Capítulo 3 Desejos

-Veja... - Ela joga o braço sobre meus ombros e olha para Emilee. -

Essa era a resposta correta quando uma amiga lhe faz uma pergunta

dessas. Nós deveríamos correr ou morrer vadias. Eu cuido das suas costas

e você das minhas.

Emilee bufa. -Da última vez que cuidei de você, acabamos todas na

parte de trás de uma viatura.

Jasmine se afasta de mim. -Eu falei que não seriámos presas. - Ela

acena para ela.

-Não, seu pai fez isso porque ele é amigo do prefeito, - retruca

Emilee.

-Você tem que admitir que essas algemas te excitaram. - Jasmine

mexe suas sobrancelhas escuras.

-Você tem grandes problemas. - Emilee suspira.

Verifico meu telefone novamente. Nada ainda. Agarro ele com mais

força, meu aborrecimento crescendo a cada segundo que passa. Por que ele

não respondeu às minhas mensagens? Não leva mais de um segundo para

enviar a porra de uma mensagem. Preciso de algo para tirar minha mente

disso.

-O que você tem planejado? - Coloco a conversa com Jasmine de

volta a atenção. Emilee está certa, ela tem problemas e não temos tempo

para analisar eles.

-Vou cortar os pneus de Trenton, - ela responde, enrolando o cabelo

loiro oxigenado em torno do dedo indicador. -Talvez arrebentar algumas

janelas. Depende de quanto eu beber antes de irmos.

Bufo. -Por que perder seu tempo? Você sabe que ele vai consertar tudo

o que você fizer com seu precioso carro amanhã.

Ela levanta o dedo indicador. -Duvidoso. O menino bonito não tem

emprego e já está encrencado com o pai por ter sido expulso do time de

futebol. - Ela pressiona o polegar contra o nariz e funga. -Por eles terem

encontrado aquele estoque de coca no armário dele.

-E quem alertou o treinador sobre seu estoque? - Emilee pergunta,

levantando uma sobrancelha.

Jasmine dá a ela um sorriso inocente, exibindo seus dentes brancos

perolados. -Era anônimo.

-Claro que foi. - Ela bufa.

-Estou dentro. - O bastardo merece passar alguns dias preso em casa

pelo modo como tratou ela. Sujo. Estou com vontade de distribuir um

pouco de carma e, uma vez que não posso dar ao menino que merece,

Trenton é uma boa segunda escolha. Ambas olhamos para Emilee.

Ela suspira, cedendo. -Sim, sim.

-Excelente. - Jasmine começa a andar para trás, mas quando ela passa

pelo banheiro masculino, a porta se abre, jogando ela para frente.

Cross, um membro dos Dark Kings, sai andando com as mãos enfiadas

nos bolsos da calça jeans rasgada. Ele usa um boné preto voltado para trás

e um agasalho dos Wildcats. Todos os jogadores do time de beisebol

Wildcats têm um.

-Com licença, - Jasmine chama.

Ele nos ignora e continua a andar pelo corredor em direção à porta dos

fundos que leva aos campos de beisebol. O treino começa em trinta

minutos. Seu rosto esculpido era uma máscara mista de aborrecimento e

raiva.

-Filho da puta, - ela grita, mostrando o dedo para suas costas.

Emilee suspira. -Você está apenas tentando se meter em encrenca hoje?

-O que? Aquele idiota me bateu com a porta. - Ela esfrega sua bunda.

-Ele é um membro dos Dark Kings, - sussurra Emilee, seus olhos

percorrendo o corredor agora vazio.

Jasmine zomba. -Eu não me curvo a ninguém. E só porque você chupa

o pau de um King não significa que tenho que beijar a bunda dele.

Balanço minha cabeça. -Podemos voltar aos trilhos...

-Eu tenho que ir, - Jasmine me interrompe. -Mas sim, vou te buscar

um pouco depois das dez. Esteja pronta e vista tudo preto. Não quero ser

vista. E não se preocupe com os suprimentos. Eu cuido disso. - Em

seguida, ela caminha pelo corredor e sai pelas portas duplas, indo para

casa passar o dia.

-Por que estamos perdendo nosso tempo? Você sabe que ela estará de

volta com ele amanhã, quando ele ligar para xingar ela pelo que faremos

esta noite. - Emilee suspira.

-Tem algo melhor para fazer? - Pergunto.

Ela vai responder, mas um telefone toca.

Meu coração dispara quando olho para a minha mão, esperando que

seja Luca.

-Urgh. - Ela bate o pé quando percebe que é dela.

Meus dentes rangem. Por que faço isso? Por que permito que ele me

deixe assim? Por que me importo tanto quando está muito claro que ele

não se importa?

Ping. Ping.

-Quem diabos está explodindo seu telefone? - Pergunto frustrada. -

Sua mãe?

Seus pais são muito rígidos. Eles não sabem o quão selvagem é sua

garotinha. Ela sempre fingiu ser a inocente em nosso círculo fechado.

Mesmo agora, no segundo ano da faculdade, ela espera até que eles vão

para a cama e então foge para todas as festas. Não sei como ela ainda não

foi pega. Até minha mãe esteve mentindo para acobertar ela antes. Jasmine

também. Eventualmente, a mãe dela vai perceber e proibir ela de sair com a

gente.

Ping. Ping.

Paramos e ela enfia os livros no meu peito. Soltei uma lufada de ar,

tentando não deixar eles caírem junto com os meus.

-Quem diabos sabe. - Ela rosna, largando a mochila no chão e tirando

o telefone do bolso lateral.

Ping.

-É Bones. - Ela suspira enquanto seus olhos azuis percorrem a tela.

-Claro que é. - Reviro o meu. Ela pode fazer esse filho da puta

mandar uma mensagem para ela, mas eu não consigo que o cara que eu

amo me reconheça.

Ela joga a mochila no ombro e digita. -Ele quer que eu vá encontra-lo

antes do início do treino de beisebol.

-Para uma rapidinha? - Questiono. -E, você tem que parar de pular

nele. Você está à sua disposição a cada minuto do dia. - Nunca vi uma

garota chicoteada com pau. É realmente patético. E a verdade é que ela

nem ama o cara. Ela é simplesmente obcecada por seu pau. E ele com sua

boceta.

Seus olhos azuis me encaram com um desafio, e endureço, sabendo o

que está por vir. -Você quer ser a panela ou a chaleira?

Suas palavras me fazem odiar Luca Bianchi ainda mais. Maldito seja. -

É diferente.

-Me explique. - Ela arqueia uma sobrancelha perfeitamente escura

enquanto empurra o quadril para fora.

Eu não posso.

A única diferença é que amo o cara que me usa.

Suspirando, ela acrescenta: -Sinto muito, eu...

-Está bem. - Aceno para ela. Não é culpa dela que eu esteja irritada.

Ou que Luca se esqueceu de mim.

Ela morde o lábio inferior pintado de rosa. Seus olhos azuis caem de

volta para olhar para seu telefone, e a vejo lutando na batalha de dizer a ele

para ir para o inferno ou encontrá-lo para foder com seus miolos.

-O pau dele não pode ser tão bom, - argumento.

Ela arranca os livros dos meus braços. -Ele está passando por muita

coisa agora.

Bones é... por falta de uma palavra melhor, um idiota do caralho! Todo

mundo conhece ele e seus três amigos como os Dark Kings, e todos eles são

merdas arrogantes. Titan, Cross e Bones estão todos no último ano com

Luca. Grave, o irmão mais novo de Bones, é um júnior. Os Kings são como

Luca, assumirão o lugar de seus pais e governarão o mundo. Emiliee,

Jasmine e eu escolhemos ficar porque não queríamos nos deixar para trás.

Sabíamos que esse dia chegaria eventualmente, mas estamos tentando

adiar o máximo que podemos.

-E sua boceta é a terapeuta dele? - Pergunto.

Ping.

-Eu tenho que ir. - Ela corre pelo corredor, decidida. O ping

desaparece quando ela me deixa para ir encontrá-lo no vestiário masculino

para chupar seu pau.

            
            

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