Capítulo 2 Vingança

três metros de profundidade que fiz meus

homens cavarem ontem à noite e colocar cinco cobras. Nenhuma delas

venenosa. Eu os queria capturados e com medo, não mortos. -Diga a eles

para levar ele de volta a cabana. - Então volto para o homem. -Nós

vamos encerrar isso.

Diaz me entrega um alicate Lineman e uma lâmina de barbear. -Nite,

você pode fazer as honras. - Passo a lâmina de barbear para ele. Ele olha

para baixo, seus olhos vidrados de excitação. E vejo a veia em seu pescoço

latejar com antecipação.

Vingança é doce. E sangrenta.

Caminhando até Bernard, agarro seus braços e o puxo para mim. Ele

grita quando a corrente da armadilha do urso se estica, esticando seu

corpo. Caindo de joelhos entre sua cabeça, ordeno: -Abra sua boca.

Ele a fecha, olhos castanhos me encarando. Eles prometem retribuição.

Ele sabe que suas horas estão contadas, mas também sabe que seus homens

vão retaliar. É só uma questão de quando, então vou fazer valer a pena.

-Nite, - chamo.

Ele pisa na perna presa de Bernard e o homem grita em agonia.

Aproveito a oportunidade para alcançar sua boca e agarrar sua língua com

o alicate. Ele murmura algumas palavras bem escolhidas e tenta balançar a

cabeça. Sua língua instantaneamente começa a sangrar quando aperto,

garantindo o aperto. Seus braços se agitam, tentando me empurrar, mas ele

não tem sucesso.

Olho para Nite quando ele se abaixa ao meu lado. E sem pensar duas

vezes, ele pega a lâmina de barbear e afunda através da língua de Bernard,

cortando ela.

Me levanto, o alicate ainda na minha mão e sua língua pendurada na

ponta. Bernard se debate no chão enquanto o sangue jorra de sua boca.

Seguem sons de gorgolejo e vômito.

Entrego o alicate para Nite, e ele o encara como se fosse seu

primogênito. O bem mais valioso que ele já possuirá.

-Nós poderíamos fazer ele engolir, - ofereço.

Nite balança a cabeça e entrega a Diaz para segurar.

-Boa ideia. Guarde ela como uma lembrança. - Pego a faca do chão.

-Você teve sua chance de liberdade. Você deveria ter pego. - Coloco ela

de volta na minha bota. Bernard está deitado lá. Ele está virado para onde

está com as mãos, a boca escancarada enquanto o sangue continua a

escorrer pelo queixo e cobrir sua camisa junto com o chão. Seu corpo treme,

sua perna puxando a armadilha de urso e fazendo a corrente tilintar. A

pele dele está tão dilacerada que dá para ver o tendão e os músculos. -

Diaz? - Estalo meus dedos e ele me entrega o baú de gelo.

Me curvo, abrindo o pequeno refrigerador vermelho. A maior parte do

gelo derreteu, deixando ele cheio de água e uma toalha branca. Me certifico

de mergulhar na água gelada e me dirijo a Bernard. Chuto seu ombro,

empurrando ele de costas e montando em seu peito. Ele luta comigo, mas,

novamente, ele não tem sucesso quando enfio a toalha em sua boca

ensanguentada.

-Precisamos aplicar pressão, - digo a ele enquanto ele tenta respirar.

O sangue jorra pelos cantos de sua boca enquanto ele tosse e engasga com a

água. Seu corpo convulsiona enquanto tenta respirar. -Para fazer o

sangramento parar.

Suas mãos batem em meu corpo sem rumo. Me levanto e me afasto dele.

Suas mãos trêmulas puxam a toalha e jogam no chão antes que ele agarre

seu peito e pescoço coberto de sangue.

Bufo, observando sua bunda triste balançar como um peixe fora da

água. Me viro, dando-lhe minhas costas, porque cansei de brincar com ele.

Fico entediado facilmente. -Meninos, vamos?

Nós saímos, deixando o homem atrás de nós com a perna na armadilha

e sangrando pela boca. Um animal sentirá o cheiro de sangue e ele será

comido vivo ou acabará morrendo de perda de sangue ou desidratação. De

qualquer maneira, será doloroso.

Nite me dá um tapa nas costas.

-Você está bem? - Pergunto, dando a ele um rápido olhar.

Esta semana foi difícil para ele e odeio isso. Sempre o admirei como um

irmão mais velho. E ele é a razão de estarmos a quinhentos quilômetros de

casa, para começar.

Ele balança a cabeça porque, bem, isso é tudo o que ele pode fazer.

Aquele desgraçado que acabamos de largar cortou a língua de Nite sete

dias atrás porque ele não desistiu de informações sobre minha família.

Somos os Bianchis, a máfia ítalo-americana que comanda a maior parte

de Las Vegas. Todos nós temos recompensas por nossas cabeças e sempre

somos um alvo. Se você não derrotar seus inimigos, eles irão te derrotar

primeiro.

O Máfia é o clube masculino mais exclusivo do mundo e, assim que

você entrar, estará comprometido para o resto da vida. Nite e eu usamos o

anel na mão direita. É ouro e grande. Pesado. A coisa é cafona, mas

representa poder. Nite é o único Bianchi que usa o anel que não nasceu na

família. Meus pais o adotaram logo depois que meu pai o encontrou,

tornando ele Oliver Nite Bianchi para o resto da vida. Então, como eu, a

morte é sua única saída.

Não tive uma escolha. Vinte e dois anos atrás, nasci nisso e tenho

provado meu valor e lealdade a meu pai e seus homens desde então. Essa

viagem não será diferente. Fiz essa viagem para mostrar minha lealdade a

Nite, como ele demonstrou a mim e à minha família. Cabeças vão rolar.

Literalmente. E será pelas minhas mãos manchadas de sangue.

Haven

Caminho pelo corredor, meus livros em uma mão e meu celular na

outra. Luca não me envia uma mensagem há dias. Odeio quando ele faz

isso, sai da grade e ele tem feito isso cada vez mais ultimamente. E não

quero dizer apenas comigo. Ele evitou suas aulas também. É o pai dele. Eu

sei isso. Sua família é... diferente. Eles são as figuras sombrias que se

escondem nos becos, apenas esperando você passar. Se você tem algo que

eles querem, eles pegam, sem fazer perguntas. Ele está tratando seu último

ano de faculdade da mesma forma que qualquer outra coisa, como um

inconveniente. E todos os funcionários e professores fecham os olhos. Eles

não se importam. Eles são pagos para ensinar nossas bundas ingratas e

mimadas. Por que eles deveriam se importar com quem aparece e quem

não vem?

-Ei, vocês meninas querem me ajudar com algo esta noite? - Jasmine

pergunta. Pulando ao meu lado, ela passa a mão ao longo da parede azul

escura onde Wildcats está pintado de branco. Ela está de bom humor hoje

por causa de uma garota que foi largada na noite passada via mensagem de

texto.

-Não, obrigada. - Emilee ri do meu outro lado. -Não estou com

vontade de passar a noite na prisão. Tenho planos para este fim de semana

com meus pais.

Jasmine revira os olhos. -É inofensivo.

-Eu vou ajudar, - digo. Não é como se tivesse algo mais para fazer.

Eu normalmente passaria minha noite com Luca, mas é óbvio que estarei

disponível esta noite. E as próximas duas noites até que ele decida pegar

seu maldito telefone e me enviar uma mensagem.

            
            

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