Capítulo 7 Marcos

MARCOS

Bianca tinha estado de plantão na noite passada, mas isso não me impediu de ir direto ao seu trabalho perguntar o que Emily estava fazendo de volta a cidade.

Eu estava cheio de esperança que ela tivesse voltado de vez, para ficar. Parte minha imaginava que talvez ela estivesse sofrendo pelo um término recente, mas ao mesmo tempo eu ficava feliz porque aí ela estaria livre para ser reconquistada.

Sempre detestei ver qualquer cara tocando-a, mesmo antes que começassemos a ficar, algo dentro de mim sempre gritou que ela deveria ser protegida, guardada. Emily era pura, inocente e doce, deveria se manter assim, mas eu não resisti.

Depois do dia que senti seus lábios eu soube que não poderia voltar atrás e deixar que outros seguissem beijando minha garota, que assim como qualquer outra tinha desejos, mesmo que estivesse começando a descobri-los, e que iria encontrar em qualquer outro garoto ou homem que ela quisesse.

Mas eu jamais deixaria outro tocá-la, ela era minha e de ninguém mais.

- Posso saber porque está aqui a essa hora da noite? - Bianca tinha se tornado enfermeira há pouco tempo e já era totalmente dedicada ao seu trabalho.

- Te esperei em casa, até que Joshua me lembrou do plantão. - o olhar impaciente dela me fez ir direto ao ponto. - Emily está aqui, ela voltou Bianca.

- Emily? A sua Emy? - acenei concordando. - Não pode ser, nós falamos esses dias ela não falou nada que viria.

- Pois eu a vi, no supermercado hoje mais cedo. - ela abriu a boca para falar, mas eu interrompi no mesmo instante. - E antes que você diga que estou alucinando saiba que Bruno e Pedro estavam lá comigo, quando falaram o nome ela se virou na hora e eu soube.

- Ela não me falou nada, porque viria pra cá e não me contaria? - essa era uma pergunta que eu também queria saber.

- Você é a única que ela vai conversar e eu preciso saber se ela veio para ficar.

Bianca semicerrou os olhos em minha direção, eu sabia bem que ela não queria se meter na minha história com a amiga, ela disse desde o começo que não queria perder a amiga ou odiar o irmão.

Emily não tinha contado a ela sobre o dia que ela foi embora, não contou a minha irmã as coisas ruins que eu disse a ela. Então eu não seria o único a dizer, elas tinham um acordo e eu respeitei isso.

- Só vou conseguir falar com ela amanhã de manhã, quando sair do plantão. Mas não se preocupe, vamos conversar e tenho certeza que ela vai me contar o que está acontecendo.

ANOS ATRÁS

Dormir com aquele corpo macio sobre o meu era minha nova coisa favorita. Eu não era cara de ficar agarradinho depois de uma transa, e ali estava eu, nem tinha transado com Emy, mas ela estava enrolada em meus braços, com o rosto apoiado em meu peito.

Nós nos beijamos por horas ontem, ainda conseguia ver o resultado em seus lábios delicados, que agora estavam levemente inchados.

Ficamos ali naquele sofá por um bom tempo, e merda acabamos adormecendo, meu pau estava dolorido em busca de alívio, mas eu não ia fazer isso com ela.

Eu só estava ali para evitar que ela se agarrasse com outro. Foi a minha desculpa esfarrapada.

Dormimos abraçados e foi a melhor sensação, aquele corpo quente e macio, pequeno, tão delicado sobre o meu.

Ela se mexeu e eu consegui observar melhor seu rosto na claridade do sono, ela ficava ainda mais linda de manhã, com os cabelos castanhos bagunçados, os olhos da mesma cor inchadinhos e aquele sorriso sacana no rosto.

- Bom dia, Emy. - movi minha mão começando a afastar a franja do rosto dela, até que conseguisse ver seus olhos limpos.

Eu não deveria tê-la beijado ontem, tinha sido a coisa mais errada que eu já tinha feito. Emy estava no ensino médio ainda, eu já tinha vinte e um, fora que éramos completo oposto.

Mas bastava me lembrar de John, tentando erguer seu vestido enquanto ela lutava contra seu aperto, para que eu me firme na ideia de ser o primeiro.

- Bom dia. - ela respondeu baixinho, e acomodou melhor a cabeça em meu peito, dando pequenos beijinhos onde seu coração batia.

Meu coração estava disparado, batendo descompassado de mais para quem tinha acabado de acordar, e ela com certeza não fazia ideia do porque estava tão agitado assim.

Emy desceu beijos por meu peitoral, abdômen, seguindo cada músculo e eu fiquei de queixo caído. Não demorou para que meu amiguinho desce o ar graça, endurecendo e se apertando contra seu ventre.

Ela engoliu em seco enquanto erguia o olhar para me encarar, os olhos brilhando com alegria, mas eu podia ver a vergonha e timidez ali também.

Emy tinha ficado assim também na noite passada quando sentiu meu membro duro contra sua barriga. O rosto dela tomou uma tonalidade vermelha, corando desde as bochechas até os cabelos.

Era engraçado descobrir que a mesma garota que me desafiou para ficar na festa, que me disse não ser uma boa menina, estava ali corando por ter feito meu pau ganhar vida.

- Vamos com calma, ok? - murmurei tentando acalmá-la, quando vi que ela estava paralisada sem saber o que fazer.

- Desculpa. - segurei seu rosto dos dois lados, mantendo-a focada em mim.

- Não por isso, não tem pelo que se desculpar. Vêm aqui, vêm - falei segurando sua cintura e girei nossos corpos, mudando de posição. - Eu quero beijar você um pouco mais.

Prendi meus dentes no meu lábio inferior, puxando a carne macia e ouvi o gemido baixo dela escapar.

Porra eu não queria só um pouco mais, eu queria muito, queria beijar aquela boca para o resto da minha vida.