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Não havia o que fazer....
_A questão dessa vez, não é o dinheiro_ Walter pressionou os lábios nervoso_ Nossos recursos estão acabando, os estoques chegando ao fim....e infelizmente, esse medicamento já se encontra em falta.
_Mas e a reposição?_ Adalind olha aflita para o homem que em breve, seria seu noivo. Walter já conhecia a filha do prefeito Harrington, mas de longe, nunca havia trocado uma palavra sequer com a moça...mas foi em uma noite agitada, quando a moça estava completando seus dezenove anos que um pequeno acidente a fez ir até seu encontro no hospital....e naquele momento, Walter nunca mais esqueceu aqueles lindos olhos verdes, e se apaixonou perdidamente pela filha estabanada do prefeito Harrington!_ Não podemos cuidar da população sem remédios,Walt, o que mais os Brannock irão controlar? O abastecimento de água?
Walter se levantou e segurou as mãos nervosas da namorada.
_Cuidado meu amor_ Seus olhos preocupados encaram o olhar aflito de Adalind_ Já conversamos sobre isso, essas palavras de acusação podem ser perigosas.
_Eu não me importo...._ Adalind se afasta do contato_ Não é justo Walt, fazemos a nossa parte todos os anos, o outro lado da muralha nunca deixou de ser a abastecida por nós...e quando precisamos_ Adalind encara da janela o movimento do lado de fora do prédio_ Vou falar com papai, ele é o prefeito...é a obrigação dele também zelar pelo bem estar de todos.
Walter ficou em silêncio, apenas observando a namorada encarar a janela.
_Sua mãe deve estar feliz...com a aproximação do casamento.
Adalind suspirou.
_Você não faz ideia do quanto_ Ela se afasta da janela_ Azária prometeu que irá pedir para Austin...permitir que mamãe fique por definitivo do outro lado.
Walter riu sem humor algum.
_Evangeline não faz ideia de quem realmente é Austin Brannock...o casamento com sua irmã é por puro benefício.
_Acha que não sei?_ Adalind balança a cabeça em negação_ Meu pai é amado pelo povo...casando com Azária será a única forma de ter meu pai por completo em suas mãos, o fará obedecer suas ordens...afinal, o que um pai não faria para ter sua filha segura não é.
Sempre foi um jogo de controle, e seus pais pareciam não enxergar o óbvio...isso deixava a jovem tão nervosa, sua mãe agia como se o casamento fosse dela, e seu pai...ahhh o pobre homem tinha uma venda nos olhos.
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Do outro lado da muralha...
Violeta se levantou da cama puxando o lençol de seda, cobrindo seus seios e seu corpo nu.
_Vou sentir falta disso_ Ela tocou as costas largas de seu amante _ De estar com você, de poder tocar você.
Austin sorriu, se virou ficando de frente para ela.
_E quem disse que precisa acabar_ Ele a puxou para perto_ Vou me casar Violeta, não vou morrer...pelo menos terei uma esposa bonita, já será um conforto. .
Violeta fecha a cara e tenta se afastar irritada, mas é puxada de volta com brutalidade, fazendo o lençol escorregar até o chão.
_Não vire as costas para mim_ Austin segurou seu queixo com certa força_ Sabe que não gosto amor.
Violeta sorri. Austin aperta seu pescoço e a puxa para um beijo, a jogando em cima da cama em seguida.
_ Podem ter escolhido minha esposa_ Ele diz ofegando enquanto penetra com força fazendo sua amante choramingar_ Mas não controlam quem trago para minha cama.
Enquanto Austin Brannock se saciava com sua amante, no instituto Eva, sua futura esposa era preparada para ser a mulher de um dos maiores líderes do mundo.
_Onde estava_ Foi a primeira coisa que Ada Brannock disse quando o filho finalmente entrou na sala de estar_ Mandei chamar por você faz duas horas.
_O que você quer agora.
Austin anda até o bar e se serve.
_O prefeito Harrington pediu uma audiência...outra vez_ Austin revira os olhos_ Parece que estão em falta de medicamentos.
_É incrível não é....como os pobres ficam doentes com facilidade_ Austin se senta ficando de frente para a mãe_ Faz o que...seis, oito meses desde a última reposição?
_Nove meses_ Ada encara o filho_ Parece que estão usando os próprios recursos para se manterem abastecidos.
_Fazem bem_ Austin vira todo o líquido em um só gole_ Nem tudo podemos manter, estão mau acostumados.
Ada se levantou com tamanho fúria que tomou o copo da mão do filho, e o jogou no chão.
_VOCÊ FICOU LOUCO _ Ela encara o filho_ Dependemos das colheitas deles, se não fazer a sua parte...teremos sérios problemas.
Austin se levanta lentamente, seu olhar foi frio.
_Grite outra vez, e quem terá problemas será você...mamãe!
Ele beija o rosto de Ada e se retira. A mulher sempre soube que Austin seria um criança difícil, desde que começou a andar o garoto causava problemas por onde passava. Com o passar dos anos, Ada acreditou que quando ele se tornasse homem feito, seu temperamento difícil mudaria...infelizmente isso nunca chegou a acontecer.
_Espero que com o casamento você mude_ Ela sussurra para o vazio_ Ou serei obrigada a fazê-lo mudar querido!
Já distante do olhar reprovador da mãe, Austin se jogou na cama de seu quarto, os lençóis estavam com o cheiro de Violeta.
Alguém bate a porta o fazendo fechar os olhos.
_Sou eu_ A voz de seu primo soou do outro lado da porta.
_Entra.
Austin se levantou e tirou a camisa, caminhou até a poltrona perto da sacada e sentou.
_Sua mãe está furiosa_ Joffrey diz rindo ao passar pela porta_ E Violeta está tentando acalma-la um pouco.
Violeta era filha do ministro de Coscóvia, era comum que sempre estivesse a passeio em Boullevard.
_Minha mãe precisa parar de se meter na vida alheia_ Austin encara o jardim_ O que você quer Joffrey?
_Parece que está rolando uma festa bem interessante...
_Não estou interessado em festas Joffrey...
_Nem se for do outro lado da muralha?
Austin encara o primo que sorria de orelha a orelha. Ambos sempre costumavam a atravessar a muralha para irem em festas, Joffrey era quatro anos mais jovem que Austin. Joffrey Brannock tinha vinte e quatro anos, e Austin vinte e oito.
_Agora sim, ficou interessante!
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Adalind se olhou no espelho pela quinta vez. Não era uma festa chique, só uma das muitas baladinhas que alguns de seus amigos costumavam programar.
_Não gosto quando sai de casa a noite querida_ Seu pai disse, ele estava parado a porta_ As ruas costumam ser perigosas...
_Vou ficar bem pai_ Ela sorri andando em sua direção e o beija no rosto_ E então... conseguiu uma reunião com Austin Brannock?
Seu pai suspira.
_Não com ele exatamente...parece que ele estava ocupado_ Adalind cruza os braços frustada_ Mas falei com Ada Brannock, ela me garantiu que em breve ele irá retomar.
_Nós não podemos esperar pai_ Ambos caminham pelo corredor da casa que por anos pertence a família Harrington, Adalind caminha ao lado do pai com seu braço entrelaçado ao dele_ Você precisa ser mais rígido papai, se ele se recusa a enviar os medicamentos, daremos um jeito de fábrica nos mesmo nossos próprios remédios, mas...é bom que Austin Brannock seja agricultor, porque os grãos não passaram pelo portão.
_Sua irmã irá se casar com ele meu anjo_ James tenta tranquilizar sua filha_ Azária tem um bom coração, ela vai fazer o marido entender o que é certo.
Adalind ri.
_Eu amo minha irmã papai, mas todos nós sabemos que Azária não influência ninguém, pelo contrário, ela sim é influenciável...Austin a fará de capacho.
A moça desce as escadas e se retira da propriedade. A viagem até o local da festa não foi tão longa. Adalind desejou que Walter conseguisse sair do hospital a tempo de encontrá-la, ambos raramente conseguiam sair juntos.
_Finalmente você chegou_ Dália, sua amiga de infância veio toda sorridente em sua direção _ Pensei que havia dado pra tás._Dália estava tendo caso com um primeiro filho, sempre que podiam os dois se encontravam em festas como está, a jovem nunca contou a amiga quem era a pessoa que estava se envolvendo, mas Adalind suspeitava que fosse alguém do alto escalão... isso poderia explicar como ele conseguia atravessar os portões com tanta frequência._ Ele vai vir hoje, chegou o momento de vocês dois se conhecerem.
Dália da pulinhos de alegria.
_Você está se arriscando de mais, conhece as regras.
Era proibido um primeiro filho se envolver com uma segunda filha, as regras eram claras.
_Vamos deixar as regras de lado por hoje ok? Agora vamos dançar.
Adalind é puxada pela mão para a pista de dança repleta de gente, a música estava altíssima.
Do outro lado da pista de dança, Austin e Joffrey observavam as pessoas dançarem. Joffrey tinha sua atenção na jovem de cabelos negros.
_Não entendo esse seu interesse pelas festas dos segundos filhos_ Austin balançava o copo de bebida em sua mão_ As nossas são muito melhores.
Como Joffrey iria dizer que seu interesse em atravessar os portões, era somente para encontrar a garota que ele estava tão interessado? Austin até poderia ser seu primo, mas acima de tudo...era o líder de Boullevard. Ele jamais pouparia nem seu próprio primo.
_Azária?_ Austin encarava de olhos arregalados sua futura esposa que dançava alegre no meio da pista, seus cabelos ondulados da cor do fogo balançavam com seus movimentos._ Como ela conseguiu atravessar o portão? Como deixou o instituto?
Joffrey reconheceu a garota, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Austin já havia atravessado o salão.
_O que você faz aqui _ Adalind se choca contra o peito ao ser puxada pelo braço com agressividade.
A ruiva puxa seu braço com raiva, e encara o homem a sua frente...ela o reconheceu, afinal via seu rosto o tempo todo na televisão.
_Toque em mim outra vez, e não terá mãos_ Adalind encara Austin Brannock_ E só pra você saber...sou Adalind Harrington!