O sequestrador inesperado
img img O sequestrador inesperado img Capítulo 2 ela ou eu
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Capítulo 6 Brincar de papai e mamãe. img
Capítulo 7 Escolha errada Alma img
Capítulo 8 Não há espaço para erros. img
Capítulo 9 Fuga sem sucesso. img
Capítulo 10 Pânico e desespero img
Capítulo 11 A substância que eu inalei mais cedo era clorofórmio img
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Capítulo 2 ela ou eu

Meu pai se vira para olhar diretamente em meus olhos, me incentivando a dizer alguma coisa eu percebo que Sophia também está esperando ansiosamente minha resposta, como meu pai pode propor uma outra viagem anual, como ele ousa romper com a tradição de nossa família?

- é sério? Então você está disposto a quebrar a tradição da nossa família por causa dessa namorada interesseira que vai te largar na hora que arranjar um sugar daddy mais rico que você?

Percebo o rosto do meu pai ficando sério como se estivesse com muita raiva e logo ele grita comigo

- Alma, você passou dos limites. Eu acho que você deve se desculpar com Sophia agora mesmo.

- não espere, eu nunca vou fazer isso.

Meu pai dá alguns passos para a frente. Ele se mantém olhando para baixo e respira profundamente como se estivesse reunindo todas as suas forças para o que está prestes a dizer. Finalmente os olhos dele encontram os meus me concentro em seu rosto esperando pelo que estava por vim

- se é assim então eu não tenho escolha a não ser pedir que você saia da minha casa

Eu fico chocada com as palavras de meu pai que me atingiram como um furacão, mas o orgulho me impede de responder eu me viro sem falar nenhuma palavra e caminho enfurecida na direção da porta passando por Richard e Sophia, sem olhar pra eles.

Entro em meu quarto batendo a porta enfurecida fazendo as paredes tremerem, eu espero que papai e Sophia sintam o impacto respiro fundo e logo escuto a voz de Derick avisando que ele estava no quarto

- amor vem cá, tô com saudades, olha me desculpa pelo que aconteceu mais cedo, eu sou todo seu agora

Ignorando os olhos suplicantes de Derick eu puxo uma grande mala que estava em baixo da cama e a arrasto até o meu closet eu começo a pegar roupas aleatoriamente e jogá-las dentro da mala violentamente e novamente escuto Derick falando comigo

- amor, oque aconteceu?

- meu pai me expulsou de casa por causa daquela nova namoradinha dele, inacreditável ela tem ele na palma daquela mão toda trabalhando na manicure.

Coloco toda minhas frustrações pra fora tentando controlar toda minha raiva

- uau, parece que ela fisgou ele com força mas eu não culpo o Richard, afinal com o corpo que ela tem AAAAAAI

Derick grita de dor quando o tênis que eu atirei atravessa o quarto e acertar a lateral da cabeça dele.

- cala boca Derick, você merece que eu jogue com mais força

- foi um ótimo arremesso amor, tenho que admitir, mais isso machuca, então ei para onde você tá indo?

- pra sua casa, pra onde mais eu iria?

- oh-oh, espera ai um pouco para onde mesmo você disse que ta indo?

- Derick, você escutou oque eu te disse antes? Meu pai me expulsou de casa

- eu escutei, mas sobre você se mudar para minha casa eu não recebi o comunicado com essa decisão, então isso me assustou um pouco

Derick parece completamente apavorado com a ideia de eu ir morar com ele, será que ele ta escondendo alguma coisa de mim?

- Derick você ta escondendo alguma coisa de mim? É por isso que quase nunca a gente fica por lá?

Derick se estressa parecendo alguém negando que fez algo de errado

- isso é ridículo, você sabe que eu nunca faria isso com você

- você não me trairia, mas deixaria sua namorada se tornar uma sem-teto? Então eu não posso ficar aqui e não posso ficar na casa do meu namorado também, o que você espera que eu faça Derick?

Derick pula pra fora da cama ele começa a juntas as coisas dele que estão espalhadas pelo quarto, telefone, carteira, moletom, cigarros e outras coisas.

Talvez ele esteja criando juízo e vai me levar pra casa dele, talvez eu realmente possa contar com ele num momento difícil como esse afinal de contas

Mas Derick caminha em direção a porta sem de oferecer pra levar minha mala ele para momentaneamente na porta com as costas viradas para mim

- reserva um quarto de hotel então.

E simples assim Derick some me deixando sozinha pra lidar com o segundo baque do dia.

Sem rumo e sem ninguém eu saio com minha mala caminhando sem destino e sem saber para onde ir depois de algumas horas caminhando eu paro em um bar, agora estou escorada no balcão do bar eu vim pra cá por que não quero arriscar encontrar ninguém que me conheça. Minha visão está um pouco nublada e minha cabeça está chiando depois de ter virado a terceira ou foi a quarta margarita? A filha de um dos homens mais ricos da cidade, bebendo e chorando sozinha num barzinho de quinta categoria, que patético, mas aposto que meu pai vai perceber rapidinho a grande besteira que ele fez e então vai me ligar pra pedir desculpas quando ele descobrir que estou nesse bar, nessa parte da cidade ele vai ficar tão preocupado que vai mandar o pessoal dele pra me buscar e me levar pra casa imediatamente, espera onde é que ta meu telefone? Ah bem aqui e a bateria ta quade cheia, bom agora é só esperar você me ligar pai e estarei em casa num instante

Eu busco conforto nos meus pensamentos ébrios, desejando que tudo isso seja um pesadelo no qual eu vou acordar logo de repete escuto o um barulho de algo batendo sobre o balcão, me viro rapidamente e vejo um homem de mais ou menos 30 anos que está claramente bêbado acaba de bater um copo contra o balcão derramando parte da bebida que estava dentro, ele abre um sorriso cheio de dentes na minha direção ele me lembra um lobo mau, tento fingir que não estou olhando mas ele parece não desistir

- oi linda, parece que você ta precisando de companhia, meu nome é Gusta.

Seu hálito fede a cerveja velha e seus dentes amarelados são simplesmente nojentos

- desculpe, não estou com humor para conversas, eu tive um dia bem difícil

- pobrezinha, uma garota bonita assim não devia ficar triste nunca é quase um crime

Ele caminha devagar e com confiança em minha direção, esse é um cara que está acostumado a conseguir o que quer. Quando ele chega perto o suficiente ele aproxima a boca de meu ouvido e sussurra

- deixa eu te dizer, eu sei exatamente o que fazer para colocar um sorriso nesse seu rostinho bonito

- eu não estou interessada, você pode me deixar sozinha, por favor?

- vamos eu prometo que nós vamos nos divertir muito

Eu realmente não consigo aguentar isso é melhor sair de perto dele logo

Tento me levantar mas me sinto tonta e cambaleio, conforme eu cambaleio para me levantar Gusta se apressar para me agarrar pela cintura, vejo ele olhando com desejo pros meus seios e não consigo deixar de sentir nojo

- essa é minha garota, eu sabia que você ia topar, vamos nos divertir um pouco lá nos fundos do bar

- não, eu não quero fazer isso, só me deixa em paz por favor.

A essa altura eu estou tão bêbada que os meus protestos soam fracos e são facilmente ignorados por esse cada, ugh eu sinto a mão dele deslizando para agarrar minha bunda com tanta força que chega a doer. Olho pelos lados e não tem ninguém aqui para me salvar, eu nunca me senti tão sozinha e indefesa. Eu preciso pensar rápido sobre o que fazer eu junto toda a força que tem e num movimento rápido eu dou uma joelhada nas partes baixas dele. O impacto faz com que ele se curve levemente para frente enquanto tenta se recuperar da dor

- por que você fez isso, piranha? Eu só tava tentando animar essa sua casa azeda, mas agora você pediu, caramba você ta tirando minha paciência me provocando

Logo sinto Gusta agarrar meu braço e me puxar mais pra perto enquanto tento protestar já sem força ele vai me arrastando pela porta dos fundos do bar, ninguém no bar parece ter percebido oque estava acontecendo ou talvez ninguém realmente se importe. Eu estou muito fraca pra resistir, estou com medo do que vai acontecer comigo

E então do nada um cara grande e forte aparece ele se aproxima e da um soco rápido na lateral da mandíbula de Gusta que cai no chão, todos os olhos do bar estão voltados lara a cena que acabou de acontecer, o belo estranho que acabou de me salvar vira pra mim me encarando e diz

- não se preocupe ele vai sobreviver, você ta bem?

Sinto todos os meus sentidos voltando pra aquela voz, ai meu Deus, ele é o homem mais lindo que já vi.

- obrigada por me ajudar. Nem quero pensar no que poderia ter acontecido comigo se você não tivesse interferido

O belo estranho dá uma espécie de grunhido enquanto mantém o contato visual comigo, eu sinto que estou me perdendo nos lindos olhos dele, penso em uma forma de agradecer sem deixar que ele vá embora

- eu realmente não sei como te agradecer, posso te pagar uma bebida ou algo assim? Um beijo ou dois na bochecha talvez?

O barman aparece na nossa frente com uma expressão preocupada e sua voz soando desesperada

- foi mal Zyan, eu não sabia que a garota tava contigo, se soubesse eu não tinha deixado aquela bêbado botar as patas nela

Então o nome dele é Zyan e o barman tinha percebido o que estava acontecendo ele simplesmente fingiu que não estava vendo

Eu estou fervendo de raiva silenciosamente desejando que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com o bêbado e ele continua falando sem parar

- eu pensei que ela fosse uma das garotas que "trabalham" procurando clientes por aqui.

Zyan se vira para encará-lo com um olhar mortal que dura tempo suficiente pro barman ficar visivelmente tenso.

- eu calaria a boca se fosse você

- foi mal, cara olha eu posso dar uma bebida pra você e pra sua garota? Por conta da casa, claro.

- não precisa, já estamos indo embora

Se dizer mais nada Zyan me pega pelo braço e me leva pra fora do bar pra onde ele ta me lavando? e por que ele parece ansioso para sair do bar? Confusa, mas completamente acaba eu fico em silêncio enquanto deixo me levar por aquela mão forte, do lado de fora o ar frio da noite acaricia minhas bochechas, Zyan me leva até um carro ele abre a porta do passageiro e gesticula com a cabeça indicando pra mim entrar, mesmo estando bêbada eu tento hesitar

- o que ta acontecendo? Pra onde você quer me levar?

- vou te levar pra um lugar seguro

É verdade que ele me salvou mais eu não devo confiar em um estranho

- olha, eu posso estar um pouco embrigada, mas não o suficiente para entrar num carro com alguém que conheci a um minuto atrás

- eu realmente não tenho tempo pra isso, só entre no carro.

- de jeito nenhum, eu vou ligar pro meu pai

Eu reviro minha bolsa desajeitadamente à procura do meu celular quando Zyan repentinamente tira ela das minhas mãos

- escuta, eu não quero que as coisas saiam do controme. Então só entra no carro, nós vamos sair daqui ponto.

Basta apenas um olhar pros olhos dele e eu percebo que ele está falando falando, embriagada e sem ter pra onde ir eu acabo cedendo e sentando no banco do passageiro escuto Zyan resmungar baixo

- ótimo.

Dentro do carro Zyan fica em silêncio, eu dou alguns olhares furtivos para ele apesar de ele estar focado na estrada à frente, você sabe que a mente dele está a mil quilômetros de distância, já sem paciência decido saber pra onde ele está me levando

- você tá me levando para casa?

Silêncio é a única resposta que recebo

- você não vai me dizer para onde nós estamos indo?

Mais silêncio tenso domina o ambiente

- certo, então acho que a resposta é não.

Quem diabos é esse cara? O barman sabe o nome dele e estava claramente intimidade, assustado até, e o jeito que ele apagou aquele idiota com apenas um soco foi bastante impressionante, eu estou louca por ter ficado um pouquinho excitada com o jeito que ele tomou o controle da situação? Talvez seja só o meu lado bêbada falando.

ah não, eu não tô me sentindo muito bem. Talvez tenha tomado vodka demais, sinto vontade de vomitar, por favor, não agora não no carro dele. Não com ele ao meu lado.

Meu estômago revira e eu sinto um nó na garganta como se algo estivesse tentando escapar a cada ânsia que eu sumprimia, não encontrada nada que eu pudesse me segurar eu finalmente perdo o controle e vômito por todo o chao do carro. Eu fico mortificada, sinto os olhos de Zyan em mim, mas não ouso me virar para encará-lo, graças a Deus, ,Zyan não diz nada, eu queria que essa noite acabasse, ela está sendo de longe a pior da minha vida inteira. O carro para na frente de um elegante portão de ferro forjado, que se abre para um caminho que leva a uma grande mansão

Que linda essa casa, esse é o último pensamento que passa por minha cabeça antes de eu perder o sentido e a escuridão me encontrar.

            
            

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