Capítulo 2 A cegonha

Era uma tarde ensolarada e comum para a diretora Alba que estava como sempre sentada em sua mesa escrevendo importantes cartas, quando ouviu um som suspeito vindo da janela, porém Alba é uma mulher concentrada e muito lógica, imaginou que fosse apenas um pássaro ou o vento e sem nem ao menos olhar para onde vinha o som e continuou a escrever, afinal uma diretora não tem tempo para bobagens, mas o barulho começou a perturbá-la e sem pensar duas vezes, ela se levantou e foi até a janela, pronta para espantar o pássaro que a perturbava.

- Senhorita Alba! - Uma voz doce a chamou antes que ela chegasse até a janela.

- Disse que não devia me perturbar Lurdes. - Disse Alba se esquecendo do que iria fazer e voltando para seu lugar.

- Mas é importante. - A mulher que falava tinha no máximo 1,30 de altura e olhos grandes e verdes, seus cabelos de uma laranja vibrantes, usava um belo vestido rodado da cor azul escuro, quem a visse poderia jurar ser uma fada. E ainda mais tão perto de Alba que era uma mulher de 1,90 de altura, cabelos negros e sempre presos seus olhos lembravam o fundo de um oceano e suas vestes sempre eram em tons escuros. A diretora que era sempre acusada de ser muito estressada estava particularmente estressada naquele momento

- Lurdes diga logo estou muito ocupada. - Disse a diretora voltada para suas cartas.

- Mas... Tenho que te contar...

- Chega! Diga logo o que tem que dizer e se vá. - Ela gesticulou com a mão, para que Lurdes se fosse, ela não tinha tempo para bobagens, tinha que organizar os quadro de professores, e isso era algo estressante, pois sabia que ninguém ficaria satisfeito com os horários e que passaria o ano letivo reclamando, de como não tinham tempo para nada.

- É que do meu escritório dar para ver sua janela e...

- Não me diga que esse é um assunto tão importante?!- Alba levanta uma de suas largas sobrancelhas e Lurdes sabe que isso significava que a paciência da diretora estava no limite.

- Senhorita Alba, mas é que...

- Não me importo em nada que tenha a me dizer sobre a minha janela, vá logo cuidar de seus afazeres que suponho não serem poucos.

- Claro que não, mas...

- Ora Lurdes! Terei que te expulsar do meu escritório? - O olhar profundo e as sobrancelhas juntas, fizeram Lurdes recuar.

- Não precisa. - Lurdes disse triste, queria muito dizer a diretora sobre a ave que estava em sua janela, mas não queria deixá-la chateada então voltou para seu escritório.

E muito ocupada como Alba era se concentrou novamente no que estava fazendo e já tinha se esquecido do barulho, quando de repente houve uma grande batida na janela, então se levantou novamente pronta para espantar o pássaro que a incomodava tanto, resmungou algumas palavras que nem mesmo ela saberia dizer o que. Abriu sua janela e se assustou quando a ave passou com velocidade pela janela.

- Mas o que é isso! - Gritou assustada, por mais que viesse muito bem, que tivesse certeza do que via, queria muito que alguém dissesse que era engano.

E a ave deixou um pequeno embrulho aos pés de Alba, tão pequeno que por um momento a diretora achou que fosse um presente de seus alunos, mas ao se aproximar pode ver os pequenos traços de uma criança.

- Lurdes! - A diretora gritou sem pensar muito e a criança acordou assustada e começou a chorar, a cegonha que levará a criança se aproximou do embrulho como se quisesse acalmá-la.

Lurdes atravessou correndo pela porta, seus olhos arregalados procurando um invasor, porém quando olhou para o pequeno embrulho no chão chorando, logo se acalmou pegou a criança e sorriu.

- Senhorita Alba tão apavoro por uma cegonha e uma pequenina? - Lurdes pegou a mão do bebê e deu um suave beijo olhou para a cegonha. -Ficaremos com ela sim, pode ir.

- O que está dizendo?! - Alba disse olhando perplexa para a coordenadora.

-Irá abandona essa pequenina Alba?! - Lurdes mostra o rosto arredondado e vermelho da criança que já havia parado de chorar e parecia agora esperar pela a resposta da outra mulher com seus olhos violetas bem atentos.

- Não sabemos da onde veio. - A diretora olhou para a cegonha. - Deve-te nos trazido um bilhete.

A cegonha foi até a criança, Alba compreendeu que a criança estava com o bilhete, abriu a pequena manta rosa que envolvia o bebê, e lá estavam duas cartas ambas com a mesma caligrafia.

ALBA DE ALENCAR DIRETORA RENOMADA DO COLÉGIO MAGIA E PODER

            
            

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