O Dono do Morro e a Fera
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Capítulo 9 7

Thor.

- Vai lá, pega a porra do meu dinheiro. Mas não esquece de me trazer os dedos de uma mão. Essa será a punição daquele ladrão filho da puta. - Corvo faz sinal para os seus homens e saem do quarto. - E você, preste bem a atenção porque eu não vou repetir. Você pegou a minha mercadoria, portanto, me deve. Se me pagar está de boa, mas se não, eu cobro do meu jeito. Entendeu, porra?

- Entendi! Entendi! Isso não vai se repetir.

- Entenda uma coisa, se você não conseguir vender o problema é seu e não meu. Você tem um prazo e precisa ser macho o suficiente para cumpri-lo. Se não tem o dinheiro, te vira. Rouba a tua mãe, assalta a porra de um banco, vende a tua irmã. Não me importa como vai conseguir a porra do dinheiro. E da próxima vez não haverá mais perguntas - rosno e saio em seguida.

Do lado de fora acendo um cigarro, sentindo cada gota da adrenalina percorrer o meu sangue. O trabalho do rei do tráfico não é fácil. Eu aprendi com o Léo que agir com punhos de ferro é a melhor maneira de deixar todos bem debaixo da sola dos meus sapatos. Daqui, sigo direto para o galpão, para uma rápida reunião com os meus gerentes. Isso mesmo, no plural. No meu comando mantenho três desses profissionais: o gerente branco, responsável pelo tráfico do pó. O gerente preto, que cuida das vendas da maconha e o gerente geral que administra a boca. E no meio desses homens, tem a Isis que cuida das finanças, mas eu já expliquei essa parte. A ideia de uma mesa redonda para essa reunião me permite olhar nos olhos de todos enquanto falam e isso facilita na hora de perceber qualquer gesto nervoso que me entregue alguma mentira. Eu sei que jamais me trairão, mas, não sou nenhum tolo para confiar em homem algum além de mim.

- Não quer ir para a minha casa essa noite? Prometo que cuidarei muito bem de você. - Isis pergunta dando uma última tragada no seu cigarro e o lança dentro de um cinzeiro de metal.

- Eu não posso.

- Por que não? - Ela envolve o meu pescoço e eu envolvo a sua cintura, colando o seu corpo ao meu.

- Esqueceu que eu me casei essa noite? - A garota ajeita carinhosamente algumas mechas dos meus cabelos.

- Você não está levando isso a sério, está? - Livro-me do seu agarre e me afasto.

- É um acordo que vale muito a pena, Isis.

- Eu vi no seu contrato que você pode fazer o que quiser com ela. Então, porque não a manda servir na boate. Os homens pagariam horrores por uma garota como ela. - Respiro fundo e me sirvo uma bebida.

- Não. Eu a quero para mim.

- Você o quê? - Isis parece surpresa. Eu bebo um gole do uísque e a encaro.

- A Nina é um desafio e eu gosto quando ela me enfrenta, quando me desafia. - Rio. - E estou louco para domar aquela fera.

- Hum. Ok, então quando se cansar dessa sua fera aí, sabe onde me encontrar. - Ergo o copo em um brinde solo e esvazio o copo, saindo do galpão em seguida.

No caminho de volta para casa me pego pensando na mulher que deixei sozinha no meu quarto. A essa hora ela deve estar dormindo e me pergunto qual roupa estará usando agora. Respiro profundamente quando penso em sua pele macia e no seu perfume, e imediatamente me sinto quente, vívido, ansioso para entrar naquele quarto e tomá-la para mim. Porque, isso é algo que ela não poderá evitar por tanto. Entro no casarão minutos depois, encontrando o seu silêncio e quietude bem-vindos, e a semiescuridão do lugar. Já é madrugada e todos na casa já estão dormindo. Subo as escadas apressado e caminho ávido para dentro do longo corredor, sentindo no meu corpo a ansiedade de dominar uma certa gata arisca de unhas bem afiadas. Eu vou baixar a sua cristã, Nina Guerra e te mostrar quem é Lucas Ferraz, o poderoso Thor. Penso com o sangue quente e seguro firme na maçaneta. Contudo, eu giro, mas a porta não se abre. Giro outra vez com impaciência, mas não. A porta está fechada com chave.

Filha da puta!

- Nina? Nina, abre essa porta! - rosno, girando na maçaneta com brutalidade agora. - Nina, abre a porra dessa porta agora! - ordeno mais alto, mas nenhum som é emitido lá dentro. - Que porra, Nina, abre logo, caralho!

A porta do quarto da frente se abre e mamãe surge sonolenta no corredor.

- Querido, já está tarde. Porque não ocupa um dos quartos de hóspedes essa noite. A coitada deve estar cansada da festa e assustada. Amanhã vocês conversam.

Cansada?

Assustada?

Porra nenhuma!

Definitivamente essa não é Nina Guerra. A Nina é a porra de um desafio, isso sim. Mas, a mamãe não está longe da verdade. De qualquer forma ela não está mais nos seus domínios e isso não deixa de ser assustador. Contudo, eu fantasiei esse momento na minha cabeça e agora estou com uma puta ereção aqui.

- Está bem, mamãe. - Concordo. - Vá dormir, já é bem tarde. - Repito as suas palavras, mas não ouso me mexer para deixar-lhe um beijo de boa noite. Não nesse estado. Ela me abre um sorriso doce e sibila um eu te amo, fechando a porta em seguida. Solto uma lufada de ar pela boca, encaro a barraca armada no meu jeans e bufo irado, encarando a porta fechada do meu quarto. - Você não perde por esperar!

***

No dia seguinte...

Lembrar que durante a madrugada tive que bater a porra de uma punheta pensando na garota do quarto ao lado, me deixou puto. Contudo, no dia seguinte não tive tempo de ir cobrar o que era meu por direito, pois o dever me chamou nas primeiras horas do dia. Portanto, tomei um banho rápido, vesti a mesma roupa da noite anterior e desci para tomar o café da manhã. Eu tinha decisões importantes a tomar e uma reunião com Darlan Guerra sobre os olheiros que ele havia me prometido.

- Esses são os melhores, Thor. - Ele disse apontando para os cinco homens em pé na minha frente. Entendam, não é que eu precise realmente de homens para fazer essa vigília. Eu tenho a quantidade necessária para bisbilhotar o estado inteiro se eu quisesse, mas, para esse serviço em especial, necessito de homens que não sejam reconhecidos, já que os meus homens têm a nossa marca registrada com uma tatuagem na lateral do pescoço. Eu preciso infiltrar homens que encontre o que eu quero sem ser percebido. Acho que deu para entender o que eu quis dizer.

- Tem certeza de que posso confiar neles?

- Com a sua própria vida. - Meneio a cabeça positivamente.

- Certo. - Faço um gesto para os meus homens os tirarem daqui e depois, eles sabem exatamente o que fazer. A verdade é que eu não confio no Guerra e sei que fiz uma sociedade com o próprio diabo. Portanto, a ideia é levar os olheiros para um teste inflamável e fazê-los entender a quem realmente eles devem servir, no caso, a mim. E isso quer dizer que não importa se o mundo gira sempre na mesma direção, eles nunca deverão procurar outro - incluindo o seu antigo chefe - para revelar qualquer informação.

- E como está a Nina? - Ele me pergunta e eu lhe ofereço uma dose de conhaque.

- Está apaixonada - ralho com ironia. - Tivemos uma noite incrivelmente turbulenta. - Concluo e ergo o meu copo, e ele faz o mesmo, entornando a bebida em seguida.

- Não se preocupe, ela vai se acostumar. - Sorrio de boca fechada.

- Não tenho a menor dúvida disso... sócio.

À noite, estou cansado e louco por um banho demorado, uma roupa confortável, jantar em família e finalmente relaxar o meu corpo na minha cama ampla, e deitar a minha cabeça em um travesseiro macio. Entretanto, encontro a minha mãe na sala envolvida em uma conversa com a Isis e me pergunto o ela está fazendo aqui? Assim que me ver, dona Helena me lança um olhar estranho, que me deixa preocupado no mesmo instante. Ela me abraça e eu encaro a Isis do outro lado.

- Querido, por favor não brigue com ela. - Mamãe pede, segurando o meu rosto entre as suas mãos.

- Ela quem, mamãe?

- A Nina. - Reviro os olhos.

- O que essa maluca aprontou dessa vez?

- Ah, você ainda não sabe? - Isis interpele. - A sua linda esposa jogou todas as suas coisas no corredor.

- Ela o quê?! - Imediatamente corro para a escadaria.

- Thor querido, tenha paciência com ela. - Escuto a minha mãe dizer. Contudo, como a Isis falou, assim que adentro o corredor encontro as minhas roupas jogadas no chão. Furioso, bato violentamente na porta.

- Abre essa porta, Nina! - A porra da mulher tinhosa nem sequer se dar o trabalho de me responder. - Abre a droga dessa porta, ou eu vou arrombar essa porra! NINA??

            
            

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