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Oito anos depois
Alba andava de um lado para o outro do seu escritório, seu cabelo que normalmente estava impecável em um coque, agora estava parecendo um ninho de pássaros, ela olhou para o relógio que marcava duas da madrugada, Alba deixou seus olhos cair para o rosto cansado da pequena figura que estava sentada em um dos sofás, a menina tinha cabelos negros e muito cheios que estava tão ruim quanto de Alba, ela não se mexia seu olhos violeta estavam lutando para ficarem abertos, por um momento Alba se esqueceu de que aquela pequenina era o motivo de seu despertar em uma hora que a diretora normalmente gosta de está dormindo.
- Pois bem, me explique de novo, porque estava perambulando o jardim do colégio após o toque de recolher? - A menina que havia repetido mais de uma vez, bufou.
- Queria colher a margarida da meia noite. - Ela disse como se fosse muito óbvio para a diretora não ter compreendido da primeira vez.
- E porque precisa da margarida da meia-noite? - A diretora queria muito compreender o que levaria alguém sair em uma noite chuvosa para pegar uma flor que desapareceria ao amanhecer.
- Não posso falar. - Ela disse como se tivesse já com impaciência. - É segredo, e diretora Alba, não devemos falar segredos.
- Não sairá daqui se não me falar para quer queria a flor?
- Então me deixa deita no sofá? - Ela disse puxando as suas pernas para se deitar. - Estou com muito sono.
- Nada disso. - Alba se preparou para tirá-la do sofá, mas a menina deu um bocejo e fechou os olhos. - Não posso passar a noite acordada diretora à professora Eve disse que isso afeta meu crescimento.
- E sua atitude afeta a minha paz! - A diretora diz olhando para a porta. - Entre Lurdes!!! - Alba fala já cansada de ver a sobra de Lourdes pela flechas da portas.
- Senhora Albas, tenho certeza que a menina deve está sendo acusada injustamente. - A mulher entrou atirando as palavras, mas seu olhar cálido foi para a menina. - Pobrezinha a deixe ir dormir Alba não seja má.
- A inocente como diz... Estava com as mãos cheias de margarida da meia-noite, andando pelo colégio feito uma fugitiva. - A diretora acusa a menina.
- Para que queria as margaridas? - Lurdes olha para a menina.
- Não posso dizer a verdade, mas não ousaria mentir para a senhorita Lurdes, então não me faça tal pergunta. - A menina diz agora atenta olhando para sua salvadora.
- Seja como for. - Lurdes diz olhando para a diretora. - Não acha que pode castigá-la pela manhã?
- É por isso que ela acha que pode fazer tudo como queira nesse colégio, você a protege demais Lurdes, pois bem, amanhã quando o sol nascer a quero aqui em meu escritório ou arrumarei o castigo mais odioso que possa imaginar.
Lurdes rapidamente pegou a meninas, que cinicamente demonstrou alegria por está livre, mas assim que passaram pela porta da sala da sua diretora Lurdes olhou furiosa para a pequena.
- Não tem idade para ter segredos! - A menina que rapidamente fechou a cara, fez um bico e cruzou os braços.
- Quem determina a idade de ter segredos?
- Ora essa agora! - Lurdes disse andando. - Eu digo, não tem idade, mas imagino de quem é a culpa dessa vez.
- Não Lurdes, a culpa é minha.
- Não deve se meter em encrencas. - Lurdes advertiu a menina, que apenas continuou a caminhar ao seu lado sem dizer sequer uma palavra, ela deixou a pequena em seu quarto e voltou para o seu.
A menina não foi dormi como esperado, andou nas pontas dos pés até a porta vizinha deu duas batidas e quando ninguém abriu, ela mesma se deu esse trabalho, com esforço abriu a porta, olhou para o quarto e procurou a cama de Laura, quando localizou com alegria foi lhe mostra a margarida da meia-noite.
- Olhe! - Ela, pôs as margaridas que havia escondido em seu bolso quase no nariz de Laura que acordou assustada.
- Mas o que...
- irá acordar as outras. - A Menina diz, colocando o dedo indicador para silenciar a outra. - Está aqui como me pediu.
- O que é isso?! - A menina olhou para um punhado de flores amassadas.
- A margarida que me pediu, e agora posso ser sua amiga? - A garota que a olhava espantada, sorriu, olhou para as margaridas amassadas.
- Lamento, não foi o que pedi. - Laura disse, a menina que ainda segurava as margaridas em sua mão apenas abaixou seus olhos, por um momento Laura até se sentiu mal, mas isso durou apenas um segundo. - Agora saia do meu quarto Fabu.
- Na próxima eu consigo. - Jurou a menina, se virando para sair.
- Na próxima não me acorde por margaridas amassadas. - Disse Laura, voltando a se deitar.
Fabu voltou para o seu quarto, ela caminhou o mais silencioso possível para sua cama. Ainda segurava as margaridas em sua mão, ela tinha novamente cometido um erro, ela novamente iria comer sozinha, novamente iria ver Laura e seus amigos brincando enquanto ela estaria ali novamente sozinha. Fabu engoliu o choro, sabia que Laura não fazia por mal, mas queria muito poder ter amigas, queria muito brincar com as outras. Mas como tudo que faltava em sua vida ela também não tinha amiga, pensou sobre isso por boa parte da noite até que enfim caiu no sono profundo.
O sol se estendia pela manhã, Fabu ainda dormia enquanto Austen seu gato se aninhou mais em suas cobertas, porém a paz que estava durou pouco, um barulho estrondoso fez a pequena se levantar, rapidamente, ela olhou para seu gato que tinha seus olhos verdes escuros e estava com eles arregalados, ele pulou para o colo de Fabu. Seu gato era um covarde e ela já tinha aceitado isso, mas mesmo assim o acariciou.
- O que deve está acontecendo? - Perguntou, ela olhou para todas as três camas e percebeu que elas estavam vazias, ela sabia que devia estar em algum lugar, mas não conseguia lembrar. Então colocou Austen no chão pegou seu casaco e foi até a janela. Espantou-se ao ver que todo o seu colégio estava lá fora e havia um tapete vermelho.
Ela arregalou os olhos, calçou seus sapatos e saiu correndo pelos corredores do colégio, sim ela estava atrasada, não só atrasada, ela estava preste a insultar o rei.
Alba viu quando a pequena de cabelos bagunçados e roupas amassadas entrou na fila, claro que aquela não era forma de alguém receber o rei, mas não havia nada a se fazer naquela altura, então se contentou em sorrir.