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O Mestre estava caminhando pelas ruas da cidade observando cada pessoa que circulava. Cada rosto, cada jeito e manias. Em verdade ele sempre odiou os humanos. Mas nesses últimos anos em que estava na terra ele procurou vê-los com outros olhos. Ele procurou entender o porque o Doutor sempre os admirava e os protegiam com suor e sangue. Ele queria saber o que esses pequenos seres tinham de tão especial.
Os seus pensamentos foram interrompidos quando ele avistou de longe uma pessoal muito familiar discutindo com um policial que havia se esbarrado sem querer. Por sorte ele não foi preso na hora por desacato. O Mestre não teve dúvida quem era o sujeito.
- Andrade? Eu não acredito! Fernando Andrade meu parça, que bom que eu te encontrei - disse ele o chamando pelo o seu pseudônimo - Você não faz ideia do que eu passei pra chegar aqui.
- Buck, o que você está fazendo aqui?
- Ue, é assim que você recebe um velho amigo?
- Não devia estar no Canadá? Ouvi dizer que você foi recrutado para uma missão secreta lá.
- Meu chapa, é uma longa história.
Buck era um sujeito bastante curioso e irritante. O Mestre nunca conseguiu entender o real motivo que fez o serviço secreto americano contratar uma pessoa que tinha tudo pra ser o pior dos trambiqueiros para ser um espião.
- Você xingou o Embaixador do Consulado do Canadá e a mãe dele?
- Ele era um pé-no-saco. Sempre ficava com aquele blá-blá-blá irritante que eu acabei me descontrolando.
- E aí ele proibiu você por os pés naquele país?
- Pois é, né?
- Você é impossível!
- Eu já te contei que a filha dele era muito gata? - disse ele meio sem jeito.
- Buck - o Mestre temia o pior - O que você fez?
O americano não falou nada, pois sabia da reprovação do amigo. O Senhor do Tempo apenas revirou os olhos e deixou o colega pra trás falando sozinho. "O que tem esse humanos?", pensava consigo mesmo, "sempre tão... idiotas. Nem sei mesmo o porque eu decidi protege-los." Ele entrou numa cafeteria mas queria dar a meia volta, pois tinha avistado aquele músico que sempre o chamava para fazer um recital. Antes dele sair do local o homem o convida para sentar-se a ele. Sem opção, ele aceitou.
- Senhor Andrade, perdoe-me se eu estou o aborrecendo. Mas já pensou como seria se as pessoas o ouvissem tocar?
- Maestro Smith, eu agradeço o convite mas como já disse não quero mim interagir com multidões. Achei que eu tinha deixado isso bem claro.
- Sim, mas...
- Mas nada - Mestre o interrompeu - Passar bem. - ao dizer isso ele se levanta e vai em direção a saída. Mas quando chega na porta da cafeteria seus corações gelam ao reconhecer um homem moreno a sua frente.
- Olá outro eu. - o homem o cumprimentou com um sorriso amedrontador.