Noites Quentes De Verão
img img Noites Quentes De Verão img Capítulo 3 Um homem misterioso
3
Capítulo 8 Atração pelo desconhecido img
Capítulo 9 Grego img
Capítulo 10 Discussão img
Capítulo 11 Confronto img
Capítulo 12 Processo Natural img
Capítulo 13 Você sabe onde me encontrar img
Capítulo 14 Bem, que tal uma trégua img
Capítulo 15 Vamos fingir que isso nunca aconteceu img
Capítulo 16 Acidente img
Capítulo 17 Confusão no hospital img
Capítulo 18 Nocaute img
Capítulo 19 Isso não é justo img
Capítulo 20 Nosso Segredo img
Capítulo 21 Café da manhã e ciúmes img
Capítulo 22 Se afaste da minha mulher! img
Capítulo 23 Ansiedade img
Capítulo 24 Minha Garota img
Capítulo 25 Tarefas img
Capítulo 26 Estrada Perigosa img
Capítulo 27 Estou Apaixonado Por Você img
Capítulo 28 Seja Minha Namorada img
Capítulo 29 Furacão img
Capítulo 30 Boatos img
Capítulo 31 Guerra De Egos img
Capítulo 32 Ponto De Tensão img
Capítulo 33 Ameaça img
Capítulo 34 Aniversário img
Capítulo 35 Polícia img
Capítulo 36 Gritos, Briga e Traição img
Capítulo 37 Perguntas img
Capítulo 38 Quase pegos img
Capítulo 39 Uma noite selvagem (Hot) img
Capítulo 40 Primeiras vezes (Hot) img
Capítulo 41 Um novo membro na família img
Capítulo 42 Final img
Capítulo 43 Agradecimentos img
img
  /  1
img

Capítulo 3 Um homem misterioso

Saio do banheiro sentindo a determinação que estava adormecida em mim, talvez devido à quantidade absurda de álcool que consumi durante a noite.

Um garçom passa por mim, pego uma taça de champanhe e caminho em direção à varanda do salão.

Suspiro antes de tomar um gole da bebida, olho para a paisagem da praia e escuto o som das ondas.

Minha mente vagueia em pensamentos melancólicos e depressivos. A lua refletindo no mar me traz um pouco de paz em meio ao caos que toma conta da minha mente.

Sinto alguém se aproximar, olho para o lado e vejo um homem alto usando um terno azul escuro. Seus olhos pretos estão fixos no mar, e em sua mão há um copo de uísque.

- É uma bela vista, não acha? – Sua voz rouca preenche o espaço.

- Sempre gostei de praias, especialmente em noites de lua cheia. – Sorrio timidamente. – Acho que quem construiu este restaurante escolheu o local perfeito.

O homem me observa por alguns segundos, seu cabelo preto é agitado pela brisa, e ele passa a mão pelos fios lisos, o que o faz parecer ainda mais bonito.

Ele se aproxima do muro e colhe uma rosa vermelha de uma pequena roseira. Seus olhos encontram os meus, e o brilho da lua os torna sedutores.

- É um prazer conhecer uma jovem tão bela quanto você. – O misterioso homem me entrega a rosa e segura minha mão, beijando-a sem quebrar o contato visual.

Minhas bochechas coram, e um arrepio percorre minha pele quando sua mão toca meu pulso.

- Pode me dizer o nome dessa linda mulher? – Sua voz rouca parece me hipnotizar, e sinto como se meus pés não tocassem o chão.

Tomo o último gole do champanhe, e minha boca fica seca devido ao nervosismo.

- Eu... eu... – Gaguejo e suspiro. – Eu me chamo Anna.

Seu rosto é difícil de ler, sempre com expressões neutras e um olhar sedutor. Seu maxilar bem definido o torna atraente, com a barba curta, lábios volumosos e rosados que lhe dão um toque especial.

Embora a brisa esteja fria, sinto o calor percorrendo meu corpo.

Acho que observei seus lábios por muito tempo, pois agora ele sorri de forma maliciosa. Desvio o olhar para a festa e vejo Priscila dançando enquanto beija o homem misterioso. Sorrio de lado.

- Pelo visto, sua amiga está se divertindo bastante. – Ele comenta com humor. – Quer dar uma caminhada pela praia e esquecer um pouco essa festa?

O olho, e ele estende a mão com um sorriso convidativo. Aceito, segurando sua mão timidamente.

Ele abre o pequeno portão da varanda, e descemos a escada correndo. Meus saltos afundam na areia, e sem soltar sua mão, tiro meus sapatos e os deixo na escada. Corremos em direção ao mar, e ele me puxa para a água.

- Você é maluco! – Grito entre risadas. – Vamos ficar molhados!

Sua risada faz o ambiente parecer mais leve. Sem nenhum aviso, ele me pega no colo e entra no mar, molhando seu terno caro.

Minhas risadas histéricas são abafadas pelo som das ondas.

- Um pouco de água não vai nos matar. – Ele fala entre risadas. – Deveria relaxar um pouco.

Estamos claramente embriagados, agindo como duas crianças brincando na praia. Nossas gargalhadas são abafadas pelo som do mar.

Caímos no chão, e seu corpo fica sobre o meu. Sua boca está a centímetros da minha, e seus olhos me encaram com desejo.

Em um impulso de mistos de emoção, o puxo pela gola e faço nossos lábios se tocarem. Sua boca se abre, e sua língua pede passagem. Abro minha boca permitindo que ela entre. Nossas línguas se encontram, e solto um gemido ao sentir o gosto de canela. Sua língua explora minha boca com desejo, minha perna se apoia em sua cintura, e sua mão vai para minha nádega, apertando-a. Minhas mãos passam suavemente as unhas por sua nuca, e ele solta um suspiro.

Sua mão passa pela minha perna e a abre, movendo-se lentamente pela parte externa da minha coxa e apertando-a.

Céus, estou quase transando na praia com um desconhecido! O empurro, e seus olhos me encaram confusos.

- Me desculpa, eu geralmente não tenho relações casuais... – Quebro o contato visual, e minhas bochechas queimam. – Céus, eu não costumo sair por aí aos beijos com desconhecidos. Acho que devo ter bebido demais.

Ele suspira e se levanta. Nossos olhares se encontram novamente, e ele oferece a mão para que eu me levante, timidamente aceito.

- Eu entendo você, também não sou um homem de relações casuais. – Seu sorriso me tranquiliza.

Sou puxada pela cintura, aproximando nossos corpos, e seus olhos brilham com um sorriso malicioso, causando arrepios em mim.

- No entanto, não posso negar que foi bom sentir seus lábios nos meus e seu corpo em minhas mãos. – Seus lábios sussurram em meu ouvido antes de me soltar.

Corada, vejo-o andar em direção ao restaurante. Fico sem reação por alguns segundos.

Ao vê-lo subir a escada da varanda, tenho a completa certeza de que estou totalmente bêbada.

Passo as mãos em meu rosto e olho para o oceano. Que tipo de pessoa eu sou? Basta apenas uma mistura de emoções para que eu faça algo que é totalmente contra o que eu sou?

Subo a escada após colocar meu salto, o procuro pelo ambiente, mas não o encontro. Sinto uma leve curiosidade em mim, mas ela é logo apagada com a chegada da mensagem de Igor avisando que havia chegado para me buscar.

Ando em direção à saída do salão, recebendo alguns olhares curiosos por estar encharcada e com areia em meu corpo, apenas sorrio escondendo minha vergonha.

- Minha nossa, te procurei a noite inteira. – Priscila fala se aproximando, e isso me assusta. – Pelo jeito você resolveu dar um mergulho noturno.

Sua risada brincalhona faz minha bochecha corar.

- Não é isso... Tive uma noite difícil. – suspiro. – Otto apareceu aqui para jogar em minha cara toda sua vida perfeita.

Seus olhos se arregalam e uma expressão de raiva surge em seu rosto.

- Não acredito que aquele verme nojento apareceu aqui. – sua voz soa como um rosnado furioso.

- Ele ficou noivo daquela... – fecho os olhos e suspiro. – Eles vão ter um bebê.

Priscila me olha com tristeza, sua mão passa em meu ombro de um jeito protetor.

- Oh amiga... nem imagino como deve estar sua cabeça. – Ela fala com tristeza enquanto acaricia meu ombro.

- Sabe a pior parte? – ri amarga. – Ela engravidou enquanto namorávamos ainda. Ela está grávida de 4 meses.

Priscila passa a mão em seu rosto e bufa irritada tentando reprimir sua raiva, era evidente seu ódio.

- Como eu odeio esse cara! – ela fala andando de um lado para o outro. – Ele é um miserável!

As pessoas olhavam a cena curiosas, sinto minhas bochechas esquentarem e a vergonha tomar conta de mim.

- Ei, calma. – seguro seus ombros. – Vamos sair daqui, que tal?

- Não dá... você sabe que estou responsável pela recepção dos convidados e apresentação dos artistas do show da noite. – Seu olhar se torna cansado e ela suspira antes de me dar um abraço.

- Você vai se sujar! – falo nervosa. – Estou molhada e coberta de areia!

Priscila desfaz o abraço e sorri gentil, o brilho voltou ao seu rosto.

- Sempre preocupação com as pessoas. – ela aperta minha bochecha. – Você é uma fofura.

Um homem alto e elegante se aproxima de nós e fala algo baixo o suficiente para que apenas Priscila escute; Priscila concorda com a cabeça, e ele se afasta.

- Mon amour, peço desculpas. – seu sorriso cresce em seu rosto. – Mas chegou a hora de apresentar as atrações da noite.

- Tudo bem, já estava de saída. – olho a tela de bloqueio do meu celular. – Acho que a essa hora o motorista da agência já deve ter chegado.

Me despeço de Priscila e antes de sair do salão, dou uma última olhada ao redor em busca do homem misterioso, mas não o encontro.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022