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Ela
Quando eu acordei estava, em um quarto bem luxuoso e tinham algumas pessoas que não falavam minha língua.
Eu estava confusa muito tonta , nem sabia quem eu era , as palavras não saiam , um médico me examinou , mais o que me chamava atenção era um jovem homem de boa aparência e olhar fixo em mim na porta não consegui entender o que ele falava parecia ser italiano ou algo assim , eu falava inglês fluente mais não aquela língua, mais ele parecia ser o chefão.
Logo mais uma doce moça, a única que falava português se apresentou como Gabriela .
Ela me ajudou a tomar banho ,conversou comigo disse pra eu não temer pois ninguém ia me fazer mal.
Ela me deu um vestido rosa estonteante e me ajudou a me vestir disse que o patrão me esperava pra jantar .
Gabriela teve que me vestir e me pentear , eu queria gritar ,chorar mais meu corpo não me obedecia estava inerte.
Quando saímos do quarto a medida que andávamos em direção a escada ,percebi que não lidava com qualquer um , estava no meio de gente muito poderosa .
A medida que descia a escada ajudada por Gabriela aqueles mesmo homem na ponta de uma de deslumbrante mesa me secava com os olhos .
Eu me sentei , estava faminta eles serviram lasanha, eu amava ,vi pães , arroz ,uma carne assada e feijão, comi compulsivamente parecia um bicho e aquele homem sentado do lado oposto da mesa o tempo todo a me olhar .
Quando o silêncio foi rompido por ele , me perguntando se eu estava bem.
Bem ?
Como assim ?
Eu num impulso me levantei agarrei uma faca, queria matà-lo essa hora tive certeza de que eu estava ali por conta dele .
Vooei pra cima dele com todo ódio que havia em mim .
Até que, fui interrompida , me seguraram me levaram para o quarto e me deram um calmante .
Passaram dias e eu ali trancada dentro daquele quarto , só recebia a visita de Gabriela e do médico , ah e daquele homem mais toda vez que o via eu não me controlava queria matar ele .
Eu estava em pânico só queria voltar pra casa ,estava preocupada com Enrico e com muitas saudades do Arthur.
Até que um dia o médico disse aquele homem que eu não estava bem , precisava tomar sol .
Realmente me sentia fraca , esgotada.
Então naquela mesma tarde Gabriela me levou até o jardim .
Ali tudo parecia ser tão calmo , a fonte ,o barulho da água e as flores .
Me afastando um pouco de Gabriela, eu caminhei até chegar em uma capela , ali tinha duas lápides e aquele homem estava em pé enxugando as lágrimas , tentei sair dali sem fazer barulho mais acabei derrubando um vaso ele olhou pra traz e me viu, eu não tive reação ele me disse que ali era o túmulo dos pais dele .
Eu abaixei a cabeça, quando ele se aproximou me pedindo perdão , eu disse que só queria voltar pra casa mesmo sendo um um pouco confuso os idiomas conseguimos nos entender .
Ele me disse que estava arrependido porque não sabia que eu iria sofrer tanto mais que não podia me deixar ir sem tentar me conquistar pois estava apaixonado por mim .
Ele me pediu seis meses e se eu realmente não conseguisse me apaixonar por ele e esquecer Arthur ele permitiria que eu voltasse pra casa .
Eu perguntei se eu tinha outra opção, ele balançou a cabeça dizendo não.
Eu fiquei inerte quando um outro moço apareceu o chamando e ele , se despediu com um sorriso .
Eu fiquei sem entender como assim ele era apaixonado por mim , eu nunca o havia visto .
Mais percebi que não tinha outra opção, era o deixar me conquistar ou ficar presa dentro do quarto pra sempre.
Eu estava convicta que amava Arthur e que nada ia mudar .
Então resolvi ser mais flexível era isso ou enlouquecer no encarceramento.
Arthur
Aquela noite foi atordoante pra mim não achava Ela em nenhum lugar , parecia que a terra a tinha engolido .
Tive que esperar as quarenta e oito horas do desaparecimento pra polícia começar as buscas.
Mais mesmo com investigadores rodando o país , divulgando fotos ninguém tinha sequer uma pista de Ela.
Minha vida virou um desespero , passava noites e noites vagando atrás de Ela .
Enrico chorava sentido falta da mãe e eu chorava junto ,não sabia o que fazer.
O tempo foi passando a vida voltando ao "normal ", eu tive que voltar ao trabalho enquanto a família revesava pra me ajudar com Enrico .
E Ela nada,nem uma pista uma esperança.
Minha esposa havia desaparecido sem deixar nenhum vestígio e eu nada podia fazer .
Carlo
Naquela tarde eu havia ido levar flores no túmulo dos meus pais , quando olhei pra traz vi Ela parada olhando pra mim .
Eu me assustei, não sabia que a recomendação do médico de a levar pro jardim pra tomar sol já seria naquela tarde .
Mais não me intimidei , me aproximei e disse a Ela que aquele era o túmulo dos meu pais .
Acho que ela se quebrantou um pouco ao ouvir isso.
Me aproximei dela e sem pensar pedi perdão .
Ela me pediu que a deixasse ir embora .
Eu não podia, estava apaixonado por aquela mulher e só queria uma chance, e foi isso que disse a ela , a pedi seis meses .
Quando fomos interrompidos por ... .
Mais bastava pra mim, por enquanto, foi a primeira vez que consegui me aproximar de Ela .
Sai dali vitorioso ,a mulher da minha vida havia me permitido a tocar , já fazia vários planos como um adolescente, sabia que dali em diante seria diferente .
Os dias passaram e logo já alcançamos a marca de 4 mês e meio .
Ela nunca me deixou aproximar como gostaria, mais nunca mais foi agressiva comigo .
Com o passar dos dias e sob a permissão de Solano que essa altura já havia me sedido alguns seguranças pra trabalhará pra mim , comecei a apresentar Ela aos meus amigos
como minha namorada .
Comecei a leva-la pra restaurantes mais reservados ,lógico com muito cuidado pra que não fossemos fotografados ou algo assim .
Afinal queria que Ela tivesse uma vida dentro dos limites normal .
Apesar de que acredito que no Brasil não ficou nenhum rastro de onde Ela estava, pois Solano era um especialista impecável, e, isso me dava mais confiança pra continuar tocando nossas vidas .
Mais, eu mal sabia que tudo ia mudar pois o destino ia me pregar uma peça.