Capítulo 4 - 2 2 -

Eu estava fodidamente tenso. Ouvia a mulher soltar um puta gemido falso, que estava irritando e franzindo meu saco, mas tentava me concentrar no aperto do traseiro pouco macio. Infelizmente, se ela continuasse a gemer igual um pintcher entrando em agonia, eu ia foder a vida dela de outro jeito.

- Cala a porra da sua boca. - pedi, tentando me concentrar, mas a desgraçada continuou.

Eu queria me aliviar pesadamente e dormir. Não dava. Não estava afim de continuar a enfiar meu pau num cano de microfonia aguda, então saí de dentro da mulher ainda duro e tenso. A mulher estava cansada e ofegando, com um rombo no meio da bunda. Virei de costas, fui até a lixeira do banheiro, tirei o preservativo e joguei fora, pegando uma toalha e amarrando na cintura, com o membro pontudo pra frente.

- Você ainda nem acabou... - murmurou a menina, estranhando.

Fui até o bolso da calça largado no encosto da cadeira, peguei minha carteira e abri umas notas. Mostrei pra ela e fiz a minha melhor pose de filho da puta.

- Libera o quarto. - mandei.

A jovem donzela pagou de ofendida, puxou suas roupas na maior raiva e ainda fez cara feia.

- Qual é a tua, babaca gratuito? - resmungou enquanto terminava de se vestir - Você é um idiota igual todo mundo, queria o quê? É tão fodido que precisa pagar pra alguém te dar!

- Se continuar falando igual um pinscher raivoso, vou fazer você engolir suas notas. - ditei, lhe dando as costas enquanto guardava a carteira na gaveta de uma mesinha de computador.

- Se relar a mão em mim, eu chamo a polícia! - gritou se colocando ao meu lado, mas logo ela abaixou o olho e viu que o dinheiro estava ao lado de uma semi automática e um distintivo com o brasão real.

Eu cruzei os braços, vi ela bufar de desgosto e recolher o dinheiro. Ela pensou, contou as notas e me olhou com cara feia, bem decepcionada.

- Aqui só tem a metade!

- O serviço foi completo? - resmunguei pegando o celular de cima da mesa fazendo um sinal pra ela ficar calada - Manda outra. Alguém que aguenta a porra do tranco.

Ela arregalou os olhos, eu concordei com a voz no aparelho e lhe dei atenção.

- Você não pode fazer isso! - gritou com raiva enfiando o dinheiro na bolsinha e me dando as costas - Quer saber, vai se ferrar! Eu tenho pena de quem vai vir!

- Cai fora. - resmunguei lhe dando as costas, ouvindo ela bater a porta e me xingando de alguma coisa.

Estressado com a minha foda mal sucedida, eu aguardei a próxima. Eis que finalmente consegui relaxar. Alguém, por fim, deu conta do recado. Infelizmente, não foi o suficiente.

Tomei uma ducha e logo me joguei na cama, tentando me acomodar em toda aquela tensão e fechei os olhos. Sem sucesso. Uma hora depois eu acordei suado, cansado e todo cagado no estresse. O tiro da bala ecoava na minha cabeça... E seu tivesse acertado a garota? Ah, que se dane! Peguei o uniforme e a papelada, disposto a resolver isso de uma vez. Não vou foder minha cabeça por pouca merda.

            
            

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