Capítulo 5 A Voz na Escuridão

Era uma noite sombria e tempestuosa. O vento uivava e a chuva caía em rajadas contra as janelas. Eu estava sentado em minha cadeira na sala de estar, tentando me aquecer com uma xícara de chá quente quando ouvi a voz. Era uma voz fraca e trêmula, como se viesse de muito longe. Eu me levantei, curioso para descobrir de onde vinha a voz. Segui o som até o porão escuro e úmido.

A voz parecia ficar mais forte à medida que eu descia as escadas em direção à escuridão. Aos poucos, comecei a distinguir as palavras que a voz murmurava. Ela dizia: "Socorro! Socorro!" repetidamente, como se fosse um chamado de socorro.

Eu estava ficando assustado. Quem estava pedindo ajuda? Seria alguém preso no porão? Eu continuei descendo as escadas, tentando ver alguma coisa na escuridão. Foi quando eu tropecei e caí. Quando me levantei, percebi que algo estava errado. Eu não estava mais no porão da minha casa, mas em um lugar estranho e desconhecido. Era uma caverna escura e úmida, e a voz ainda chamava por socorro. Eu comecei a me mover na direção da voz, cada vez mais assustado. A voz agora parecia mais próxima do que nunca. Eu finalmente a encontrei.

No meio da caverna, havia um poço profundo. A voz vinha de lá de baixo. Eu me aproximei do poço e gritei: "Quem está aí? O que aconteceu?" A voz respondeu: "Sou eu, seu pai. Eu caí no poço e não consigo sair. Por favor, me ajude!" Meu pai havia morrido há anos. Eu comecei a tremer de medo e comecei a correr de volta para a escada. Quando subi as escadas, percebi que a porta do porão estava fechada e trancada. Foi quando eu ouvi a voz novamente, dessa vez sussurrando no meu ouvido: "Não pode fugir. Eu preciso de você aqui."

Eu comecei a gritar, batendo na porta do porão e implorando para que alguém me ajudasse. Mas a voz continuava a sussurrar no meu ouvido, cada vez mais alto e mais insistente.

Eu fiquei preso na escuridão, com a voz sussurrando no meu ouvido por horas intermináveis, até que finalmente desmaiei. Quando acordei, eu estava de volta à minha casa. Eu nunca mais entrei no porão novamente, mas a voz ainda me assombra todas as noites.

                         

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