e cosméticos no segundo andar, roupas e bolsas femininas no terceiro andar, roupas masculinas no quarto andar, artigos para o lar no quinto andar, equipamentos para atividades ao ar livre no sexto andar, bebidas alcoólicas no sétimo andar e diamantes no oitavo.

Era um dos shoppings favoritos de Lola.

Ela tinha ido ao oitavo andar algumas vezes. Comprou muitos diamantes, fosse para ela mesma ou para presentear outras pessoas.

Quando Jorge apareceu na loja de diamantes, as vendedoras se apaixonaram por ele. Que homem mais bonito, meu Deus! Todas elas sabiam que ele devia ser um homem super rico. Portanto, muitas vendedoras correram para oferecer ajuda.

Lola ainda estava se perguntando por que Jorge a tinha levado naquele lugar. 'Ele veio comprar um anel para mim? Não é provável.' Mesmo que tivessem conseguido a documentação para o casamento, ambos sabiam que não era um casamento por amor. Eles se casariam por diferentes motivos, porém ela não sabia o que Jorge queria.

Foi porque eles passaram a primeira noite juntos, como ele disse? Ela não era boba. Se ele não lhe dissesse o motivo, ela não perguntaria. Lola tinha absolutamente nada para perder naquele momento. A única coisa podia dar para ele era o seu corpo.

Porém, talvez nem fosse por isso, porque um homem tão poderoso e rico como ele poderia sair com qualquer mulher que ele quisesse. Lola sabia que era bonita, no entanto, haviam muitas mulheres ainda mais bonitas que ela, e mais ricas, mais atraentes. Há tantas que era impossível contar.

"Vem aqui. Você gosta deste?" Jorge interrompeu seus pensamentos. Lola limpou a sua mente e caminhou em direção a ele.