Era a noite do meu 18 aniversário quando minha avó abriu o velho baú que pertencia a minha mãe e Me presenteou com um lindo vestido de seda vermelha,era uma peça muito fina e ainda conservada em bom estado, amei-o ainda mas por saber que pertenceu a minha mãe. - Seu pai deu a sua mãe de presente!não e lindo?- minha avó falou com a voz embargada pela emoção das lembranças,por mas que eu insistisse em saber quem era meu pai nunca recebi uma resposta concreta da parte de minha avó,a única coisa que ela sempre me dizia era:.
-Seu pai...um bom homem,apesar das adversidades da vida amou muito a sua mãe.
-- porque não o conheci?
- O destino e quem da as cartas,sua mãe quis que fosse assim.você o conhecera quando chegar a hora,não fique aflita,somente o que posso dizer e que ele era um nobre,o restante o tempo se encarregara.
Essa velha explicação não foi o suficiente,mas uma novidade havia.eu era filha de um nobre,mas a pergunta que nunca saiu da minha cabeça era:o que aconteceu com ele e com minha mae?o vestido que ganhei estava com alguns dos botões perdidos e resolvi ir caminhando ate a loja do outro lado da cidade compra-los com meus ultimos centavos antes do anoitecer,ponho o vestido uma velha sacola de pano e saio de casa,para quem já esta acostumado a andar a longas distâncias não e dificil ir a pe,o sol ainda está iluminando o céu quando saio mas já posso sentir o frio da noite em minha pele.
Quando chego a distante loja de botões as portas ainda estão abertas,apresso o passo e entro,mostro ao atendente o tipo de botão que preciso,e pequeno e dourado em formato de rosa,o homem avalia e diz que esse tipo de botão e de ouro e parece ter sido encomendado exlusivamente pos nunca viu botões como aqueles,ele despõe de uma seleção de botões mas baratos mas que nenhum se compara aos que restaram no lindo vestido.passo um bom tempo escolhendo-os e tentando encontrar pelo menos um que seja parecido,que não vejo o sol se por lá fora,acabo por escolher um pequeno em formato de flor que apesar de baratos só consigo comprar dois,o suficiente para o concerto.
Saio da loja e vejo que esta começando a chover,saio correndo em meio a fina chuva meus pulmões estão queimando pelo esforço de correr a longa distância sem parar e quando estou atravessando a rua a que me levará a minha humilde casa algo acontece rápido mas,e a ultima coisa que consigo ver vindo em minha direção e uma carruagem vindo em alta velocidade.o impacto,escuridão e mas nada.
Não sei como consigo levantar,tenho arranhões por todo o corpo e sangue escorre lentamente de um corte feio na minha cabeça,alem de uma dor insuportável nas costelas tento andar assim mesmo,não lembro quem sou ou de onde vim e muito menos o que aconteceu.apanho a sacola ensopada e suja que estava perto de mim no chão,e vou me arrastando sem direção a dor insuportáveis no abdômen estam me matando.devo ter quebrado alguma costela,estou com fome e frio,sigo andando em qualquer direção ate que a visto uma imponente mansão a minha frente,sei que não e o melhor lugar para pedir ajuda mas o cheiro da comida boa que vem no ar me leva ate lá,atravesso o jardim em um tempo que parece uma eternidade,a casa parece ter pouco movimento mas esta inclinada isso me leva a crer que certamente existe pessoas lá, escolho a direção reservada aos criados e Bato em uma porta de madeira que parece ser a ala de serviço,Bato uma,duas,três vezes já sem forças para ficar de pé,a porta abre com um rangido quando na minha frente surge uma mulher ruiva e rechonchuda com uma colher de pau na mão,ela me olha com seu olhar gentil e amoroso quando peço a ela ajuda e um pouco de comida.ela me leva para dentro do lugar me sentar em uma cadeira,solto um gemido quando ela toca em minhas costelas quebradas.
- Ho me Deus!você esta muito machucada.- diz ela.
Não tenho mas forças para nada,ate minha fome passou,a última coisa que vejo e um garoto alto e ruivo igual a mulher gentil com a colher na mão,ele me ergue nos braços antes de eu apagar e só restar escuridão.
- E é assim que tudo começa!
Depois dos pensamentos que tive a saudade de minha avó me apertou o peito de uma forma dolorosa,a ultima vez que a vi foi depois de seis meses após o acidente com a carruagem a um ano atraz.quando me recuperei das costelas quebradas e de uma perca de memória,foi procura-la em nossa pequena casa e não encontrei,perguntei a algumas pessoas que a conheciam e a noticia que recebi deixou-me em desespero,a noite do acidente ela tinha saido em meio a chuva a minha procura,apos esse dia ficou resfriada e doente,não mas teve forças para se reerguer,e faleceu a cinco meses depois.
Lágrimas molham meu rosto,as enxugo com as mãos e vou ate meu quartinho no final do corredor reservado aos criados,abro a porta e entro sentando assim em minha pequena cama,o quarto e simples,com paredes nuas,despidas de qualquer decoração com uma pequena e velha cômoda onde guardo os poucos objetos que possuo,nada de valor material mas de inestimável valor sentimental.uma poída e velha colcha de retalhos que pertencia a minha avó,e o vestido de minha mãe que continua lindo e brilhante como se estivesse novo.coloco o vestido em minha frente olhando em um pequeno espelho e vejo que agora ficaria bem em mim,muito melhor do a a um ano atraz quando eu estava muito magra e desidratada,graças a excelente comida de molly recuperei minhas forças.
- Como gostaria de poder um dia usa-lo!- penso olhando minha imagem.