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Tento me
concentrar em minha missão ali. Vou entrando e um rapaz se aproxima.
- Bom dia!
Posso ajudá-lo? Me chamo Yago, sou um dos técnicos agrícola, vendedores da
loja, a seu dispor. Você deve ser novo na cidade. - ele me cumprimenta se
apresentando e constatando que sou novo por aqui.
- Bom dia!
Sou Marcos Bonnattel, acabo de me mudar para cidade. Sou o único filho do
Maycon Bonnattel e herdei tudo o que era dele.
- Muito
prazer! Meus sentimentos! Seu pai era muito querido na cidade, todos sentimos
sua morte.
- Obrigado!
Me disseram que ele adquiria os insumos e fomentos da Fazenda nesta loja,
então resolvi vir reabastecer a Fazenda Bonnattel onde ele já o fazia.
- Estou aqui
para atendê - lo! O que precisa? Já tem experiência nesta área?
- Ah sim, sou
Agrônomo, trabalho na área a 5 anos.
- Que bom!
Vamos lá então!- ele fala, seguindo para um balcão e se posicionando em frente
ao computador. Estou sem cabeça, então entrego a ele a lista do que preciso e
passo o olho pela loja em busca da garota. Não a vejo por um tempo, até que a
vejo sair de uma porta e seguir para o fim da loja e entrar em outra porta.
Preciso me aproximar e descobrir seu nome. E logo tenho uma idéia; vejo o que
tem no corredor que ela seguiu e digo:
- Yago vocês
tem mangueira de irrigação? Preciso trocar uma parte da irrigação do pomar.
- Temos sim,
vou lhe mostrar as opções que temos- diz seguindo pelo mesmo corredor que a
garota seguiu. Paramos próximo a porta que ela entrou e tento ganhar tempo
fazendo perguntas sobre cada detalhe das mangueiras até que ouço a porta abrir
e me posiciono estratégicamente para que ela me veja e não tenha como passar
sem falar conosco. E para minha sorte Yago é rápido.
- Oi Aline!
Não vi que estava ai- hum, o nome já sei.
- Oi Yago!
Vim tomar um café- ela me olha sem jeito.
- Aline esse
é Marcos Bonnattel, acaba de se mudar para a cidade e veio abastecer a
Fazenda Bonnattel- ele me apresenta e ela me olha com uma expressão de piedade
- Oh! Você é
o filho do Maycon? Meus sentimentos por sua perda, todos gostávamos muito do
seu pai- Yago a apresenta e ela fala me impedindo de falar.
- Marcos
está é Aline Monisse, nossa administradora
- Muito
prazer Aline e obrigado, é bom saber que meu pai era querido, espero conquistar
isso também- falo a olhando.
- Seja bem
vindo e mais uma vez me desculpe pelo incidente de mais cedo.
- Foi só um
acidente e quem se machucou foi você. Como estão suas mãos? - justifico para
evitar que Yago nos julgue.
- Só uns
arranhões, logo estarão bem. O Yago está lhe ajudando? É um dos nossos
melhores.
- Já deu
para perceber, ele é muito bom no que faz.
- É sim.
Fique a vontade, preciso voltar ao trabalho, fim do mês é bem difícil por aqui.
- Obrigado e
bom trabalho Aline- ela sai em direção a sua sala e eu fico feito bobo olhando
por onde ela foi, quase babando com seu rebolado e Yago parece perceber.
- Ela é
linda, não é?
- Realmente!
É casada?
- Aline?
Não! E até onde sei nem namorado.
- Uma mulher
tão linda e simpática, sozinha?
- Aline
passou por uma grande decepção a algum tempo e se fechou para relacionamentos.
- Sei bem
como é, estou na mesma situação. A bastante tempo só me divirto, raramente saio
com a mesma mulher.
- Então nem
se aproxime dela, porque Aline já sofreu demais e eu sou capaz de tudo para
defendê-la.
- Calma
amigo! Nem me passou pela cabeça curtir com ela, muito pelo contrário; hoje de
manhã, quando eu desci da minha caminhonete e fechava a porta, levei um baque
ao me virar, vejo uma moça desastrada caindo no chão rsrsrs- sorrio ao lembrar
da cena e continuo- a ajudo a levantar-se e quando a vejo sinto algo que nunca
senti por mulher nenhuma.
- Como
assim?- Yago pergunta sem entender.
- Não sei
explicar, mas eu me fechei para as mulheres desde que meus pais se separaram e
nunca senti nada além de tesão por nenhuma outra, mas hoje, senti algo
diferente.
- Bom como
já avisei, pense bem antes de se aproximar, isso, se ela permitir.
- Posso te
pedir uma coisa?
- Claro! Se
estiver ao meu alcance.
- Me conta
mais sobre ela?
- Não sei se
devo.
- Faz assim,
sonda o que ela acha de mim e se você achar que deve, me liga para sairmos e
conversar; só quero entender porque ela mexeu comigo, já que nenhuma
outra mexeu.
- Tudo bem!
- Vamos
terminar isso porque tenho que voltar pra Fazenda .
Demoro mais
um bom tempo na loja e não a vejo mais, Yago é um cara legal e nos demos bem,
acho que fiz um amigo. Termino as compras e tudo é colocado na caminhonete. Já
passa do meio dia e nada dela, decido ir logo e aguardar pela ligação do Yago.
Sigo pela
estrada com Aline na cabeça; o que está havendo comigo? Nunca uma mulher ocupou
meus pensamentos assim, acho que é a falta de diversão. Desde que meu pai
morreu não saio. E não tranzo a dias, preciso foder alguém rápido.