Capítulo 5 É difícil ser sua mulher

"Tem certeza disso?" Julius propositalmente soltou Madeline.

Madeline balançou, perdendo o equilíbrio por um momento.

"Eu estou bem!" Ela estendeu as mãos para recuperar o equilíbrio e evitar cair.

Julius olhou por cima do ombro dela de maneira cautelosa e notou alguém se aproximando. Sem dizer uma palavra, ele estendeu a mão e colocou o braço em volta da cintura dela novamente.

Madeline rapidamente abriu um sorriso e acenou para a pessoa.

Enquanto Julius e aquele homem conversavam, ela ficou na ponta dos pés e sussurrou em seu ouvido: "Preciso ir ao banheiro."

Olhando para ela pelo canto dos olhos, ele afastou seu braço e respondeu: "Tenha cuidado."

"Certo... Por favor, me dê licença por um momento. Pode ficar tranquilo. Já volto." Com um sorriso no rosto, ela acenou com a cabeça para os dois homens e então caminhou com firmeza em direção ao banheiro com seus saltos altos.

Julius a observou por um momento, antes de retomar sua conversa com o homem.

Enquanto Madeline se afastava, o homem olhou para ela e perguntou: "Essa é a primeira vez que você traz uma acompanhante? Acho que nunca a vi aqui antes."

"Sim", Julius respondeu de maneira casual.

Assim que voltou do banheiro, Madeline ficou um pouco surpresa ao perceber que o homem com quem Julius estava falando não era o mesmo de quando ela se afastou.

No entanto, aquele homem lhe parecia familiar. Ele parecia ser um daqueles figurões que apareciam na capa de livros de economia e finanças.

Assim que Madeline se aproximou de Julius, o homem abriu um sorriso e lhe entregou uma taça de champanhe.

"Esse é..." Madeline olhou para Julius, esperando que ele fizesse as apresentações.

O homem sorriu e balançou a taça em sua mão antes de se apresentar: "Olá. Sou o gerente geral do Grupo Perkins. Prazer em conhecê-la."

"Prazer em conhecê-lo também."

Madeline não julgou ser necessário se apresentar a ele. Ela simplesmente sorriu de maneira educada e brindou com ele, antes de tomar um gole. Depois disso, ela apenas continuou calada ao lado de Julius, emanando graça e sofisticação.

Ela não tinha certeza se era apenas sua imaginação, mas ela pensou ter visto Julius lançando alguns olhares furtivos para ela.

Franzindo o cenho, ela perguntou: "O que há de errado?"

Julius balançou a cabeça de leve enquanto abria a boca para dizer algo, mas o gerente geral o interrompeu.

"Senhor Glyn, ouvi dizer que sua empresa está envolvida em um grande projeto. Gostaríamos muito de cooperar com vocês qualquer dia desses. Você poderia nos dar licença por um momento, por favor?"

Com uma carranca no rosto, Julius quase recusou, mas Madeline se afastou dos dois.

"Vou deixar vocês conversarem sobre isso. Enquanto isso, vou dar uma olhada no ambiente."

"Tudo bem", Julius respondeu em voz baixa e então ele e o gerente se afastaram.

Madeline continuou ali por um tempo, de repente, sua visão ficou turva e ela se sentiu tonta.

Ao estender a mão para se apoiar na parede, alguém se aproximou dela por trás e a agarrou pela cintura.

"Julius..." Madeline pensou que fosse Julius, mas ao se virar, percebeu que estava errada.

"Quem é você? Me solte!"

O olhar de surpresa em seu rosto rapidamente se transformou em raiva e ela se afastou daquele homem.

"Você é a acompanhante de Julius?" O homem afastou sua mão de maneira casual e olhou para ela de cima a baixo de maneira lasciva ao vê-la em um estado vulnerável.

"Julius nunca trouxe uma acompanhante para uma festa antes. Você deve ter algo de especial!"

Aquelas palavras deixaram Madeline desconfortável. A maneira como ele a encarava também a incomodou.

"Vá se foder!" Num acesso de fúria, Madeline levantou a mão para esbofeteá-lo, mas no momento seguinte, sentiu como se toda a sua força tivesse sido drenada.

Antes que ela pudesse entender o que estava acontecendo, o homem agarrou seu pulso.

Merda! Quando ela havia sido drogada?

Ela teria que ser uma idiota para não perceber que havia sido drogada.

"O que há de errado? Me dê um beijo! Deixe eu ver o que Julius viu de tão especial em você!"

Quando o homem tentou beijá-la à força, Madeline cerrou os dentes e deu uma joelhada no estômago dele.

"Ai... Você é mal-humorada, não é?" O homem grunhiu em voz baixa. Com a mão sobre o estômago, ele achou Madeline ainda mais atraente do que antes.

Mesmo sem conseguir enxergar direito por conta da tontura, Madeline saiu correndo o mais rápido que pôde.

Ela precisava encontrar Julius antes que a droga terminasse de fazer efeito!

Ela não esperava se sentir tão fraca e impotente. Assim que ela virou o corredor, ela desabou no chão.

Ah, não!

O coração de Madeline começou a bater mais forte ao ouvir o som de passos se aproximando.

Justo quando parecia não haver mais esperança para ela, um homem apareceu diante dela.

Seus braços fortes a agarraram pela cintura e a puxaram para seu abraço caloroso.

Antes que Madeline pudesse reagir, uma voz familiar alcançou seus ouvidos.

"Eu deixei você sozinha por apenas alguns minutos e você já está no chão."

Madeline suspirou de alívio, porque aquela era a voz que ela esperava desesperadamente ouvir.

Colocando os braços em volta da cintura dele, ela enterrou a cabeça em seus braços e suspirou: "O que posso dizer? É bem difícil ser sua mulher."

Ela não apenas tinha que disputar contra todas as mulheres interessadas em Julius, mas também teve que lutar contra os homens desprezíveis que queriam estar com ela apenas para irritar Julius.

Era compreensível que ela estivesse exausta.