A  vizinha do CEO
img img A vizinha do CEO img Capítulo 9 Contra gatinhos e pinguins ninguém pode!
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Capítulo 10 Novas sensações. img
Capítulo 11 Amigos com benefícios img
Capítulo 12 O Upgrade da gata! img
Capítulo 13 Quando me tornei uma babá img
Capítulo 14 Decidi permanecer, que Deus me ajude parte 1 img
Capítulo 15 Decidi permanecer, que Deus me ajude parte 2 img
Capítulo 16 Eu adoro a sua céli-celulite! img
Capítulo 17 Companheiro de quarto img
Capítulo 18 Azul é a cor mais quente img
Capítulo 19 Os humilhados serão exaltados parte 1 img
Capítulo 20 Os humilhados serão exaltados parte 2 img
Capítulo 21 A verdade nua e crua img
Capítulo 22 Contra fatos não há argumentos! img
Capítulo 23 Novos horizontes img
Capítulo 24 Bem-vinda a Mariana! img
Capítulo 25 Uma notícia inesperada img
Capítulo 26 As BFF's img
Capítulo 27 Minha madrinha é uma figura img
Capítulo 28 A agulha no palheiro img
Capítulo 29 O surto com o Viking img
Capítulo 30 Uma mãe acompanhada img
Capítulo 31 Flores img
Capítulo 32 Tom e Jerry img
Capítulo 33 CEO ou vizinho img
Capítulo 34 Que noite meus amigos img
Capítulo 35 Cadê o João good vibes img
Capítulo 36 Um filme e uma Pizza img
Capítulo 37 Baba baby! img
Capítulo 38 Sobre o futuro img
Capítulo 39 Casamento ou morte img
Capítulo 40 Um felizes para sempre e um... Fica para o próximo volume! img
Capítulo 41 Os recém casados img
Capítulo 42 O infiel img
Capítulo 43 O Deus nórdico ataca novamente img
Capítulo 44 A namorada do meu marido img
Capítulo 45 O demônio atrás de mim img
Capítulo 46 O passado batendo na porta img
Capítulo 47 A emoção das manhãs img
Capítulo 48 Conselhos da best img
Capítulo 49 Conhece-te a ti mesma img
Capítulo 50 O santo Andreas img
Capítulo 51 O novo CEO img
Capítulo 52 O sensei img
Capítulo 53 Partiu compras img
Capítulo 54 Quase um Tarzan img
Capítulo 55 O barco img
Capítulo 56 O sucesso do baby doll img
Capítulo 57 A camisola verde img
Capítulo 58 Uma vibe meio sessão da tarde img
Capítulo 59 Voltando à realidade img
Capítulo 60 As amigas se reúnem img
Capítulo 61 Indo atrás da minha mulher img
Capítulo 62 O cliente mais chato de todos img
Capítulo 63 Jamais serão o 4° príncipe img
Capítulo 64 Bem vinda ao conto de fadas img
Capítulo 65 O baile da princesa img
Capítulo 66 Chupa 4° príncipe img
Capítulo 67 Epílogo img
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Capítulo 9 Contra gatinhos e pinguins ninguém pode!

Sem entender exatamente como uma simples conversa havia se tornado uma discussão. Céu foi apagar as luzes e escovar os dentes para se deitar. Já em sua cama, seguia confusa sobre o que acontecera. Não tinha a intenção de chegar tão longe. Talvez realmente o tenha ofendido falando sobre o seu gosto para mulheres. Tinha que ser justa, não o conhecia bem, não sabia nada sobre esse aspecto de sua vida. Havia feito um julgamento apenas baseada no que via. Ele era um homem muito atraente, interessante e charmoso, por isso julgou que ele fosse superficial.

Uma atitude bem preconceituosa de sua parte.

A verdade é que ele nunca deu motivos para que ela o julgasse assim, muito pelo contrário, só tinha coisas boas a dizer de sua pessoa, não media esforços para ajudá-la. Talvez ela o tenha atacado por estar insegura, com alguma crise de autoestima. Quando ele sugeriu que ela era uma mulher como outra qualquer, ficou na defensiva para deixar claro que ela não ousaria se colocar como uma opção, pois sabia que ele não a via dessa forma. Mas a dúvida que ficara era, por que isso a afetou tanto? Por que ficou tão na defensiva com a possibilidade de ser ou não ser uma mulher que ele se sentiria atraído? Não era ele para ela apenas um amigo muito solícito? Definitivamente esse não era um comportamento usual dela, se sentir tão insegura assim!

Talvez toda a ajuda e atenção que ele estava lhe dando estivessem afetando a sua mente. Estavam passando muito tempo juntos também. Não podia esquecer estar se recuperando de um acidente muito grave, em que ficara em coma e quase morreu. Essas coisas mexiam com o psicológico. Um homem maravilhoso, moreno, alto e forte, era uma tentação muito grande, mas o seu cérebro ainda dominava o seu corpo, e não suas partes íntimas. Independente da causa, o fato era que fora injusta com ele. O certo seria pedir desculpas, talvez fazer algo para compensar e em retribuição por tudo que ele vinha fazendo por ela. Começaria pedindo desculpas, de alguma forma original, que tivesse a cara dela, a fim de quebrar o gelo. E depois podia levar ele para algum lugar legal, que de preferência ele ainda não tivesse ido. Será que ele conhecia a cachoeira Paraíso?

Era um dos pontos turísticos de natureza mais próximos e ainda assim, ficava a umas duas horas de distância. Ia muito lá quando era criança, mas depois do falecimento dos pais, nunca mais fora. Não passava ônibus perto, mas poderiam ir com o carro dele, passar o dia e fazer um piquenique. Durante a semana não deveria haver muito movimento. Decidiu ser isso mesmo que faria. Agora precisava dormir, para colocar os planos em prática cedo pela manhã. Tomara que a ansiedade deixasse, e que ele não tivesse nenhum compromisso.

No dia seguinte tocaram a campainha do João Vicente cedo. Não eram ainda nove horas quando ele atendeu a porta. Ao abrir não havia ninguém, apenas um envelope no chão. O pegou e abriu, não pode conter um sorriso da audácia daquela mulher. Dentro havia uma imagem de um gatinho branco com um balão de fala escrito: "Não quero ficar de mal com você, então me peça desculpas."

Ele olhou em volta e não havia ninguém, mas sabia exatamente de quem se tratava. Entrou outra vez e fechou a porta. Não podia ser real, ela havia se referido a ele como fútil e superficial, e depois ainda mandava aquele bilhete. No meio das suas ponderações a campainha tocou novamente. Dessa vez, ele correu para atender, outra vez não havia ninguém, apenas outro envelope. Abriu este, e dessa vez a imagem era outro personagem de desenho animado, um dos pinguins de Madagascar e dizia: "Sou uma pessoa maravilhosa, a loucura vem de brinde."

Pelo menos a atitude estava ficando menos ofensiva. Entrou e fechou a porta. Quando estava passando um café na máquina ouviu a campainha de novo, dessa vez não correu, porque sabia que não a encontraria, ela era uma mulher bem rápida para a estatura que possuía. Essa agora era uma imagem do Gato de Botas, naquela cena que ele segura o chapéu nas mãos e faz cara de suplicante. Estava escrito em caixa alta: "DESCULPA, VAI, PRECISO APENAS DE UMA OPORTUNIDADE PARA ME REDIMIR. SE CONCORDAR ME MANDA UM ZAP. NUNCA MAIS VOU TER CORAGEM DE TI, CHAMAR."

Muito dramático, ele pensou. A fim de resolver logo isso, pegou o telefone e digitou um oi. Deveria ter esperado mais, para fazê-la sofrer por antecipação, mas hoje não estava a fim de fazer jogos. Fora dormir bem chateado com a briga. A sensação de não saber como seria o dia seguinte havia sido incomoda. Ela visualizou em seguida, mas ficou por um tempo digitando, como se estivesse em dúvida sobre o que ia falar.

Ao final perguntou apenas:

--Tem planos para hoje?

-- Nada de mais. - Ele respondeu.

-- Então vem comigo para um lugar, prometo que vai valer à pena. Fique pronto em uma hora. Vista roupas leves, e leve uma muda extra.

Mesmo curioso, respondeu apenas com um ok. Tomou o café, e foi arrumar uma bolsa para levar.

Céu havia acordado cedo para preparar tudo, imprimir os bilhetes e preparar um lanche para a viagem. Se saíssem às dez horas chegariam lá ao meio-dia, assim teriam a tarde toda para aproveitar.

Montou uma bolsa com o que havia preparado, e outra com uma muda de roupa, protetor solar, repelente e toalhas. Não tinha nenhum biquíni, então pegou um top de ginástica e um short. Se fizesse muito sol à marquinha disso ia ficar um charme, pensou ela. Se bem que o sol de uma tarde apenas não poderia fazer um grande estrago.

João buzinou pontualmente em frente a sua casa. Ela saiu, entrou no carro e sentou no banco do carona. Ainda se sentia meio envergonhada pelo seu comportamento.

- Oi!

- Oi! E aí? Para onde vamos?

-- Primeiro você tem que passar em um posto de gasolina.

-- Mas eu tenho bastante gasolina

-- Mas nós vamos precisar de um tanque cheio.

Ele levantou as sobrancelhas surpreso.

-- Ok.

Quando chegaram ao posto ela disse:

-- Pode deixar que eu pago.

-- De jeito nenhum. Eu pago.

-- Não, sério, eu faço questão. Eu te convidei, só não estamos indo no meu carro porque bem, eu não tenho um. E nem sei dirigir. Mas faço questão de arcar com tudo.

-- Tudo bem, então. - ele se rendeu, não queria tirar esse momento dela.

-- Mas para onde nós vamos exatamente? Preciso saber já que eu vou dirigir.

-- Já ouviu falar em um lugar chamado cachoeira Paraíso?

-- Não. Nunca.

-- Eu sabia, bem, é para lá que vamos. Eu já botei no GPS. E só ir seguindo pelo caminho que ele indicar.

-- Está bem. – Ele olhou na tela do telefone dela e ficou espantado.

-- Duas horas até lá?

-- Sim, mas eu garanto que vai valer cada minuto.

-- Está bem, eu confio em você.

Ela murmurou apenas um obrigado. Porém, os dois sabiam que aquele simples agradecimento significava muito mais, significava um: apesar de tudo, estamos bem. Significava que ainda queriam estar um com o outro. Ela o viu sorrir antes de começar a seguir o GPS, e soube que estava bem encrencada. Quando o coração batia assim por um simples sorriso, geralmente não terminava bem.

                         

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