Capítulo 5 5

Quando os pesquisadores destacam que o risco da emergência de doenças aumenta com a piora das condições ambientais e sociais do país, o que segundo o estudo, os locais de maior risco de surtos são as cidades amazônicas remotas junto a áreas de desmatamento, o que era uma mentira, todos os locais que tivessem acesso populacional.

Devido ao capitalismo, além do turismo que segundo algumas prefeituras e governos tinham seus impostos e ganhos através do turismo, priorizando a economia em detrimento da saúde e do controle das zonas em perigo e dos meios onde havia surtos esporádicos.

Então, quem levava a doença e transitava por aquelas regiões, voltando para o seu ambiente ou lar de origem, também levava para a sua cidade, país, cultura ou região, disseminando a doença para cada um dos quatro cantos do planeta.

Quando não há uma vacina e não sabe com o que está lidando, isso não é bom, não há o que se mostrar, dando tudo errado, quando não há motivos de alarde e pânico em uma população ignorante, então, não quando não se tem uma vacina e nem uma fórmula de combate, há um elo fraco, sempre com muito tempo a perder, mesmo que não haja remédios eficazes contra tantos tipos de doenças, que poderiam simplesmente dizimar toda a uma sociedade.

Com isso, com muitas espécies de animais perdem o habitat devido ao desmatamento e se aproximam de povoações, com isso, é rompido o equilíbrio na dinâmica que mantém vírus e outros patógenos na segurança da floresta.

Mesmo com a caça e com a derrubada da floresta são inimigos letais de seres humanos, o que isso afirma a primeira autora do estudo, Finck Wink, do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC.

Apenas oito dos 27 estados Terra de Vera Cruzeseiros apresentam risco baixo de emergência de doenças infecciosas transmitidas por animais, mostra o estudo, chamado "Socioecological vulnerability and the risk of zoonotic disease emergence in Cruzes" (Vulnerabilidade socioecológica e o risco de emergência de zoonoses no Terra de Vera Cruzes, em tradução livre).

As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste têm os maiores níveis de risco. Sudeste, risco médio, em que o Sul, baixo, com o estudo revelou que plantar árvores e aumentar a cobertura vegetal de áreas urbanas reduz o risco de zoonoses.

Porém com as propinas, além de vidas que poderiam estar em risco em que sem negociações, com o fato de que havia crimes e a ilegalidade, todos os dias, se matavam uma espécie, roubavam o seu habitat

Sendo que essa é a primeira vez que se usa modelos estatísticos sólidos para analisar o risco de emergência de zoonoses, em que a partir de um modelo de avaliação que identifica diferentes interações entre os elementos que investigamos.

Quando observamos os processos que moldam o surgimento de zoonoses em cada estado Terra de Vera Cruzeseiro, em que fica evidente que desmatamento e caça são graves problemas para a saúde pública.

Mesmo que fosse com uma parede, então, conservar a floresta é proteger a saúde. Ninguém está imune ao que acontece na Amazônia", afirma Wink.

Tudo isso, para fazer o estudo, os cientistas analisaram fatores como vulnerabilidade, exposição e capacidade de enfrentamento de doenças, em que elas foram consideradas variáveis como espécies de mamíferos silvestres, perda de vegetação natural, mudanças nos padrões de uso da terra, bem-estar social, conectividade geográfica de cidades e aspectos econômicos.

Também autora do estudo, Cecília Andreazzi, do mesmo laboratório do IOC, observa que a Mata Atlântica, onde vivem cerca de 75% dos Terra de Vera Cruzeseiros, também tem imensa biodiversidade, em que não à toa já foram identificados no bioma vírus como o Sabiá, causador de febre hemorrágica letal.

Porém com a Amazônia está em maior risco porque é hoje vítima da maior pressão, sob intenso ataque de desmatamento, garimpo, caça e outras agressões ambientais.

Sendo que a Amazônia passa por intensa transformação, com abertura de novas frentes de desmatamento, agravamento da caça e garimpo. Tudo isso impacta na emergência e dispersão de patógenos", enfatiza Andreazzi.

Sem perder o detalhe que o desmatamento da Amazônia, e o crônico mal das queimadas ajudou nisso, nesse sonho que esse pesadelo se tornou.

Com a carne de caça é um meio crítico para o "transbordamento" de patógenos de animais e causadores de doenças em seres humanos, o comercio de animais exóticos em que os cientistas descobriram 63 mamíferos que interagem com 173 patógenos que podem causar, pelo menos, 76 diferentes doenças, quando todos estão associados à caça no Terra de Vera Cruzes.

Mesmo com as análises computacionais indicaram que as espécies mais caçadas no Terra de Vera Cruzes, como paca, gambá, tatu e capivara, estão associadas a patógenos que potencialmente causariam danos graves à saúde pública.

Quando os caçadores funcionam como elos entre microrganismos da floresta e os centros urbanos, mostram cientistas, em que eles podem carregar patógenos de doenças que, se não fosse isso, continuariam longe do ser humano, sob a guarda da floresta.

Sendo que as cientistas explicam que a infecção de caçadores ocorre de várias formas, chegando na floresta, o caçador é exposto a picadas de mosquitos, carrapatos e outros vetores, em que também pode se infectar por meio de cortes e até pequenos arranhões.

Com outra forma de contágio é o preparo e o consumo da carne de caça, mesmo que os cães de caçadores também podem ser contaminados e levar patógenos para fora da mata.

Em seus estudos quando encontraram as 76 doenças conhecidas, mas a Amazônia é imensa e apenas uma pequena parcela de sua biodiversidade foi estudada e muitos casos de doença não são notificados", frisa Finck

Andreazzi acrescenta que de encefalite sem diagnóstico fechado, por exemplo, ficam invisíveis ao sistema de notificação. O mesmo acontece com febre hemorrágicas.

Então, não existe rastreamento para febres hemorrágicas ou ação conjunta entre órgãos ambientais e de saúde.

Enquanto isso.

Com o desmatamento e a caça libertam patógenos que sequer conhecemos", destaca Andreazzi.

Além do IOC, participaram do estudo cientistas de outras unidades da Fiocruz, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Estadual do Ceará (UECE), da Faculdade Maurício de Nassau (Sergipe), da União Internacional para a Conservação da Natureza e das universidades portuguesas de Coimbra e de Aveiro, isso se tornou uma nova pandemia que destruiu e despedaçou todos os esforços em que eles tentaram conter uma doença, que dessa vez, matou milhões senão bilhões de pessoas em todo o planeta.

Então, essa realidade, teve o seu fim, quando tudo desmoronou, seu mundo ruiu, quando os seres humanos chegaram a sua extinção.

                         

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