Débora estava pensativa desde que saiu de casa, ela não viu Carlos nem as duas irmãs mais jovens, o que será que poderia ter acontecido.
- Débora achei...
Lia entrou sorrindo em uma loja arrastando Débora pelos braços.
- É esse definitivamente, esse é o vestido que eu e sua mãe ficávamos falava, bem não exatamente esse, mas pensado bem esse é um pouquinho melhor.
Débora olhou o vestido realmente era encantador havia pedras preciosas espalhados por todo tecido, o brilho que o vestido proporcionava era de se admirar.
- Tem certeza senhora Lia.
- Sim querida, prove quero vê como fica em você.
A vendedora pegou o vestido e a levou até o provador, realmente era incrível parecia um conto de fadas.
Olhando para o vestido Débora se lembrou quando disse a Damon que se casaria com ele.
" Damon eu deixei você ir, e ontem fiquei encantada por Carlos, mas agora porque estou pensando em você enquanto uso o vestido que irei usar para me casar com outro homem..." Débora estava a frente do espelho perdida em pensamentos.
- Débora precisa de ajuda.
- Não senhora Lia está tudo bem.
Débora abriu a porta do provador e saiu...
-Nossa é esse sem dúvidas. Vamos dá os últimos ajustes e leva-lo, você vai ser a noiva mais linda dessa cidade, e eu sou a sogra mais sortuda.
Débora sorriu se lembrando da noite passada, o gosto do beijo e o perfume do homem ainda estavam nela, ela podia sentir até seu toque, seu rosto corou de repente ela se sentiu quente.
Balançando a cabeça Débora saiu de seus desvaneios...
Esse homem é um perigo!
- E Carlos, ele não vai achar exagero?
Débora olhou para o modelo do vestido, era bonito mas um pouco demais.
- Você gostou querida?
- Acho que sim.
A mulher ainda estava indecisa tocando o vestido ali e aqui.
- Se você gostou então vamos levar e pronto, garota boba Carlos vai adorar te ver assim, vai por mim eu conheço o meu filho.
Débora sorriu ao se lembrar da noite passada, quão desavergonhada ela foi, como ela pode beija-lo tão inesperadamente.
-Vamos para casa, Carlos deve está esperando.
- Sim mãe.
...
Enquanto isso, em um escritório um homem digitava em seu computador pacientemente, o homem estava confiante e parecia estar de bom humor.
Até que um furacão chamado Vanusa resolveu tirar a paz de Carlos.
- Precisamos conversar!
A porta foi aberta de repente, e uma jovem com trajes de dormir entrou pisando alto.
- Bom dia pra você também.
O homem bonito sorriu ao ver sua irmã descabelada e de mal humor tão cedo.
- Carlos deixa eu te contar sobre ontem, essa mulher não gosta de você, ela é igualzinha a Ingrid, não igualzinha não, pior ela é pior que a Ingrid.
Carlos esfregou as têmporas doloridas, sua dor de cabeça iria começar cedo, ele sabia que quando Vanusa colocava algo na cabeça não tirava por nada.
- Eu já resolvi esse assunto.
- Então não haverá mais casamento.
A garota deu pulos de alegria.
- Vanusa?
A voz do homem foi como um estrondo que fez a pele de Vanusa se arrepiar.
Carlos era um irmão magnífico, mas quando saia de si, era melhor ninguém ficar por perto.
-Eu já estou sabendo do que se trata a ligação, então não se intrometa nós meus assuntos.
- O que ela disse a você?
O homem olhou seriamente para a jovem em sua frente, que garota teimosa.
- Eu e Débora recomeçamos ontem a noite, então o que aconteceu no passado é passado, você me entendeu, não quero mais ouvir falar desse assunto, eu errei com Débora e somente ontem eu pude enxergar isso, se você não entende desses assuntos então fique longe, para o seu bem.
- Tudo bem, mas eu ainda não gosto dela.
- Você não precisa gostar apenas a respeite, assim como ela vai respeitar você.
Vanusa cruzou os braços, olhou seriamente para o irmão e disse palavras por palavras lentamente.
- Homens...Quando ela te largar para fugir com aquele cara, você irá ver que eu tenho razão, meu irmão você pode ser bonito, mas não tem o poder de sondar um coração...
E outra ela ainda mantém o contado de um homem que ela chama de Meu, enquanto está presta a se casar com você... Você realmente é tão tolo para cair nessa?
Carlos observou as palavras da irmã atentamente, em alguns aspectos ela tinha razão.
Que homem ele seria se deixasse, sua futura ser levada descaradamente.
Ele precisava ter uma conversa com esse homem rapidamente.
A garota saiu do escritório batendo a porta e se dirigiu diretamente para o seu quarto, com a porta do escritório fechada Carlos voltou a pensar em como ele poderia agir.
...
Na cozinha o telefone tocou, e o velho mordomo atendeu:
- Venha ao meu escritório.
Alguns minutos se passaram, até um velho senhor se apresentou na frente de Carlos.
- O que deseja senhor?
- As fotos que foram me enviadas semana passada de Débora com...
O homem levantou levemente uma sombrancelha, seus olhos brilhavam e um sorriso zombeteiro apareceu em seus lábios finos.
- Sim senhor, o que quer saber.
- O que aconteceu na verdade, não tive tempo para especular este assunto, mas agora estou interessado.
O homem se movia de um lado para o outro na cadeira do escritório, enquanto uma de suas mão, rodavam lentamente uma caneta.
- Senhor apesar da senhorita Débora ser muito jovem, não acho que ela o enganou, tenho certeza que teve ter ocorrido um engano.
- Um engano? Quem está enganado?
Ouvi silêncio...
Carlos era um homem de 29 anos experiente engana-ló seria impossível, parece que ele sentia o cheiro da mentira a quilômetros.
Andrade o conhecia bem, o viu crescer e se tornar o homem de grande sucesso que é, mentir para seu chefe era a mesma coisa de preparar a própria forca.
Mas Débora não havia feito nada de errado, porém era o que o pobre mordomo pensava.
Pobre menina.
Naquela dia após receber as fotos de Damon e Débora, Carlos não quis fazer nada, pois ele sabia que a culpa de todo o acontecido era dele...
Mas agora era diferente, se a ligação era de Damon, isso significava...
Não poderia ser...
Mas se Débora estava disposta a enganá-lo, ele não iria deixá-la fugir tão facilmente.
A mulher teria que aprender uma lição!
- Pode se retirar.
O pobre mordomo, soltou um suspiro de alívio, fechou a porta e se apressou para ficar bem longe de seu chefe.
...
Algumas horas mais tarde, na porta do escritório ouve batidas...
- Entra.
Uma mulher segurando uma bandeja com uma xícara de café, entrou graciosamente, o homem mudou sua postura e observou aquele cena atentamente.
- Está aqui a horas, pensei que gostaria de um café?
- De acordo.
Carlos tomou o gole, enquanto observava a mulher se assentar a sua frente inquieta.
- A algo que lhe incomoda?
- E bom falar sobre isso, na verdade tem algo sim.
- Vá em frente.
O homem largou seus afazeres e prestou atenção na mulher a sua frente.
Ela parecia não sabe o que falar, ou como falar.
Mas porque o assunto era tão difícil de ser pronunciado?
- Sobre ontem... É a ligação, na verdade era apenas um amigo que estava preocupado comigo.
- Eu sei.
A voz do homem era fria, seu olhar penetrava a pele de Débora...
Se aquele olhar fosse uma faca, com toda a certeza lhe feriria a alma.
- Você sabe?
Débora indagou, há algo de errado que ela não sabe, como ele sabe?
- Você tem algo a mais para me falar?
Débora exitou...
Olhando para o homem ela se sentiu culpada.
- Bem está tudo certo para cerimônia, sua mãe é ótima nesse assunto.
- Que bom!
silêncio...
O homem voltou a preencher os papéis enquanto pensava em algo.
- E os convidados?
Ela sorriu por alguns momentos:
- Já está tudo certo com os convites, eles já foram entregues a meses.
- Não vi na lista o nome de um do seus amigos, o que há de errado? Pelo o que eu sei vocês eram bem próximos, ou não?
Débora sabia que naquela época ela já era noiva de Damon...
Se não fosse por Damon, ela já estaria casada com Carlos por muito tempo...
Embora seu relacionamento com Damon fosse conturbado ela ainda insistia, quem sabe um dia ele mudaria...
As vezes o coração nos prega cada peça.
- Eu vou pensar melhor no assunto!
Por mais que especula-se a mulher não falava, ele só queria ouvir dela a verdade.
Se ela dissesse que o afastou a anos atrás por causa de outro cara, ele pensaria em uma maneira de recompensá-la.
Mas ela não só o afastou mas também mentem esse cara por perto até os dias de hoje.
Ele estava disposto a recomeçar, mas parece que o passado estava mais presente que o próprio presente.
Ou ela estava só provando a boa vontade dele.
- Está certo pense com calma.
Carlos esfregou as têmporas doloridas, isso lhe daria uma dor de cabeça maior do que a que ele já estava tendo, ele teria que ser paciente.
Ela estava disposta a se casar com ele, e ele estava disposto a não abrir mão dela.
Mas até aonde ele lutaria por ela
...