Capítulo 4 MEDO E DÚVIDA

Ela

Era um dia normal, acordei , preparei o café pra Arthur .

Fui pro parquinho com Enrico, voltei, almoçamos juntos .

E a noite, saí pro ballet .

Na saída do ballet, encontrei um senhor muito gentil perguntando onde encontrava um hotel pra se hospedar aquela noite .

Eu me aproximei dele e num sorriso o direcionei .

Ele disse que não se sentia muito bem se eu poderia o fazer companhia até ele se sentir melhor .

Eu me ofereci pra o levar até o hospital mais próximo, ele disse que não, que era só um mal estar .

A escola de ballet fechou, pois, minha turma era a última e eu me sentei em um banquinho na pracinha de frente a escola com ele .

Conversamos por um tempinho já era tarde, quando me ofereci de novo pra levá-lo ao hospital ou ao hotel , ele se levantou agradeceu e disse que se sentia melhor .

Quando me levantei , senti alguém me agarrando por traz, logo, alguém colocou um pano em minha boca e não vi mais nada.

Quando acordei atordoada estava em um avião até tentei perguntar o que estava acontecendo, mais logo alguém me aplicou uma injeção com algum tipo de sedativo e desmaiei novamente.

Arthur

Já eram quase 22 horas, até que resolvi ligar pra ela, pois, nunca havia demorado tanto pra chegar, sempre gostou de beijar Enrico antes dele pega no sono pesado .

Mais, o telefone só dava fora de cobertura.

Logo percebi que havia algo errado , liguei pra minha mãe contei o que estava acontecendo disse que deixaria Enrico lá e iria atrás de Ela .

Quando cheguei próximo da escola que já estava fechada, vi o carro de Ela estacionado mais, sem ninguém dentro .

Eu gelei!

Liguei pra proprietária da escola que me disse que deixou Ela com um senhor que parecia não estar muito bem .

Confesso que senti um certo alívio, pois na hora imaginei que Ela estivesse em algum hospital com aquele senhor, pois, ela o havia encontrado passando mal e quis ajudar .

Corri para o hospital mais próximo, porém não tive sucesso, não a encontrei.

Até que decidi ir até a delegacia.

Lá contei o que havia acontecido, na hora o policial sugeriu ser um sequestro.

Perdi o chão, não acreditava que isso estava acontecendo comigo.

Onde estava Ela , com quem estava minha esposa .

Carlo

Logo pela manhã o avião pousou ,meu coração disparado não cabia dentro do meu peito .

Quando Solano veio ao meu encontro eu logo perguntei por ela .

Ele disse está dentro do avião sedada, e, foi melhor do que imaginamos .

Eu pedi para vê-la ele disse que sim, afinal, agora ela era toda minha .

Eu subi atônito no avião, quando a vi deitada, ainda com as roupas do ballet, ela parecia tão indefesa .

Quando me aproximei me emocionei por tê-la ali toda pra mim .

Passei a mão sobre seu rosto mais me contive, queria que ela fosse minha por vontade própria.

Então, seguimos com o plano .

A levamos pra minha casa e a colocamos no quarto que havia preparado .

Não via a hora dela despertar.

Contratei um médico pra acompanhar, pra checar se ela estava bem .

E ficamos aguardando.

O tempo foi passando, quando ao entardecer ela começou a despertar.

Ela estava assustada, afoita não sabia onde estava .

Então o doutor se aproximou dela aferiu a pressão, e executou todos os procedimentos, ela estava bem .

Gabriela, a mulher que havia contratado pra ajudar se aproximou disse a Ela que ela não tivesse medo, que estava tudo bem .

A mostrou roupas limpas, onde ficava seu banheiro.

Ela parecia inerte , apática e isso me assustava, eu só olhava de longe não tinha tido coragem de me aproximar ainda .

Gabriela teve que a pegar pelos braços e ajudar no banho, porque ela não se mexia .

Perguntei ao doutor se isso era normal me preocupei muito com ela, ele me disse que sim ela estava sofrendo de stress pós traumático e, me pediu pra ter um pouco mais de paciência.

Após o banho, pedi Gabriela que a penteasse e a vestisse com uma bela roupa, pra jantarmos juntos e eu pudesse finalmente me apresentar .

Assim Gabriela o fez.

Quando a vi descendo as escadas mesmo com o semblante apático, ela estava linda demais.

Se assentou na cabeceira oposta da mesa olhando fixamente pra mim sem balbuciar uma palavra, eu também estava mudo com aquele momento, e, a beleza de Ela me emudeceu .

Ao servir o jantar, que, foi todo pensado nela e nas comidas típicas do Brasil .

Ela se serviu e comeu ferozmente parecia um bichinho faminto .

Nem seus olhos arregalados e seu apetite voraz me fez a querer menos .

A deixei se servir como quis, quando ela terminou ousei perguntar se estava satisfeita.

Ela me olhou fixamente , se levantou e em um ímpeto de indignação veio rapidamente com a faca de mesa pra cima de mim, me chamando de sequestrador, o copeiro pulou na frente a segurando pra que nada de pior acontecesse .

Ela caiu de joelhos em pranto , quando o doutor veio e, pediu que me tirasse dali ela gritava e chorava muito me chamando de bandido, apesar de não conhecer muito bem a língua dela essas palavras forma bem claras.

O doutor e a Gabriela a levou para o quarto, e, ali o doutor novamente a sedou dessa vez com um sedativo bem mais fraco, mais, foi preciso.

Eu estava no escritório em pânico, assustado, louco pra que o doutor me dissesse se estava tudo bem.

Até que ele bateu a porta com notícias.

O doutor disse que era melhor aquela reação do que nenhuma, que, ela precisava sair do transe, e que, ela ia ficar bem.

Suspirei aliviado, e dei graças a Deus, pois, a última coisa que queria é que ela tivesse algum problema .

Os dias se passaram e todas as vezes que tentava me aproximar era a mesma reação.

Ela passava noites, chorando e gritando por seu filho e Enrico e seu marido Arthur , era agoniante vê toda aquela situação e quanto ela sofria .

Dias e mais dias se passaram até que....

            
            

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