Império Destruído
img img Império Destruído img Capítulo 1 Prólogo
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Capítulo 6 Quinto Capítulo img
Capítulo 7 Sexto Capítulo img
Capítulo 8 Sétimo Capítulo img
Capítulo 9 Oitavo Capítulo img
Capítulo 10 Nono Capítulo img
Capítulo 11 Décimo Capítulo img
Capítulo 12 Décimo Primeiro Capítulo img
Capítulo 13 Décimo Segundo Capítulo img
Capítulo 14 Décimo Terceiro Capítulo; Parte Um img
Capítulo 15 Décimo Terceiro Capítulo; Parte Final img
Capítulo 16 Décimo Quarto Capítulo; Parte Um img
Capítulo 17 Décimo Quarto Capítulo; Final img
Capítulo 18 Décimo Quinto Capítulo img
Capítulo 19 Décimo Sexto Capítulo img
Capítulo 20 Décimo Sétimo Capítulo img
Capítulo 21 Décimo Oitavo Capítulo img
Capítulo 22 Décimo Nono Capítulo img
Capítulo 23 Vigésimo Capítulo img
Capítulo 24 Vigésimo Primeiro Capítulo img
Capítulo 25 Vigésimo Segundo Capítulo img
Capítulo 26 Vigésimo Terceira Capítulo img
Capítulo 27 Vigésimo Quarto Capítulo img
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Capítulo 29 Vigésimo Sexto Capítulo img
Capítulo 30 Vigésimo Sétimo Capítulo img
Capítulo 31 Vigésimo Oitavo Capítulo img
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Capítulo 33 Trigésimo Capítulo img
Capítulo 34 Trigésimo Primeiro Capítulo img
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Capítulo 36 Trigésimo Segundo Capítulo: Parte Dois img
Capítulo 37 Trigésimo Terceiro Capítulo img
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Capítulo 40 Trigésimo Sexto Capítulo img
Capítulo 41 Trigésimo Sétimo Capítulo img
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Império Destruído

Nany Silva
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Capítulo 1 Prólogo

Queria matar o passado, mas ele que me matou.

A chuva caía em gotas grossas, machucando peles sensíveis como de crianças. O som do impacto das gotas com o chão, o vento balançando as árvores ocultava o barulho do choro baixo e dolorido da garotinha sentada encolhida debaixo da videira que plantou com seu pai quando ainda era mais nova.

Estava frio, mas não se importava menos. Apenas queria morrer como ele e seu irmão, queria acabar com sua dor que eles tentaram resolver. Achava injusto ter ficado enquanto eles partiam, quando foi por ela que estavam mortos.

Se culpava por causas deles. E ninguém sabe se um dia se auto perdoaria.

Abraçou mais forte as pernas, escondendo o rosto nos joelhos mordendo os procurando de alguma forma transformar sua dor em física. Tenta gritar, porem mais uma vez sua voz fica presa na garganta quando mais precisa.

Ninguém a entendia, sua dor, sua culpa ultrapassavam as barreiras impostas por outros. Ela chorava as perdas das pessoas que mais amava, ela chorava pela culpa que corria seu coração.

Assisti quando o último carro de alguém que estava no velório vai embora, a única pessoa que não deveria ter vindo a culpada de tudo aquilo. Encolhe-se mais quando ouve os passos da mãe aproximando-se, impedindo a que toque em seu rosto quando estende sua mão.

- Vamos entrar filha, ficará doente. - Tenta toca-lhe mais uma vez, no entanto, com força sua mão e afastada. - Jade!

- Sai! - Não se esforça em ser delicada. - Não quero ninguém, quero ficar sozinha. Que fique doente quero morrer igual eles!

A mulher de fios escuros e curtos, segura o choro não querendo demostrar mais vulnerabilidade diante da filha. Pensa em tirara-la a força do chão e leva-la para dentro de casa, mas um apertão no seu ombro do homem atrás de si a faz desistir.

- A deixe, vá, falarei com ela. - O tom suave a convenceu e olhando uma última vez para filha se foi. - Jade...

A voz sempre imponente, que assustava homens, que demandava ordens nunca soou tão leve e compassiva como agora, nem parecia pertencer ao dono do maior Império europeu. Não parecia ser Victor Richter, o terno continuava o mesmo alinhado de sempre, mas agora as gostas de chuva desfaziam sua beleza, como lavavam sua expressão séria, seus olhos verdes perderam o brilho, seu sorriso na maioria das vezes arrogante no momento tornou-se compreensivo, contudo Jade não via nada além do que sua dor permitia. Ela só enxergava mais um culpado pela partida do seu pai, mesmo esse homem tendo sido seu melhor amigo.

- Vai você também. - Levanta os olhos para o homem mais poderoso do mundo o encarando com asco. - Tudo isso e por culpa do maldito império que criou, espero que ele caía com todos vocês juntos. Eu odeio vocês!

Victor deu dois passos para trás assustado com o que viu na garota, não lembra de alguma vez na vida ter visto tanto ódio em uma criança, principalmente em Jade que sempre foi tão doce. Parece que a chuva lavou os traços da menininha de fios escuros encaracolados, olhar sonhador e sorriso doce, deixando para trás uma criança amargurada. Nada, nem o brilho azul dos seus olhos existia mais.

- Foi uma fatalidade Jade.

- NÃO FOI, FOI POR CULPA DE VOCÊS - deixa o chão apontando o dedo para o homem que foi o melhor amigo do seu pai. - Eu vou destruir vocês, vou acabar com a Terceira Aliança. Um por um, vai cair. Não vou parar até acabar com tudo.

            
            

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