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- Saia daqui! Você não é bem-vindo!
"E quando eu fui bem vindo nessa merda de lugar? Só fui mal tratado, e espezinhado por todos!" Zayto pensou indignado, até quando iria aguentar essa situação? Ele não sabia, contudo acreditava que logo, logo, deixaria esse maldito lugar, onde era tratado pior que um cachorro.
Sem pensar duas vezes dera meia volta saindo do refeitório do templo, com sua mente nublada de pensamentos, vários, vários mesmo, acontecimentos passavam diante de seus olhos como se fossem um filme. Coisas que jamais se lembraria se não fosse por esse gatilho que sofrera momentos atras.
A verdade era que nunca foi aceito, ou bem vindo, que seja, no templo em que fora acolhido quando ainda era um recém nascido.
Todos daquele templo mereciam ser castigados por algum dos três Deuses, como tiveram a coragem de fazer o que fizeram com Zayto, uma criança, sim uma criança cheia de esperanças e sonhos que foram pisados sem dó, a verdade lhe doía, algo que não queria crer, aceitar que por longos dez anos de sua pequena vida só conhecera o ódio e a intolerância, era triste ver um garoto cabisbaixo indo em direção a seu quarto, Zayto pretendia juntar as poucas coisas que tinha e ir embora daquele lugar que infelizmente não era bem vindo.
Tudo era ruim no mundo, até mesmo um templo que na logica deveria acolher e amar a todos sem distinção, contudo a realidade era outra, infelizmente, os anciões eram um bando de velhos hipócritas segregacionistas e preconceituosos, não aceitavam aquilo que lhe era novo, desconhecido.
Triste, inconformado, e decidido a fazer o que acreditava ser o certo, abriu a porta de seu dormitório, ele não tinha muitas coisas, os anciões diziam que para a pessoa ser honesta e humilde não poderia ter muitas coisas.
Zayto se senta em sua cama, ou melhor, em suas mantas, pois nem uma cama lhe era oferecido, sendo que os demais "colegas" as tinham, lhe era negado todo tipo de conforto que era oferecido a todos os garotos que moravam no templo, coloca os cotovelos em cima de seus joelhos apoiando sua cabeça em suas mãos, ali sozinho, pode felizmente deixar que as lágrimas descessem. Não entendia o porquê de estar chorando, devia ser por conta de tanto sofrimento que infelizmente passou.
"Porque choras meu querido?"
- Quem está aí? - O garoto pergunta, preocupado de que alguém o tivesse seguido, o que era muito improvável de acontecer, quando estava prestes a se levantar para conferir se a porta estava devidamente fechada e conferir se havia alguém na mesma ouviu novamente a voz.
"Não adianta procurar jovem garoto, estou em você e você está em mim. Eu sou você e você sou eu." A voz que mais parecia um charadista afirma, como sempre deixando Zayto cada vez mais confuso.
- Ei, dá pra parar! - Zayto se estressa com a voz que estava em sua mente - Como isso é possível?
"Você é a minha contraparte mortal" A voz o responde não aparecendo mais pelos próximos dois dias.
***
Em uma noite que poderia ser considerada tenebrosa e horripilante, Zayto estava decidido a sair daquele templo em que foi criado, mesmo sempre sendo mal tratado por todos ele se sentia acolhido, pois mesmo sofrendo tanto, aquele era o único lugar que poderia ser chamado de lar por ele, é verdade que era um lar abusivo e toxico, por isso, e outros motivos que o levaram a sair, não, o que estava prestes a fazer não tinha volta, ele não iria simplesmente ali na viela ao lado comprar qualquer coisa, estava abandonando a porra desse templo que tanto lhe fizera mal nos últimos tempos, tentou a todo custo se fazer de sonso, contudo, infelizmente não resolvera seu problema, só o adiou.
Com seus pensamentos a mil, não pensou duas vezes em pegar suas coisas, que eram poucas, juntou-as em uma manta, assim facilitando para ele carregasse tudo.
Não sentiria saudades, muito menos tristeza de deixar todos os que conhecia, a verdade era que preferia morar na rua, perambulando do que viver ao lado de pessoas tão hipócritas.
Já do lado de fora, olhou mais uma vez para traz, se sentia aliviado por deixar tudo e todos que lhe fizeram mal, contudo não se esquecera de sua vingança, que um dia a colocaria em pratica, mas primeiro teria a difícil tarefa de descobrir quem eram seus pais.
Atenção!!!
Não pule a nota do autor!!
NOTA DO AUTOR
Querido leitor (a),
Enfim chegamos no quarto capitulo dessa história, gostaria de lhes pedi encarecidamente que avaliem a obra e deixe seus comentários, para mim, isso é muito importante, me ajuda a ver a recepção de vocês leitores em relação a obra.
Se gostou dessa historia tenho outras em meu perfil que são:
The Mafia
E o destino quis assim...
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