Capítulo 8 Quando vocês vão se casar

Acompanhada de Aron, Shirley procurou sua bolsa na recepção do clube e, assim que os dois chegaram ao estacionamento subterrâneo, viu Isaac sentado dentro de seu Rolls-Royce como se estivesse esperando há muito tempo.

O outro foi até o carro e abriu a porta para ela. Por um segundo, ela hesitou em entrar, já que as coisas tinham ficado um pouco estranhas entre eles afinal. Porém, o homem estava impaciente e não queria perder mais tempo ali.

"O que você está esperando? Que os repórteres voltem?", ele questionou, assustando-a.

Com isso, ela ipso facto entrou no veículo e cobriu o rosto com a bolsa, preocupada em ser fotografada.

Enquanto eles aceleravam em direção à residência da família Su, a garota deu uma rápida olhada no homem sentado ao lado dela, que dormia o caminho todo, ou pelo menos estava com os olhos fechados. Por sua vez, ela se virava de vez em quando para ver se havia pessoas os seguindo. Rindo de sua inquietação, o funcionário tentou acalmá-la dizendo: "Senhorita Shirley, não se preocupe, ninguém pode nos ver de fora."

Envergonhada, ela finalmente abaixou a bolsa, fingindo que não ligava para nada.

Depois de um tempo, ela relaxou as costas e olhou pela janela. No instante em que percebeu Isaac olhando para ela pelo espelho retrovisor, ela corou e imediatamente desviou o olhar para esconder seu constrangimento. 'Quando ele acordou?', ela se perguntou.

Assim que chegaram ao destino, ela nervosamente seguiu Isaac, mas enquanto caminhava com a cabeça baixa, ela colidiu nele quando ele parou de repente na porta da frente. "Ai...", ela soltou um gemido de dor, esfregando a testa, e imediatamente tentou se orientar enquanto se perguntava por que ele havia diminuído o ritmo.

"Você sempre anda de olhos fechados?", ele perguntou enquanto se virava para olhar para ela com aborrecimento.

"Me desculpe!", ela respondeu antes de fazer beicinho, magoada por suas palavras.

"Não diga nada bobo na frente da minha avó. Pensando bem, deixe-me falar." O homem tentou esconder sua angústia com seriedade solene.

Assim que pisou na sala, Isaac foi saudado por objetos voando diretamente em sua direção, embora felizmente tivesse sido capaz de evitá-los. Assustada, a garota deu alguns passos para trás. Mas ela ficou muito decepcionada, pois queria ver pelo menos um acerto.

Ele ainda estava longe de estar seguro quando Alannah seguiu seu ataque com uma voz estrondosa que abalou toda a mansão. "Pirralho, o que você aprontou? Como você pôde fazer isso com Shirley? Eu vou te ensinar uma lição que você nunca vai esquecer!"

Assim que terminou de falar, ela agarrou um pedaço de madeira e bateu no neto, que ficou parado, fazendo a garota pensar que talvez ele não tivesse tentado impedi-la por respeito. Porém, a senhora não mostrou intenção de parar e Shirley sentiu a necessidade de ajudar Isaac, implorando: "Senhora Alannah, por favor, não bata mais nele. Eu estou bem."

"Oh minha doce menina, me desculpe. Tudo foi minha culpa. Eu deveria ter feito melhor e não criar um bastardo!" Assim que viu Shirley, a mulher chorou de tal maneira que qualquer pessoa que não soubesse o que estava acontecendo poderia facilmente pensar que a jovem a estava atacando.

"Não, senhora Alannah, Isaac não me intimidou." O coração da garota enrugou no instante em que ela viu Alannah explodir em lágrimas.

De repente ela parou de chorar e sorriu para ele. "Então ele teve o seu consentimento?"

"Sim. Espere... O que? Não! Quero dizer..." A mudança repentina no tom da senhora a pegou de surpresa.

Sem palavras, o homem balançou a cabeça, percebendo que sua avó estava pregando peças novamente. Como uma mulher da idade dela ainda podia ser tão infantil? Mas apesar de tudo, ele não podia fazer nada contra ela.

"Senhora Alannah, você não entendeu bem as coisas. Nós apenas... Não é o que você pensa que é. Foi apenas um acidente. Sim! Isso mesmo." Shirley não conseguia encontrar palavras para se explicar.

"Bem, entendi! Eu tinha entendido mal vocês. Quando vocês vão se casar, então?"

"O quê?"

"O quê?" O jovem casal exibiu uma expressão de espanto absoluto ao dizer isso em uníssono.

"Uau! Vocês dois parecem estar muito em sincronia", comentou a senhora, rindo.