Claire - Uma nova obsessão
img img Claire - Uma nova obsessão img Capítulo 2 Claire Jude Morris
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Capítulo 6 Quem é Liam Stevens img
Capítulo 7 O monstro que eu sou img
Capítulo 8 Você tá a fim dele img
Capítulo 9 O que eu devo fazer img
Capítulo 10 Eu acho que precisamos conversar img
Capítulo 11 Uma ligação pela madrugada img
Capítulo 12 Um bêbado apaixonado img
Capítulo 13 Convite recusado img
Capítulo 14 Amigos img
Capítulo 15 Uma taça de vinho img
Capítulo 16 Dispensada img
Capítulo 17 Eu vou te ajudar img
Capítulo 18 Eu esperava mais dele img
Capítulo 19 Acordo entre CEOs img
Capítulo 20 Conversa entre amigos img
Capítulo 21 O primeiro abraço img
Capítulo 22 Primeiro dia na emergência img
Capítulo 23 Reunião com o papai img
Capítulo 24 Você não está sozinha img
Capítulo 25 Rejeição img
Capítulo 26 Pode contar comigo img
Capítulo 27 Velhos hábitos img
Capítulo 28 Uma pessoa ruim img
Capítulo 29 A escolha (pt.1) img
Capítulo 30 A escolha (pt. 2) img
Capítulo 31 Fim da linha img
Capítulo 32 Tudo novo, vida nova. img
Capítulo 33 Um dia sem Claire é como mil dias no fundo do poço img
Capítulo 34 Os Jenkins img
Capítulo 35 Uma nova aliada img
Capítulo 36 Despedida de solteira img
Capítulo 37 Um beijo de amor verdadeiro img
Capítulo 38 Você me transformou em alguém melhor img
Capítulo 39 Você me transformou em alguém melhor img
Capítulo 40 Você não me amava img
Capítulo 41 Minha maior alegria img
Capítulo 42 Amigas para sempre img
Capítulo 43 Implorando pela vida img
Capítulo 44 Enteada img
Capítulo 45 Pode contar comigo img
Capítulo 46 O caminho até o perdão img
Capítulo 47 Empatia pelo inimigo img
Capítulo 48 Noite das meninas img
Capítulo 49 Flores para as minhas meninas img
Capítulo 50 Primeira D.R img
Capítulo 51 Desentendimentos img
Capítulo 52 Você tem uma escolha img
Capítulo 53 Sem forças para lutar img
Capítulo 54 Luto img
Capítulo 55 Minha salvação img
Capítulo 56 O amor verdadeiro tudo suporta img
Capítulo 57 Meu maior sonho e o pior pesadelo dela img
Capítulo 58 Perdida img
Capítulo 59 Claire e suas inseguranças img
Capítulo 60 A batida do pequeno coração img
Capítulo 61 Manhã de natal img
Capítulo 62 E o nosso final feliz img
Capítulo 63 Epílogo img
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Capítulo 2 Claire Jude Morris

Claire – Uma nova obsessão

Capítulo 2 – Claire Jude Morris

Liam Stevens

Eu não consigo explicar o que aconteceu. Todo o meu mundo girou em volta da moça de baixa estatura que eu encontrei no elevador mais cedo. Claire permeou meus pensamentos antes, durante e depois de todas as duas cirurgias que tive ao longo do dia.

- Conseguiu o que te pedi? - Pergunto para Susan escorando-me em sua mesa pouco antes do seu horário de saída.

- Como sempre. - Ela sorri vitoriosa e me estende o envelope de papel pardo. - Entreguei aquele papel de alta que a sua terapeuta te deu. Seus advogados disseram que amanhã te retornam com uma resposta.

Um pai não deveria ser impedido de ver sua filha por meses como eu fui. No mínimo, se eu dei a eles um atestado, eles deveriam liberar imediatamente minhas visitas à Chloe.

- Obrigado. - Seguro o papel e volto para minha sala onde me tranco.

Eu não consigo me controlar. Eu quero saber mais sobre Claire, quero saber muito mais sobre a mulher de olhar tão marcante que me fez pensar nela o dia inteiro. Quero saber mais sobre tudo que a torna tão inocente, meiga, mas ao mesmo tempo tão atrevida.

Tudo está começando novamente. O mesmo sentimento de ansiedade, aquela curiosidade, vontade de saber toda a vida da pessoa em apenas um segundo, vontade de estar perto, fazê-la sorrir, escutar suas risadas... O mesmo sentimento de estar mergulhando de cabeça em uma piscina.

Antes de abrir o envelope e saciar minha curiosidade sobre a vida da menina, vou até a minha mesa e sento-me sobre a minha cadeira. Respiro fundo, livro-me do meu jaleco, abro alguns botões da minha blusa social e, só então tiro os papéis do envelope pardo.

- Claire Jude Morris, vinte e cinco anos... - Leio atentamente o currículo da moça.

Ela é nova, bem nova.

- Passou como primeira da turma do seu curso de Psicologia, se formou com honras no colegial... Aluna exemplar e... - Meus olhos percorrem outra informação importante. - Solteira. - Meus olhos continuam lendo palavra por palavra do papel e, pouco mais abaixo do seu estado civil, o endereço de sua residência.

Respiro fundo, largo o papel sobre a mesa e levanto-me da cadeira secando minhas mãos que começaram a suar. Andando de um lado para o outro, eu só consigo lembrar-me de todas as sessões de terapia e as palavras de Liza direcionadas a mim.

''Nem todas as mulheres são como a sua mãe.''

''Você não precisa agir como o seu pai.''

''Liam, você é você. Precisa confiar em si mesmo e controlar seus impulsos.''

Depois de escutar a voz de Liza ecoando na minha cabeça em mais um de seus sermões dotados de sua extrema razão, volto até minha mesa às pressas, pego o papel com o currículo da moça, o amasso e jogo o mesmo dentro da lixeira como se o papel estivesse contaminado.

O problema não é o papel, o problema sou eu mesmo.

Eu não posso me dar ao luxo de recair. Eu preciso ser mais forte que minha impulsividade...

Sem vontade nenhuma de dar chance para que eu mude de ideia, pego meu paletó, minha maleta e saio da minha sala. Vejo a recepção, já está escura e vazia. Susan já se foi, me deixando só no andar. Quando verifico as horas no relógio de parede, vejo que já passa das sete da noite e só então compreendo o ambiente deserto. Caminho pelo corredor, aperto o botão do elevador que não demora a atender o meu chamado. Entro na grande caixa de metal, antes vazia, aperto o botão que se refere ao subsolo e a porta se fecha descendo os andares. Cantarolo alguma musiquinha de desenho infantil e fecho os olhos tentando recordar-me de Chloe, minha filha, para que eu não tenha espaço nos meus pensamentos para a moça de mais cedo.

Infelizmente, sinto um impulso no meu corpo. O elevador para e abre as portas, fazendo-me abrir os olhos em um instinto de defesa contra prováveis surpresas. E... para minha surpresa, por estranha coincidência, Claire entra no elevador.

Não consigo ver seu olhar já que sua cabeça está baixa. Escuto um fungar vindo de sua direção e isso só me deixa ainda mais inquieto e preocupado.

Por que ela tinha que aparecer? Eu não deveria estar sentindo o que estou sentindo...

A moça que distribuía sorrisos hoje cedo não parece tão alegre... O que deve ter acontecido?

- Dia ruim no trabalho? - Pergunto e rapidamente tiro do bolso do meu blazer um lenço, estendo na direção da moça e espero que ela aceite.

- Obrigada. - Ela levanta sua cabeça, pega o lenço e enxuga seu rosto molhado pelas lágrimas.

Seus olhos perderam todo brilho que tinham mais cedo, seus olhos estão em um tom mais escuro, quase castanhos, agora sem vida e em sua volta, possuem um tom avermelhado que me deixam ainda mais apreensivo.

- Dia péssimo, aliás. - Ela força um sorriso, mas eu sei que não há verdade nele. Ela apenas está sendo irônica.

A mulher não tem tempo de terminar seu desabafo, logo chegamos ao subsolo e ela parece cair em si de que não está no local desejado. Sei disso, pois vejo o jeito como bufa estressada e a sua mão vai à sua testa. É instantâneo, eu rio.

- Até você? - Ela me olha com a testa franzida e um olhar bem raivoso.

- Vamos fazer assim? Eu te pago uma bebida e escuto suas lamúrias. - Proponho.

- Eu não sei... - Ela parece analisar a situação enquanto olha para o visor do celular.

Ela está esperando alguém? Tem algum compromisso? Alguém a esperando em casa?

- A não ser que você tenha algo para fazer, aí...

- Eu nem te conheço. - Ela diz quando conclui, me levando a acreditar que tem medo. - E eu não vou mesmo entrar em um carro com um estranho. - Declara. - Nada contra o senhor, ok?

- Sem essa de senhor. - Rio de lado. - E, olha, eu posso deixar minhas coisas no carro e podemos ir andando até um pub que tem na esquina.

- Eu não bebo nada alcoólico, acho que é perda de tempo. - Ela balança a cabeça um tanto envergonhada e coça a nuca.

- Tem uma cafeteria aqui na frente também. - Dou a ela uma solução. - A gente pode ir para onde você preferir, eu só não acho que devo deixar alguém triste ir embora sem nem ouvir.

- Não é problema seu, sabia? - Ela abre um sorriso largo. - Você é do tipo que tenta ajudar todos e ignora os próprios problemas? - Ela dá um passo em minha direção e me olha nos olhos.

Não é que ela acertou mesmo?

- Talvez. - Devolvo-lhe o mesmo sorriso desafiador. - Você pode descobrir tomando um café comigo. - Dou de ombros.

Com uma risada tão gostosa quanto a risada de um bebê, Claire se dá por vencida e assente com sua cabeça aceitando meu convite. Sendo assim, em passos largos, eu alcanço meu carro no qual eu abro, deixo minha pasta, meu paletó e arrumo minha blusa de forma que eu me sinto muito mais à vontade sem a gravata e com alguns botões abertos.

- Podemos ir. - Me coloco ao lado da mulher que cruza os braços e segue a caminhada ao meu lado.

            
            

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