Capítulo 3 Vida pós-casamento

Karen voltou ao escritório do departamento de vendas e ouviu seus colegas discutindo sobre o novo chefe. Todos tinham algo a dizer, como se o conhecessem muito bem.

Quando sua colega, May Lily, a viu, ela se apressou e disse: "Karen, você tem muita sorte de ser a primeira a trabalhar lado a lado com o chefe."

Karen sorriu levemente e disse: "É só trabalho. Mesmo que estivéssemos lado a lado, só trabalhamos. Se você achar que pode trabalhar bem com ele, você pode pedir ao nosso gerente para colocá-la para trabalhar para o chefe futuramente."

May rapidamente acenou com a mão e disse: "Embora nosso novo chefe seja bonito e charmoso, por causa dos seus olhos e carisma, não tenho coragem de abordá-lo."

"O novo chefe virá para uma inspeção de rotina. Voltem para suas posições e façam o que devem fazer!" Disse Sunnie Olsen, a gerente do departamento de vendas, entrando no escritório e repreendendo seus subordinados.

O novo chefe estava vindo inspecionar! Ao ouvir essa notícia, Karen não pôde deixar de engolir em seco de medo. Ela estava tão nervosa que seu coração estava prestes a pular da garganta, ainda precisava de um tempo para digerir o fato de que seu novo marido, Kevin, era o novo chefe da empresa. Ela não estava pronta para enfrentá-lo por um tempo.

Todos os outros colegas voltaram aos seus lugares, exceto Karen, que ainda estava parada ali, atordoada. Sunnie olhou para Karen e perguntou: "Karen, você não tem mais nada para fazer?"

"Estou bem." Karen voltou a si e cerrou os punhos em silêncio. Ela rapidamente voltou ao seu lugar e ligou o computador para verificar as informações de um cliente.

Depois de um tempo, a campainha do elevador tocou a Kevin, cercando por um grupo de pessoas, apareceu novamente diante de Karen. Felizmente, Kevin veio apenas cumprimentar os funcionários do departamento. Após ouvir o relatório rápido de Sunnie, ele conduziu o grupo de pessoas embora. Depois que ele saiu, o departamento tornou-se barulhento novamente. Mesmo Sunnie, que geralmente era muito séria, não podia deixar de fofocarcom todos.

O único assunto sobre o qual conversava era se esse belo chefe era solteiro ou casado. Karen ouvia a discussão sem dizer nada. Apenas se perguntava se seria esfolada viva por esse grupo de mulheres se soubessem que seu nome estava escrito como sua esposa na certidão de casamento do chefe.

Essa dia tenso de trabalho finalmente havia passado. Karen se arrumou para ir embora depois que todos os seus colegas de trabalho já haviam partido. Quando ela terminasse seu trabalho durante o dia, que tipo de mentalidade ela deveria ter para enfrentar Kevin à noite? Karen realmente não sabia o que fazer. Ela nem sabia se deveria voltar para sua "casa" com Kevin.

Já fora do prédio, Karen costumava virar à direita em direção à entrada B do metrô. Depois de caminhar um pouco, ela se lembrou de que agora estava morando com seu novo marido.

O apartamento de Kevin não era muito longe de Tech Valley. Três paradas de ônibus cerca de meia hora a pé a levariam até lá. Karen olhou para a hora. Agora eram apenas cinco horas. De qualquer forma, ela não havia descoberto como enfrentar Kevin, então escolheu ir para casa a pé, assim poderia refletir sobre o que havia acontecido entre eles.

Ao longo de Tech Valley, Karen decidiu comprar alguns vegetais e carne no supermercado mais próximo. Por maiores que fossem os problemas, encher o estômago ainda era a maior prioridade. Ela não sabia o que Kevin gostava de comer, então pegou o telefone e quis ligar para ele para perguntar, mas estava preocupada que não fosse conveniente para ele atender o telefone, então ela o colocou de volta na bolsa. Pegou os ingredientes e os levou para casa.

Ao se aproximar do elevador do apartamento, ela viu uma figura familiar. O homem estava de frente para o elevador, muito ereto. Ele usava um terno cinza claro.

A estatura de Kevin era muito robusta. De longe, ele parecia muito bonito. Karen ainda não entendia por que um homem tão notável, que era o chefe de uma grande empresa, iria num encontro às cegas e era ela a garota de sorte escolhida.

"Você voltou." Karen se aproximou e tentou cumprimentá-lo casualmente.

"Sim." Kevin olhou para ela. Ele não mudou sua expressão, ainda estava um pouco indiferente.

Karen mostrou-lhe um sorriso breve e ficou ao lado dele. Ela o olhou e sentiu que ele parecia um pouco diferente hoje. Ela não conseguia descobrir o que exatamente estava diferente. Ela o olhou com o canto do olho. Acontece que ele estava usando óculos com uma moldura dourada hoje, o que o fazia parecer mais calmo e contido.

Karen suspirou silenciosamente. Esse homem novamente tinha falado apenas algumas palavras ao encontrá-la hoje. Ele geralmente falava muito delicadamente. Ela não sabia o que fazer, mas queria preencher a lacuna entre eles. Agora que ela conhecia sua identidade chocante, mas verdadeira, ela não sabia como se aproximar dele. Enquanto pensava nisso, Kevin de repente estendeu a mão em sua direção, mas ela deu um pequeno passo para trás, inconscientemente, para manter distância dele.

"Vou carregar isso para você." Disse ele, calmamente. Ele não estava com raiva, embora ela tivesse mantido distância. Em vez disso, ele casualmente pegou a sacola.

Karen sentiu seu rosto queimar. Ele só queria ajudá-la a carregar a bolsa, mas ela estava pensando muito. Ela olhou para o braço forte de Kevin, carregando a grande sacola sem esforço. Um sentimento caloroso atingiu seu coração. Ela pensou com otimismo: "Mesmo que não haja amor, mesmo que ele seja o chefe da empresa, desde que os dois pudessem se dedicar a administrar esse casamento, tudo ficaria bem."

Os dois entraram no elevador e ninguém disse uma palavra. Depois de voltar para casa, Kevin colocou as coisas na cozinha e disse despreocupadamente:

"Não sei cozinhar. Vou ter que incomodá-la esta noite."

"Pode ir trabalhar. Deixe a cozinha comigo." Karen guardou a sacola, tirou o casaco e vestiu o avental.

"Obrigado." Disse ele, calmamente.

"Não precisa de agradecer." Karen forçou um sorriso, sentindo-se um pouco estranha.

Eles já eram marido e mulher, mas a maneira como se relacionavam era como dois estranhos. Ela achava que era razoável uma esposa cozinhar para o marido, mas a maneira como ele conversava criava uma distância entre os dois. Mesmo que o casamento deles não fosse baseado no amor, a interação deles não deveria ser tão distante. Ela não pensou mais tanto nisso, virou-se e foi para a cozinha. Lavou rapidamente o arroz e o colocou na panela. Então ela separou os vegetais e os lavou...

Depois de um tempo, com o canto do olho, ela viu uma figura alta parada na porta da cozinha. Ela se virou e perguntou: "O que foi?"

"Se precisar de ajuda, por favor, me diga." Kevin ficou imóvel. Seu tom ainda era calmo, mas parecia um pouco angustiado.

"Espere um minuto. Terminarei logo!" Karen colocou a cabeça para fora e olhou para o relógio pendurado na parede da sala. Já eram 19h30 e ele devia estar morrendo de fome.

Ela pensou consigo mesma: "Devo voltar logo depois do trabalho amanhã. Deveria fazer os pratos mais cedo para que ele possa comer imediatamente ao chegar em casa." Não importa quem era Kevin, este casamento era sua própria escolha. Ela deve fazer o seu melhor para torná-lo bom.