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Alguns anos depois...
Zayto já com seus oito anos brincava sozinho no pátio do templo, geralmente ele era solitário, na maioria das situações ninguém se sujeitava a fazer companhia para ele, a verdade era que as crianças eram aconselhadas a ficarem longe dele para não pegarem sua 'enfermidade', cruel, é verdade, os anciões acreditavam que a deficiência que Zayto tinha era um castigo divino, e quem ficasse ao seu lado seria castigado da mesma maneira, ou pior, podendo perder, até mesmo, sua alma.
Passava-se dias e mais dias, e as crianças a sua volta riam e caçoavam do seu jeito de andar, de como ele ficava em pé, dentre outros motivos que arrumavam somente para implicar com o garoto que infelizmente levava tais xingamentos para o seu coração.
Na maioria das vezes ele ficava pelos cantos, triste, com lagrimas descendo por sua face, tudo e todos que o rodeavam era lixo, essa afirmativa pode ser considerada tremendamente apelativa, mas era assim que Zayto os considerava.
Muitas vezes desejou nunca ter nascido, poderia ter sido melhor... Inúmeras situações o faziam crer em tal afirmação, contudo, tirava forças não sabia de onde para continuar a viver, ou melhor sobreviver em um local onde todos o odiavam.
"Pra que eu existo?" Pensou o pequeno, sentado na terra vermelha enquanto brincava com três pedras, na mente dele eram Deuses poderosos que faziam as coisas acontecerem com um estalar dedos, ele gostava de brincar de Deuses, assim ele podia se sentir importante.
Esses Deuses que nosso pequeno imaginava se chamavam Demeter, Asthos e o mais poderoso de todos Zender.
Vocês podem estar estranhando esses nomes, mas para Zayto era como se ele vivesse com eles, eram seus amigos, seus guardiões, os seres que lhe davam força para continuar a enfrentar essa vida tão complicada e segregada que vivia no templo da aldeia em que residia.
- AHHHHHHHHHH!!!! EU VOU TE DESTRUIR ABERRAÇÃO!!!!!!!! - Zayto gritou atingido uma pedra em um toco de pau, contudo, o pequeno se conteve ao ouvir risadas sarcásticas.
- HÁ-HÁ-HÁ-HÁ-HÁ-HÁ - Ria os garotos que brincavam com seus brinquedos.
- Esse insignificante deve estar brincando de destruir ele próprio.
Logo após um desses garotos dizer tal barbaridade os demais caem na gargalhada.
Triste e com raiva de existir, com as lágrimas querendo descer por sua face, não ele não iria chorar não ali para esses demônios em pele de cordeiro verem como ele se sentia fraco e intimidado por eles. Zayto se levanta do chão, empina o rosto, e se afasta desse bando de estrumes.
"Por que Deuses? Por que tive que ser assim?" Nosso garoto pensa triste seguindo para seu dormitório que nem sequer tinha uma cama, ele dormia em cima de cobertores que afofavam o chão.
- Eu juro que todos irão pagar por tudo que estão fazendo comigo.
Zayto afirma com ira transparecendo em seus olhos.
Já em seu quarto cansado de viver no templo, de sofrer tanta represaria, tantos insultos, tantos risos de deboche.
A verdade era que não se importava muito, estava sobrevivendo na esperança de chegar seus dez anos o mais rápido possível.
Heis que me perguntam o que tanto Zayto esperava completar tal idade?
Zayto nutria uma esperança era que quando fizesse dez anos, e o que tem de tão importante nessa idade? Simples é a idade em que os poderes se manifestavam, ele esperava que tivesse o maior poder que já existira na face desse mundo que chamavam de lar, os testes de habilidades, uma competição entre jovens todos com seus dez anos completos se sujeitavam a passar por provas que nem um adulto comum conseguiria executar, o sonho que Zayto tanto almejava era passar por todas essas malditas provas, para assim poder saber se realmente ele era útil ou não, pelo menos para alguma coisa
Ele rogava aos Deuses todas as noites antes de dormir, pedia-lhes que o curassem dessa terrível deficiência, infelizmente o que Zayto não sabia era que teria que conviver com isso por toda a eternidade, pois sua perna esquerda que era dois centímetros menor que a direita nunca consertaria ou ao menos cresceria.
Com esperança em se coração ele se deitava em sua cama, demorava a dormir todas as noites rogando para os Deuses mais uma vez.
Atenção!!!!
Não pule a Nota do autor.
Leia por gentileza!
Nota do autor
Caro leitor (a),
Hoje escrevo-lhes para pedir que deixe sua opinião sobre os rumos que vocês acham que a história tomará...
Adorarei saber a opinião de vocês.
Bjs!!
Arthur Souza.