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Em algum lugar da Noruega, ele observava o povo Sámi com curiosidade e admiração. ele participava de suas festas e rituais, era considerado como um deles. os Sámis gostavam muito da sua companhia. Na Suécia ele cavalgava com os chefes das tribos Sámi da região. Outras vezes cavalgava sozinho. Sempre sozinho.
Sempre sozinho.
Sempre sozinho e pensando no que havia deixado pra trás há muito tempo. Depois de tanto tempo distante recebeu notícias não muito boas de sua terra natal através de um sobrevivente que o encontrou entre as montanhas. Ele soube dele e sentiu culpa. Se sentia culpado por não tê-lo protegido, se sentia culpado por tê-lo abandonado. E agora o estava procurando através do tempo-espaço para protege-lo de si mesmo. Ele sentia o peso em suas costas. Peso de um Senhor do Tempo solitário e sem família. O seu maior peso era ter escrito o que as estrelas haviam previsto.
Ele também sentia raiva. Raiva daquele que havia escondido um grande segredo de seu próprio povo e que havia tocado nele, destruindo a sua infância. Ele não pensava em vingança, mas queria justiça.
Nas suas cavalgadas noturna ele contemplava o espetáculo que a natureza da terra fazia: a Aurora Boreal. Ele nunca se cansava, era de uma beleza nunca vista em todo o universo. Essa era a sua magia preferida.