Capítulo 3 Marcos

Tento me

concentrar em minha missão ali. Vou entrando e um rapaz se aproxima.

- Bom dia!

Posso ajudá-lo? Me chamo Yago, sou um dos técnicos agrícola, vendedores da

loja, a seu dispor. Você deve ser novo na cidade. - ele me cumprimenta se

apresentando e constatando que sou novo por aqui.

- Bom dia!

Sou Marcos Bonnattel, acabo de me mudar para cidade. Sou o único filho do

Maycon Bonnattel e herdei tudo o que era dele.

- Muito

prazer! Meus sentimentos! Seu pai era muito querido na cidade, todos sentimos

sua morte.

- Obrigado!

Me disseram que ele adquiria os insumos e fomentos da Fazenda nesta loja,

então resolvi vir reabastecer a Fazenda Bonnattel onde ele já o fazia.

- Estou aqui

para atendê - lo! O que precisa? Já tem experiência nesta área?

- Ah sim, sou

Agrônomo, trabalho na área a 5 anos.

- Que bom!

Vamos lá então!- ele fala, seguindo para um balcão e se posicionando em frente

ao computador. Estou sem cabeça, então entrego a ele a lista do que preciso e

passo o olho pela loja em busca da garota. Não a vejo por um tempo, até que a

vejo sair de uma porta e seguir para o fim da loja e entrar em outra porta.

Preciso me aproximar e descobrir seu nome. E logo tenho uma idéia; vejo o que

tem no corredor que ela seguiu e digo:

- Yago vocês

tem mangueira de irrigação? Preciso trocar uma parte da irrigação do pomar.

- Temos sim,

vou lhe mostrar as opções que temos- diz seguindo pelo mesmo corredor que a

garota seguiu. Paramos próximo a porta que ela entrou e tento ganhar tempo

fazendo perguntas sobre cada detalhe das mangueiras até que ouço a porta abrir

e me posiciono estratégicamente para que ela me veja e não tenha como passar

sem falar conosco. E para minha sorte Yago é rápido.

- Oi Aline!

Não vi que estava ai- hum, o nome já sei.

- Oi Yago!

Vim tomar um café- ela me olha sem jeito.

- Aline esse

é Marcos Bonnattel, acaba de se mudar para a cidade e veio abastecer a

Fazenda Bonnattel- ele me apresenta e ela me olha com uma expressão de piedade

- Oh! Você é

o filho do Maycon? Meus sentimentos por sua perda, todos gostávamos muito do

seu pai- Yago a apresenta e ela fala me impedindo de falar.

- Marcos

está é Aline Monisse, nossa administradora

- Muito

prazer Aline e obrigado, é bom saber que meu pai era querido, espero conquistar

isso também- falo a olhando.

- Seja bem

vindo e mais uma vez me desculpe pelo incidente de mais cedo.

- Foi só um

acidente e quem se machucou foi você. Como estão suas mãos? - justifico para

evitar que Yago nos julgue.

- Só uns

arranhões, logo estarão bem. O Yago está lhe ajudando? É um dos nossos

melhores.

- Já deu

para perceber, ele é muito bom no que faz.

- É sim.

Fique a vontade, preciso voltar ao trabalho, fim do mês é bem difícil por aqui.

- Obrigado e

bom trabalho Aline- ela sai em direção a sua sala e eu fico feito bobo olhando

por onde ela foi, quase babando com seu rebolado e Yago parece perceber.

- Ela é

linda, não é?

- Realmente!

É casada?

- Aline?

Não! E até onde sei nem namorado.

- Uma mulher

tão linda e simpática, sozinha?

- Aline

passou por uma grande decepção a algum tempo e se fechou para relacionamentos.

- Sei bem

como é, estou na mesma situação. A bastante tempo só me divirto, raramente saio

com a mesma mulher.

- Então nem

se aproxime dela, porque Aline já sofreu demais e eu sou capaz de tudo para

defendê-la.

- Calma

amigo! Nem me passou pela cabeça curtir com ela, muito pelo contrário; hoje de

manhã, quando eu desci da minha caminhonete e fechava a porta, levei um baque

ao me virar, vejo uma moça desastrada caindo no chão rsrsrs- sorrio ao lembrar

da cena e continuo- a ajudo a levantar-se e quando a vejo sinto algo que nunca

senti por mulher nenhuma.

- Como

assim?- Yago pergunta sem entender.

- Não sei

explicar, mas eu me fechei para as mulheres desde que meus pais se separaram e

nunca senti nada além de tesão por nenhuma outra, mas hoje, senti algo

diferente.

- Bom como

já avisei, pense bem antes de se aproximar, isso, se ela permitir.

- Posso te

pedir uma coisa?

- Claro! Se

estiver ao meu alcance.

- Me conta

mais sobre ela?

- Não sei se

devo.

- Faz assim,

sonda o que ela acha de mim e se você achar que deve, me liga para sairmos e

conversar; só quero entender porque ela mexeu comigo, já que nenhuma

outra mexeu.

- Tudo bem!

- Vamos

terminar isso porque tenho que voltar pra Fazenda .

Demoro mais

um bom tempo na loja e não a vejo mais, Yago é um cara legal e nos demos bem,

acho que fiz um amigo. Termino as compras e tudo é colocado na caminhonete. Já

passa do meio dia e nada dela, decido ir logo e aguardar pela ligação do Yago.

Sigo pela

estrada com Aline na cabeça; o que está havendo comigo? Nunca uma mulher ocupou

meus pensamentos assim, acho que é a falta de diversão. Desde que meu pai

morreu não saio. E não tranzo a dias, preciso foder alguém rápido.

            
            

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