Capítulo 4 Vamos nos divorciar

Mas isso só mostrava que ele tinha medo da sua esposa e que ele poderia se ajoelhar para satisfazê-la.

Era difícil imaginar o Sr. Zed se desculpando por qualquer coisa.

Havia um boato de que ele nunca havia se desculpado por nada. Mesmo que ele tivesse cometido um erro, ele preferiria consertar a situação do que o admitir.

"Querida, vamos para casa", disse Zed enquanto levantava Jana nos seus braços e depois se virou e saiu do clube.

"Zed, você não pode..." Sue tentou impedi-lo de sair, mas Eva a interrompeu antes que ela pudesse terminar sua frase.

"Você não acha que a humilhação foi suficiente?" Ela ficou furiosa e lançou um olhar feroz à amiga.

"Mas o vinho que ele acabou de beber", Sue estava ansiosa por alguém para ouvi-la, mas Eva cobriu a boca da Sue com a mão e levantou uma sobrancelha como sinal de alerta. Sem outra escolha, Sue silenciosamente os observou partir.

De volta à vila, Zed voltou à sua atitude habitual indiferente. Afrouxando a gravata, ele pegou uma garrafa de água gelada e foi para a varanda.

Jana ficou de pé junto à janela e o observou em silêncio. Ele parecia estar absorvido nos seus pensamentos, além de parecer bastante chateado.

'É possível que ele ainda ame a Eva? Nesse caso, o que fiz foi realmente terrível.' Jana estava muito ansiosa com os eventos daquela noite. Mordendo as unhas, ela tentou adivinhar o que estava acontecendo entre Zed e Eva. Ela levantou uma sobrancelha quando percebeu que ele já tinha bebido a garrafa inteira de água gelada. 'Ele está tentando se acalmar com a água fria?' ela pensou.

'Espera um minuto! Ele quer me matar? Ele não pode me culpar por isso! Foi culpa dele que não tivesse me notificado.' Olhando para baixo, ela percebeu que estava segurando as cortinas com tanta força que suas unhas quase rasgaram o tecido. Depois da noite que acabaram de ter, e considerando sua incerteza sobre o sentimento do Zed pela Eva, ela hesitou em abordar o assunto da propriedade.

Perdida nos seus pensamentos, ela não reparou que Zed já havia entrado na sala e, quando finalmente percebeu esse detalhe, respirou fundamente e esperou que ele dissesse alguma coisa, mas quando não havia nada além do silêncio, ela o olhou devagar. Ele estava um pouco bêbado e seus olhos refletiram uma emoção que ela não estava familiarizada.

Tendo-o muito perto, Jana sentiu o cheiro do álcool na respiração do Zed. O perfume não era tão desagradável quando misturado com a loção pós-barba que ele usava. Quando ela olhou para o rosto do Zed, percebeu que seus olhos estavam desfocados. 'Ele podia ter bebido demais?', ela pensou com surpresa e, embora soubesse que não devia, ainda perguntou: "Sr. Zed, você ficou satisfeito com o meu desempenho esta noite? E você acha que aquela propriedade poderia...? Mmm...".

De repente, Zed tropeçou para frente. A palma da mão larga dele foi para a boca da Jana e ela não conseguiu mais completar suas frases e, em vez disso, franziu o cenho com muita dor.

"Zed, o que você está fazendo? Não, você não pode fazer isso...".

No dia seguinte

O sol quente brilhava no chão com raios que conseguiam esgueirar-se através das nuvens que flutuavam preguiçosamente no céu. Era meio-dia quando Jana acordou. Vendo alguns documentos na mesa de cabeceira, ela estendeu a mão e os pegou.

As palavras, 'Acordo de Transferência de Terras', estavam impressas na capa em caracteres grandes e pretos. Ela devia estar encantada por tê-lo convencido a entregar a propriedade ao seu pai, mas não estava.

Depois de anular o contrato, ela arrastou seu corpo dolorido para o banheiro e, quando na frente do espelho, estudou seu reflexo. Exceto pelo seu rosto, seu corpo inteiro estava coberto pelas marcas deixadas pelo Zed.

Ela franziu a testa e tomou um banho rápido antes de voltar para o quarto para se vestir. Preparando-se para sua visita à Casa Wen, ela enrolou um lenço de seda no pescoço para cobrir os chupões com a cor de carmim.

O pai da Jana ficou bastante satisfeito ao ver o acordo. Ele continuou se referindo a ela como "Minha boa menina" e elogiou seus esforços. Essa foi a melhor coisa que ela fez em muito tempo.

"Pai, você pode me dar o Livreto de Registro de Residência agora, por favor?". Jana estava otimista. Ela já havia conseguido o contrato de acordo com os desejos do seu pai, e o processo do divórcio também começaria no mesmo dia. O Livreto de Registro de Residência foi o último documento que ela precisava para encerrar o casamento nominal.

"Zed mandou você?", questionou o pai. Ele parecia não querer que sua filha terminasse o casamento tão rapidamente.

Zed havia se comportado como uma besta feroz na noite anterior, nem mesmo dando a ela a chance de respirar até que estivesse completamente satisfeito com ela. Quando ela acordou, ela não o viu em lugar nenhum e nem sabia quando ele se foi. Isso não a surpreendeu, uma vez que nunca houve muita comunicação entre os dois, mas de alguma forma ela esperava poder falar com ele, já que estava mais determinada do que nunca a terminar esse casamento nominal. Ela temia que seu pai a obrigasse a ficar com o Zed, o que permitiria ao pai dela manipulou usando-a repetidamente como isca. Se fosse esse caso, ela estaria perdida!

Então, antes de falar, ela assentiu: "Sim, ele está me esperando no Escritório de Assuntos Civis, então se apresse, por favor. Receio que, se ele ficar chateado, possa cancelar esse contrato."

"Vou procurar", depois de ouvir, o pai levantou-se e correu para o quarto.

Jana estava secretamente aliviada. Depois de obter o Livreto de Registro de Residência, chamou um táxi para ir ao Gabinete de Assuntos Civis. Quando o táxi se afastou da sua casa, ela mandou uma mensagem para o Zed.

"Nos encontramos no escritório."

A tarde inteira passou, mas ele nunca apareceu. Ela estava esperando nos degraus do escritório com o livreto apertado nas mãos. A manhã começou tão bem! Seu pai já tinha o contrato que ele tanto amava e ela tinha o Prospecto no seu poder. Agora tudo que ela precisava era que Zed aparecesse e a libertasse daquela farsa do casamento, mas ele não apareceu e seu celular tocou ocupado todas as vezes que ela tentava ligar para ele. Quando o sol da tarde já se pôs e todos os oficiais saíram, ele finalmente se resignou a aceitar que não se divorciaria.

Furiosa, ela voltou para casa para enfrentá-lo, mas quando ela entrou, a vergonha e a culpa a dominaram. Onde quer que olhasse, via os traços das ações do Zed na noite anterior. Ela não conseguiu escapar das suas memórias, pois os viu no sofá, no tapete, no banheiro e no quarto...

Jana sentou-se no sofá para esperar por ele. Seu humor era sombrio. Agora que ela conseguiu o contrato, não havia mais necessidade de continuar essa farsa. Ela não conseguia imaginar ter que ver o rosto do Zed todos os dias. Zed, bem, mais cedo ou mais tarde a deixaria louca. Ela teve que se divorciar dele!

Ela esperou até à meia-noite, mas Zed ainda não apareceu. Sua raiva diminuiu gradualmente e seus olhos cansados não puderam permanecer abertos.

Depois de algum tempo, um carro parou na garagem. Depois de estacionar, Zed olhou para o volante. Inúmeros pensamentos passaram pela sua mente. Depois de algum tempo, ele finalmente suspirou e abriu a porta do carro. Alguns minutos depois, ele entrou na casa e caminhou até ao sofá, onde viu a mulher amontoada ali como um gatinho.

"Zed, por que você não apareceu no Escritório hoje?" Jana perguntou bocejando. Ao ouvi-lo entrar na casa, ela acordou, mas estava tão cansada que seus olhos se recusaram a ficar abertos.

"Eu estava ocupado." O homem era tão reservado que suas respostas foram curtas e concisas.

"Bem, você vai estar livre amanhã? Temos que resolver a questão do divórcio ", disse ela, esfregando os olhos para afugentar o sonho. Mas seu olhar caiu sobre a rocha grande, silenciosa e intransitável à sua frente.

Ele não respondeu. Em vez disso, ele se abaixou e a pegou nos braços antes de ir para o quarto, onde a colocou gentilmente na cama e a cobriu com um cobertor macio. A cama e o cobertor eram tão reconfortantes que Jana fechou os olhos e adormeceu instantaneamente.

Quando Zed notou o Livereto de Registro de Residência nas suas mãos, ele franziu a testa antes de tirá-lo e colocá-lo no seu cofre.

No dia seguinte, quando Jana acordou, ela entrou em pânico, pois o paradeiro do livreto era a única coisa em que ela conseguia pensar. 'Onde o guardei?' Ela podia jurar que o livreto estava com si própria quando Zed a levou para o quarto. Ansiosamente, ela procurou pelo livreto em toda a vila, mas não conseguiu encontrá-lo. Como sempre, Zed já tinha ido trabalhar e Jana não podia perguntar nada. Ela estava louca pela preocupação.

'Espera, tenho que pensar com cuidado. Onde coloquei na noite passada?' Ela se forçou a rever as etapas da noite anterior. Seu rosto empalideceu quando ela percebeu que não se lembrava donde havia colocado o livreto. E agora como ela iria se divorciar sem o livreto?

Além disso, se o pai descobrisse que o havia perdido, ele ficaria furioso.

De repente, ela notou a câmera de vigilância no canto mais distante do quarto. Jana tinha provocado Zed por ser paranóico quando descobriu que ele instalara câmeras em todos os quartos, mas agora seu coração se encheu da esperança.

Ela ligou o computador pessoal do Zed com a intenção de revisar o vídeo de vigilância da noite anterior, mas ficou desapontada ao descobrir que o computador estava protegido pela senha.

Sem outra alternativa, ela não teve nenhuma escolha a não ser ligar para ele.

"Zed, qual é a senha do seu computador?".

"Para que você precisa?".

"Não consigo encontrar o livreto de registro de residência. Eu preciso assistir aos vídeos de vigilância para ver onde coloquei na noite passada. "

"Não me lembro da senha."

"O que? Você não se lembra dela! Como você pode não se lembrar da senha do seu próprio computador? Está brincando comigo! Espera, Você escondeu meu livreto de registro de residência?! ". Jana ficou tão brava que jogou várias perguntas para ele sem dar tempo para responder a nenhuma.

"E daí se eu fiz?" A voz dele era calma e indiferente.

Jana não podia acreditar: "O quê? Por que você escondeu meu livreto? Você não quer se divorciar? ".

Ela não conseguia entender por que ele escondeu aquele livreto.

"Não"