NADA FAZER TUDO TER, CORRIJA-SE E VENÇA
img img NADA FAZER TUDO TER, CORRIJA-SE E VENÇA img Capítulo 5 LIÇÕES CÁRMICAS
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Capítulo 6 POR QUE SOFREM OS QUE MAIS AJUDAM img
Capítulo 7 DESCUBRA A SUA VOCAÇÃO img
Capítulo 8 DOIS GRANDES VILÕES DESTE CONCEITO img
Capítulo 9 SEJA ALGUÉM QUE BRILHA E FAZ A DIFERÊNÇA img
Capítulo 10 CORRIJA-SE E VENÇA img
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Capítulo 5 LIÇÕES CÁRMICAS

Muitos dizem: "Estou passando por uma situação!" - e por estarem sempre se queixando esquecem que aquele momento não lhes pertence, e ficam um pouco mais com ele em suas vidas, abalando a saúde a fé e as finanças. Esquecem que já viveram situações parecidas, e mesmo com todas as queixas demorou a passar, mas passou.

Bom mesmo é colaborar com a situação, entender o que ela quer mostrar, agradecer e deixá-la ir. Sempre que nos queixamos, por piores que sejam os acontecimentos, eles sempre ficam um pouco mais até que possamos entendê-los. Caso contrário, ainda que demorem e não sejam compreendidos, vão e voltam de forma diferente até entendamos de tudo.

Eu mesmo vivi situações insuportáveis que pareciam se repetir constantemente por não as aceitar, e mais adiante percebi que eu próprio poderia ter mudado cada uma delas, o problema era que o medo de mudar e o medo do desconhecido paralisavam todas as minhas ações em meu próprio favor. Como não encontrava saída para resolver a situação criei meu próprio método: "não se incomodar com absolutamente nada nesta vida". Isso passou a melhorar a minha saúde que já se encontrava bastante abalada devido a todas as preocupações e perturbações sofridas e fez grandes mudanças em minha vida. É isso que eu o quero ensinar aqui.

Apresento aqui TRÊS estratégias para superar o carma, viver na paz e manter a saúde:

1 – Colabore com a situação por mais difícil que pareça:

Não se incomode. Incomodar-se com as coisas em volta ou revoltar-se com as situações só trazem sofrimentos. Fora de nós, nada podemos fazer para controlar uma situação, mas dentro de nós somos nós quem controlamos. É dessa forma que colaboramos com as lições do universo e damos espaço para que as Forças espirituais trabalhem em nosso benefício.

Pode parecer fácil ensinar os outros a agirem desta forma, mas este comportamento tem que fazer parte de você, caso contrário, poderá levar anos e até vidas para que possa colocar em prática este conceito e fazer sua vida andar melhor. Levei 10 anos para conseguir colocar em prática este conceito e alcançar sucesso na vida, mesmo tendo ajudado a mudar a vida de muitas pessoas através dele.

Para quem já vinha pregando este conceito há tanto tempo não era para ser assim, você pode pensar, mas um dos ensinamentos que nunca esqueci na vida foi o de que, ao ensinar os outros nem sempre você mesmo consegue colocar em prática aquilo que te força mudar hábitos construídos em muitos anos de vida. É muito fácil dar veneno para os outros beberem, difícil é você mesmo provar este veneno. Mudar hábitos destrutivos é como tomar veneno, mas é a melhor ação que você pode mover em favor de uma vida mais gratificante.

2 – Dedique-se a algo que ama muito fazer:

"Primeiramente encontre algo que você goste tanto de fazer que não se importaria de fazê-lo sem receber nada por isso; aprenda, então, a fazê-lo tão bem que as pessoas se sintam felizes em lhe pagar para que o faça. (Walt Disney). Quando você foca em fazer algo que ama nada o incomoda.

Acredito que não seja preciso dizer qual a minha vocação e a coisa que mais amo fazer na vida, pois todos aqui já conhecem muito bem. Foram 12 anos escrevendo livros e ajudando a melhorar a vida de centenas de pessoas sem nada receber por isso, mas no próximo capítulo: "Por que sofrem os que mais ajudam", você entenderá melhor o porquê de tanta bondade e nenhum resultado, mas lembre-se que atitudes desta natureza, ainda que sem intenção de retorno, elas sempre são recompensadas.

3 – Ame-se cada vez mais:

Quando você se ama trabalha-se como pessoa, busca informações importantes para manter a saúde mental, física e espiritual. Acaba por amar a todos a sua volta e passa a sentir prazer em todas as áreas da sua vida. A pessoa que se ama é sempre flexível, logo nada poderá quebrá-la.

A psicologia nos ajudou a perceber que costumamos agir da mesma forma, repetindo padrões que podem nos levar à destruição. Na Lei Cármica, todos os resultados dos padrões destrutivos que apresentamos no dia a dia trata-se de lições que a vida nos impõe para que consigamos entender algo muito importante que deve ser mudado em nós. Como é muito mais prático ignorarmos esses acontecimentos para não desprendermos nenhum esforço diferente do que estamos sempre dispondo, as lições tendem a ser repetidas até que sejam aprendidas.

Conheci uma senhora que, por sua simpatia e calor humano, todos à sua volta a adoravam, inclusive eu. Tinha um jeito simpático, amigável e prestativo, morava bem ao meu lado e qualquer barulho em ambas as casas poderia incomodar o vizinho. Essa senhora havia se separado e ficara com a incumbência de cuidar do filho. Fora do mercado de trabalho, mantinha-se com a pensão do ex-marido. Cuidava do filho, uma criança entre dez ou doze anos na época, mesmo com o difícil comportamento que tinha.

O tempo passou, a criança cresceu e ao completar 18 anos foi ficando cada vez mais difícil de lidar. Jovem rebelde, de não levar desaforo para casa, pesava em média 160 quilos e intimidava muito com o tamanho. Aprontava tanto que a pobre mãe já não sabia mais o que fazer. Era necessário que morasse sozinho, pois se agrediam moralmente e às vezes fisicamente. O que fazer se a pensão que recebia do ex-marido era para cuidar do filho rebelde?

Como foi dito, essa senhora, apesar de sua condição, era muito querida e procurada por suas amizades, que se compadeciam e aconselhavam-na, dando sempre razão à sua forma de proceder. E não tinha como ser de outra maneira, pois ela, nos poucos momentos de paz com o filho, tentava mostrar o amor que ainda sentia por ele. Até aí tudo bem, mas quando ele bebia ou se drogava, batia violentamente à porta da mãe exigindo coisas impossíveis altas horas da noite. O que fazer em uma situação como essa?

Eu, como o único vizinho incomodado, ao sentir que as coisas se agravavam, largava tudo e partia para a oração. Nessas horas tudo se acalmava e ele se ia mais tranquilo. Mas será que somente isso era suficiente?

Era do meu interesse a solução do problema, afinal de contas era o vizinho mais próximo. Já adotava a filosofia do nada fazer, e nas primeiras oportunidades tentava aconselhá-la. Cansada de tanto fazer, não era fácil para ela. Por mais que eu argumentasse que eram necessárias paciência e tolerância, as amizades davam conselhos óbvios, os quais ela sabia e esperava. Alguém que consegue ver a situação com os olhos do espírito sabe que não é fácil para uma pessoa que já usou todo o seu conhecimento enxergar e fazer tudo ao contrário do que vinha fazendo.

Se uma simples oração do vizinho consegue surtir tanto efeito, o que não faria a mesma oração feita pela própria mãe? Do que não seria capaz o amor dessa mãe, que nunca dera a ele o impossível, mais sim carinho, chorando juntos, por algo que ela não pode favorecer-lhe?

Dar amor quando a pessoa está bem qualquer um faz; dar amor quando a pessoa se encontra atormentada não é para qualquer um. E na hora de dar amor, ela respondia à altura às atitudes desajustadas do filho, logo ficava difícil um entendimento entre ambos.

Amigo leitor, sempre que a criatura se encontra tranquila é hora de dar sequência ao amor já dispensado nos momentos mais complicados. Perguntava se ao menos tentava tratá-lo melhor durante as agressões, e ela respondia que eu estava louco.

Confesso que para seguir tratando bem aquele que lhe ofende física e moralmente é necessário muito treinamento mental. Mas para dar amor a quem se ama não tem momento certo. Se um dia isso lhe ocorrer, mostre que está interessado em ajudar esse ser, que o ama. Ore por ele, peça ajuda e dê amor. Não confronte essa pessoa nem responda à altura. Aconteça o que acontecer, não esboce reação nem tratamento de choque, não seja agressivo, ou fará uso de uma força destruidora: o sentimento de culpa.

O sentimento de culpa provém do inconsciente, e na maioria das vezes de nossas vidas passadas. Como o desejo de autopunição está acoplado ao sentimento de culpa, o mesmo sentimento pode também ter sido o causador de muitos fracassos ao longo de várias encarnações. Enquanto não nos perdoarmos corretamente, continuaremos sendo dominados por essa força inconsciente que pede que reparemos o erro cometido ainda que já tenha sido reparado.

Se não nos amarmos verdadeiramente, difícil será perdoarmos os nossos erros do passado. Se você não é capaz de perdoar o seu semelhante, dificilmente perdoará a si mesmo, e com essa atitude amargará por muitas existências uma vida de fracassos e repetições destruidoras.

Os espíritos obsessores quando atuam em sua vida se aproveitam dos sentimentos de culpa e dos desejos de autopunição que carrega consigo. Não são os carmas que causam infortúnios em sua vida se você os quita corretamente. Muitas vezes esses desejos e sentimentos são tão fortes que mesmo estando na luz inconscientemente você corta os fios, atraindo para sua vida momentos de terror. Muito embora esses momentos não durem por muito tempo, as queixas e irritações tendem a prolongá-los.

Stanley Rosner e Patrícia Hermes no livro O ciclo da Auto-sabotagem diz: "O que mais contribui para a solução dos ciclos repetitivos de auto-sabotagem? Enquanto negarmos nossa participação nos problemas e não admitirmos francamente nossa contribuição, o ciclo vai continuar. A tendência de negar e de não reconhecer nossa responsabilidade, de rejeitá-la, é muito difundida, e por que não? É difícil encarar que sou eu que procuro a agressão, que sou que boicoto meus relacionamentos, que sou eu o responsável pelas dificuldades que continuo enfrentando com chefes, cônjuges e com os filhos. Esse "pertencimento" significa assumir a responsabilidade pela situação em que a pessoa se encontra".

Quando você sente e deseja intensamente algo, nem Deus será capaz de fazê-lo parar. Ele já lhe deu o livre-arbítrio e, ainda que cause prejuízos para o mundo, o maior prejudicado será sempre você.

Na verdade, Deus criou a lei para que fosse cumprida corretamente, mas não puniu os Seus filhos. É o seu subconsciente que trilha esse caminho; portanto, nascemos livres e com grandes objetivos: conhecer melhor nossos pontos falhos, corrigi-los corretamente e conquistar novos horizontes.

Quando não conseguimos conquistar nossos objetivos, passamos a nos punir. E a melhor forma de fazê-lo é buscando em nosso subconsciente sentimentos que se identifiquem com tal momento, tornando-os realidade.

Segundo Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-No-Ie:

"O pensamento de que o pecado só pode ser remido por meio do sofrimento é uma ideia comum a toda humanidade. E por causa dessa ideia, o subconsciente da maioria das pessoas, no intuito de expiar os pecados, atrai a pobreza, a doença e os infortúnios como meio de autopunição."

Sempre que estivermos fazendo as coisas corretamente, não precisaremos lembrar as coisas negativas que fizemos no passado, mas é bom entender: foram elas que nos trouxeram até aqui, portanto, perdoe-se.

COMO QUITAR CORRETAMENTE SEUS CARMAS

Nem sempre quitamos um carma sofrendo as consequências das ações. Podemos também quitá-lo fazendo algo que amamos muito, como por exemplo, desenvolvendo a nossa verdadeira vocação. Quando desenvolvemos um trabalho com a intenção de retirar dele o próprio sustento, também quitamos corretamente o nosso carma, só que, como esse processo gera sofrimentos, estamos sempre nos queixando. E isso cria mais infelicidades e carmas negativos.

A nossa vocação é algo que amamos tanto que faríamos ainda que não recebêssemos nada em troca. Isso traz tantos benefícios para os outros, que fazem questão de nos pagar pelo trabalho, sem contar a quantidade de carmas que são quitados com a realização de um trabalho assim.

Já os trabalhos que realizamos somente para obter o sustento, jamais o faríamos sem nada receber, e isso não traz benefícios concretos para os outros, pois mesmo que tenham de pagar, pagam inconformados; logo, se um trabalho não traz benefícios suficientes para o nosso próximo, cria sofrimentos e mais carmas.

Podemos quitar nossos carmas fazendo aquilo que amamos fazer e obtendo bons resultados; ou fazendo algo que somos forçados a fazer, pensando naquilo que temos para receber, o que gera mais sofrimentos e carmas.

Digamos que exista uma pessoa e que sua missão ou vocação é ser um grande empresário, criar empregos, dar bons exemplos e auxiliar entidades carentes. Como já se comprometeu em realizar tudo isso quando aqui chegasse, com certeza essa atividade já lhe foi apresentada, e digamos também que a missão foi aceita. Nesse caso, a pessoa não precisou de grandes esforços para alcançar o objetivo. A própria vida cuidou para que acontecesse. A partir daí, caso consiga desenvolver o trabalho com amor, cumprindo tudo com que se comprometeu, a tendência é isso crescer cada vez mais e obter sucesso, felicidade e prazer de viver.

Caso essa pessoa saia da linha, passe a dar maus exemplos e deixe de auxiliar as entidades carentes, sua vida virará um verdadeiro inferno. Ela passará a demitir em vez de admitir funcionários, e aquilo que parecia um sonho se tornará um pesadelo. Sua missão ou vocação deixa de existir, a sabedoria se vai, e a pessoa passa a viver em um verdadeiro mar de lama. Por que ela fugiu do seu compromisso, do seu destino, da sua missão, da sua vocação?

Para poder consertar tudo novamente. Será um verdadeiro desafio, e é disso que se constituem os sofrimentos. Ela perderá a noção das coisas, passará a criar trabalhos que nada tem a ver com a sua vocação, a fazer tudo por conta própria, a se afastar do fluxo da vida e a seguir o fluxo da morte. Ela terá de fazer muitas mudanças interiores, coisa que apenas uma pequena porcentagem da população do mundo consegue. Terá de se desapegar das coisas, aceitar a situação, as pessoas difíceis e tornar-se humilde e tolerante. Caso isso aconteça, aí sim a vida começa a observar essa pessoa novamente, oferecendo-lhe difíceis desafios para ver se realmente mudou. Com certeza será mostrada uma nova oportunidade; as pessoas certas e os recursos aparecem, e assim recomeça tudo outra vez até que se alcance o sucesso.

A vida é como um grande teatro. Somos atores e autores, erramos, apagamos, fazemos novamente. Sempre que erramos no ensaio, repetimos até que consigamos fazer tudo perfeitamente. No momento da encenação, mostramos tudo que sabemos e aprendemos, e na hora dos aplausos abaixamos a cabeça humildemente e agradecemos a todos os responsáveis pela nossa vitória.

Você só está aqui porque se comprometeu em realizar algo, leve isso a sério. Caso contrário, viverá perdido na escuridão de suas imperfeições.

É claro que não se pode mudar um Carma porque, geralmente se está pagando por algo que ainda não se consegue largar, mas caso decida desapegar-se das imperfeições, resolverá algo que somente resolveria em muitas existências. Ao agir dessa forma dará início a uma nova oportunidade em sua vida, ou seja, estará mostrando para o Universo, que está pronto para fazer tudo corretamente. E nem o próprio Universo consegue resistir a humildade e ao arrependimento sincero.

O carma se extingue com atitudes de ação e de conhecimento. E há dois modos básicos de resgatá-lo: a dor e a dedicação em fazer o bem aos seus semelhantes, isto é, seguir uma missão.

Saber lidar com as lições cármicas é dar espaço para as Forças espirituais fazer por você, aquilo que não está conseguindo fazer agora.

                         

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