Capítulo 4 É um paradoxo

- Mas eu posso controlar onde você vai dormir. Você pode abraçar e falar com um travesseiro em vez de mim desta vez. - Se virou e Akira sorriu.

- Juro eu só quero saber o que aconteceu, você ficou assustado o dia inteiro depois que eu dormir junto de você. - Akira comentou rindo enquanto balançava os pés.

- Eu não vou repetir isso. - Afirmou rindo enquanto ligava o fogão, o mais alto pega uma panela e alguns legumes já cortados dentro da geladeira, tal legumes que estavam dentro de alguns potes. - Você pode ver se Hiroshi tem alergia a algo? - Perguntou em um tom doce e o mais baixo Assentiu.

Ele deu as costas para seu melhor amigo e caminhou até a figura deitada no sofá, parecendo estar dormindo ou até mesmo desmaiado. Akira se aproximou de Hiroshi lentamente, tocou o ombro do fugitivo para lhe acordar. Assim que ele toca no outro, Hiroshi acorda assustado e abruptamente, de forma automática Hiroshi havia segurado o pulso de Akira que ele havia lhe tocado.

A forma como Hiroshi segurou o pulso de Akira como se o mais baixo fosse um serial killer que estava pronto para assassinar o outro. Akira olhou assustado para Hiroshi, seu pulso doendo pela força que Hiroshi colocou em seu aperto.

- D-desculpe. - Hiroshi pediu soltando aos poucos o pulso de Akira.

- Tudo bem. - Afirmou se afastando-se de Hiroshi um pouco enquanto massageava seu pulso avermelhado.

- Eu juro, juro, me desculpe, eu juro que não foi minha intenção. - Afirmou praticamente implorando pelo perdão do outro, ele não queria machucar a pessoa que lhe salvou.

- Não se preocupe. - Afirmou desviando o olhar do outro. - Ahm, Yok mandou eu te perguntar se você é alérgico a algum tipo de alimento. - Questionou voltando seu olhar para o outro.

- Eu tenho alergia a camarão. - respondeu o outro que afirmou

- Okay, vou avisar a ele. - Afirmou com um pequeno sorriso em seus lábios.

Akira caminhou até o outro, enquanto tentava se convencer que o outro não era algum tipo de criminoso. Ao chegar perto do seu melhor amigo, ele abraçou pela cintura e apoiou o rosto nas costas largas de Yok.

- E então? - Iniciou esperando a resposta se o outro era alérgico a algo.

- ele é alérgico a camarão. - Respondeu enquanto fechava os olhos para aproveitava a sensação de ter alguém ali consigo, e não se sentir solitário.

- Vou fazer Yakisoba, tem o suficiente para vocês passarem a noite bem. - Comentou enquanto cozinhava lentamente.

- Yey, meu prato favorito. - Afirmou com um grande sorriso em seus lábios, um fato sobre Akira era que o mesmo havia um sorriso gomoso, mostrava as suas gengivas, então ele odiava seu sorriso e a única vez que ele não tampava sua boca para sorrir verdadeiramente era com Yok.

- Você está bem? - Questionou enquanto tentava não entrar em desespero por uma grande chama ter aparecido em cima do macarrão.

- Eu não sei. - O mais baixo é sincero quanto ao que está sentindo.- Eu não sei explicar, eu apenas não sei, eu gostaria que existisse alguém que conseguisse me explicar, alguma pessoa, sei lá. - Suspirou abraçando o mais alto com mais força.

- Você quer que te entendam. Não só nisso. - Yok começou a divagar após alguns segundos de silêncio. - Mas isso é um problema. O problema é que queremos que as pessoas entendam como estamos nos sentindo quando nem nós mesmos nos entendemos. O problema é que realmente existem pessoas que se importam, mas acabamos não acreditando em nenhuma delas. - Yok da uma risada nasalasa. - É uma espécie de paradoxo. Fugimos na intenção que alguém procure. Vamos embora porque queremos que peçam para ficarmos. Não dizemos, pois, queremos que percebam. Isso é confuso, isso é complicado. O problema é sermos humano, o problema é termos sentimentos.- Afirmou com melancolia em sua voz.

- Nossa, que profundo. - uma terceira voz afirmou.

Os dois que estavam abraçados olham para trás no mesmo tempo, eles não haviam percebido que o outro que antes estava deitado no sofá agora estava de pé em sua frente. Ele não parecia nem um pouco estável para estar de pé naquele momento. Akira preocupado foi até o outro e segurou sseu braço para lhe dar apoio, logo, lhe ajudou a sentar no banco alto em frente a bancada da cozinha.

- Yok costuma ser bem profundo quando ele quer. - Akira comenta com um pequeno sorriso em seus lábios.

- Woah, quando eu era pequeno, eu era simplesmente encantado por pessoas assim. - Hirosji comentou com os seus grandes olhos de cor de jabuticaba, seus pequenos dentes avantajados, assim como de um coelho, chamou a atenção de Akira.

- Então você não gosta mais de pessoas inteligentes? - O mais alto entre os três comenta em um tom de humanor, ele não pode ver a cara de desespero qeu Hiroshi acaba fazendo ao pensar que havia ofendido o médico de alguma forma.

- Eu gosto! - Hiroshi afirmou quase que desesperado. - Eu gosto sim! - Continuou afirmando e Akira olhou para o fugitivo.

- Ele só está brincando com você. - Comentou rindo baixo. - Não se preocupe. - O alivio no rosto do outro foi quase que instantaneamente.

- Desculpe. - O fugitivo pediu mais uma vez. - Eu não quero que você pense que eu estou dando em cima do seu namorado. - afirmou envergonhado enquanto abanava as mãos. Yok e Akira se olham por alguns segundos antes de começarem a gargalhar.

- Nós não somos namorados, pelos deuses! - Akira quase grita enquanto continua rindo e tampando sua boca para esconder o seu sorriso.

- E-eu... eu achei que vocês fossem... ah... cara... eu... - Hiroshi parece travar por esse motivo, ele não sabia o que dizer, não sabia se a reação dos outros era algo bom ou ruim.

- Nós somos apenas melhores amigos, eu prefiro namorar com qualquer outra pessoa do que com esse tapado aqui. - Akira aponta para Yok, o mais alto apenas se vira e chuta a perna do mais baixo que grita de dor, mesmo que o chute não tenha sido realmente forte. Levando a mão até o local machucado.

- Deixem de papo furado e se sentem aí, daqui a pouco eu estou terminando a comida. - Yok afirmou com um sorriso fraco em seus lábios.

            
            

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