Gênero Ranking
Baixar App HOT
img img Romance img Capturada pelo meu sogro mafioso
Capturada pelo meu sogro mafioso

Capturada pelo meu sogro mafioso

img Romance
img 5 Capítulo
img 9 Leituras
img Kateko
5.0
Ler agora

Sinopse

Elena sempre soube que o casamento com Luca, o príncipe herdeiro da família Moretti, era um acordo político. O que ela não esperava era ser entregue como "penhora" ao próprio Don Vittorio Moretti - o temido chefão da máfia e seu sogro - quando Luca fugiu com uma amante. Agora, refém em uma mansão luxuosa sob o domínio de Vittorio, Elena descobre que sua dívida só pode ser paga de uma forma: submissão total. O que começa como um jogo de poder transforma-se em uma atração incontrolável. Vittorio é frio, impiedoso e * decidido a puni-la pela traição do filho... mas cada toque, cada olhar, cada ordem sussurrada no escuro só aumenta o desejo que nenhum dos dois pode negar. Em um mundo onde lealdade e vingança se misturam, Elena precisará decidir: lutar pela liberdade... ou se render ao homem que deveria odiar.

Capítulo 1 1

O vestido de noiva pesava como uma armadura.

Elena olhou-se no espelho do camarim, os dedos tremendo enquanto ajustavam o véu de renda branca. Não era suposto ser assim. O casamento deveria ser uma celebração, não uma sentença. Mas quando se casa com um Moretti, nada é por amor.

- Quase pronta, signorina? - A velha costureira sorriu, alisando as dobras do vestido. - O Don está ansioso.

Elena engoliu seco. O Don. Luca Moretti, seu noivo, era apenas o príncipe herdeiro. O verdadeiro poder estava nas mãos do homem que mal a olhava durante os jantares de família: Vittorio Moretti, seu futuro sogro.

Um estrondo na porta interrompeu seus pensamentos.

- Elena. - A voz era de Luca, mas o tom era estranho, tenso.

Ela se virou, e o coração parou.

Luca estava lá, sim, mas não com o smoking de noivo. Vestia roupa de viagem, o rosto pálido, os olhos evitando os dela.

- O que está acontecendo? - ela perguntou, os dedos se apertando no tecido do vestido.

- Eu... não posso fazer isso.

O mundo desmoronou em câmera lenta.

- O quê?

- Eu amo outra pessoa. Estou indo embora. Agora.

Elena riu, um som sem humor. - Você está brincando. Seu pai vai te matar.

Luca olhou para trás, nervoso, como se esperasse que o próprio diabo surgisse do corredor. - Ele não sabe. E você... bem, você vai cobrir por mim.

Antes que ela pudesse responder, ele jogou algo em cima da penteadeira. Um bilhete.

- Dê isso a ele quando perguntarem.

E então, como um covarde, Luca Moretti fugiu no dia do próprio casamento.

Os minutos se arrastaram como horas. Elena ficou paralisada, o bilhete não lido na mão, até que as vozes do corredor ficaram mais altas. Mais violentas.

A porta do camarim foi arrombada com um chute.

Dois homens de terno preto entraram primeiro, armas à mostra. E então...ele apareceu.

Vittorio Moretti.

O Don da família Moretti não parecia um homem. Parecia uma tempestade prestes a devastar tudo. Seu terno impecável não escondia a fúria nos ombros tensos, nos olhos negros como azeviche que queimavam através dela.

- Onde está meu filho? - a voz dele era suave, mortal.

Elena abriu a boca, mas nenhum som saiu.

Vittorio avançou, arrancando o bilhete de sua mão. Ele leu, os músculos da mandíbula contraindo. Então, lentamente, levantou o olhar para ela.

- Você sabia.

- Não!- ela engasgou. - Ele me abandonou também!

Vittorio estudou-a por um longo momento, como um predador avaliando a presa. Então, sem aviso, ele agarrou seu braço, os dedos como grilhões de aço.

- Então você vai pagar por ele.

Elena lutou, mas era inútil. Ele a arrastou para fora do camarim, através do salão de festas em silêncio, onde os convidados olhavam horrorizados.

- Você não pode fazer isso! - ela gritou.

Vittorio parou, virou-se e aproximou os lábios do seu ouvido. O calor do hálito dele fez seu corpo traiçoeiramente tremer.

- Você pertence aos Moretti agora, piccolina. E eu nunca deixo uma dívida sem pagar.

Antes que ela pudesse responder, ele a jogou dentro de um carro preto. A porta fechou com um clique final.

Elena estava capturada.

O lugar para onde a levaram não era uma casa. Era uma fortaleza.

Muros altos, câmeras, guardas armados. Vittorio a puxou pelos corredores sombrios até um quarto - não uma cela, mas algo pior.

Luxo. Uma suíte enorme, com uma cama enorme, paredes de mármore... e janelas trancadas.

- Você vai ficar aqui - ele disse, soltando-a. - Até eu decidir o que fazer com você.

Elena esfregou o pulso dolorido. - Eu não sou sua prisioneira.

Vittorio riu, um som baixo e perigoso. - Oh, mas é. - Ele se aproximou, cada passo calculado. - Seu noivo fugiu. Você é a única coisa que resta para garantir que a aliança com sua família seja honrada.

- Luca é um idiota, mas seu pai não vai deixar você me manter aqui!

Ele parou, tão perto que ela podia sentir o calor do corpo dele.

- Seu pai? - Vittorio sorriu, cruel. - Ele foi quem sugeriu que eu fizesse uso de você de outra forma.

O sangue esfriou nas suas veias.

- Você não faria isso.

Os olhos dele desceram ao seu corpo, ao vestido de noiva ainda vestido, e algo escuro brilhou no olhar dele.

- Não subestime o que um homem como eu é capaz, Elena.

Ele virou-se e saiu, trancando a porta atrás de si.

Elena caiu de joelhos no tapete, o coração batendo como um tambor.

Ela estava nas garras do lobo.

E a noite mal tinha começado.

O som da fechadura girando ecoou como um tiro na suíte silenciosa. Elena levantou-se tão rápido que a cabeça girou, os dedos se agarrando ao vestido de noiva, agora amassado e manchado de lágrimas.

A porta se abriu lentamente, revelando não Vittorio, mas uma mulher de meia-idade com um vestido discreto e olhos impassivos.

- Don Vittorio mandou que você se arrumasse para o jantar - anunciou, colocando uma bandeja com roupas sobre a cama.

Elena olhou para o conteúdo: um vestido vermelho, justo, com um decote que deixaria pouco à imaginação.

- Isso é uma piada? - Ela empurrou a bandeja, fazendo o tecido escorregar para o chão. - Diga ao seu chefe que eu não sou um brinquedo para ele vestir.

A mulher nem pestanejou.

- Ele disse que você tem uma escolha. Veste isso... ou vai nua.

O ar saiu dos pulmões de Elena como se ela tivesse levado um soco.

Uma hora depois, ela estava sentada à mesa de jantar mais longa que já vira, o vestido vermelho colado ao corpo como uma segunda pele. As velas projetavam sombras dançantes nas paredes, e o silêncio era quebrado apenas pelo tilintar dos talheres de prata.

Do outro lado da mesa, Vittorio observava-a enquanto bebia vinho tinto, os olhos escuros percorrendo cada curva exposta pelo vestido.

- Você parece... diferente sem o véu de noiva - comentou, a voz rouca.

Elena apertou a faca na mão.

- Por que estou aqui?

Ele inclinou a cabeça, como um tigre estudando sua presa antes do ataque.

- Porque o meu filho foi um tolo. E agora, alguém tem que arcar com as consequências.

- Eu não tenho nada a ver com a fuga dele!

Vittorio colocou o copo devagar sobre a mesa.

- Mas tem. Você era a noiva. Sua família prometeu lealdade. E agora? - Ele sorriu, cruel. - Você é tudo o que resta.

Elena sentiu o perigo no ar, espesso como o cheiro do vinho.

- O que você quer de mim?

Ele levantou-se, andando até ela com passos lentos. Quando parou atrás da sua cadeira, suas mãos se fecharam sobre seus ombros, os dedos queimando através do tecido fino.

- Quero obediência.

O calor do corpo dele contra suas costas fez algo dentro dela estremecer.

- E se eu me recusar?

Os lábios de Vittorio se aproximaram do seu ouvido, o hálito quente fazendo seus nervos pegarem fogo.

- Então eu te quebro.

Depois do jantar, ele a levou para o terraço. A noite estava fria, mas o medo mantinha Elena aquecida.

- Você sabe por que Luca fugiu? - perguntou Vittorio, olhando para a cidade abaixo.

Elena cruzou os braços.

- Porque ele é um covarde.

Vittorio riu, um som sem humor.

- Porque ele sabia que nunca seria digno de herdar o que é meu. - Virou-se para ela. - E você? É digna de ser uma Moretti?

Elena sentiu o desafio no ar.

- Eu nunca quis ser.

Ele se aproximou, até que ela pudesse sentir o cheiro do seu perfume, uma mistura de tabaco e poder.

- Talvez você precise de um... incentivo.

Antes que ela pudesse reagir, Vittorio a puxou contra ele, uma mão entrelaçando-se em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás.

- Me beije.

Elena paralisou.

- Não.

Os olhos dele escureceram.

- Não foi uma pergunta.

E então... ele a beijou.

Foi um beijo de posse, de dominação, seus lábios exigindo submissão. Elena tentou resistir, mas seu corpo traiu-a, respondendo contra sua vontade.

Quando ele a soltou, os dois estavam sem fôlego.

- Você pertence a mim agora - ele sussurrou. - E eu sempre pego o que é meu.

Elena recuou, os lábios ainda ardendo.

- Nunca.

Vittorio sorriu, como se ela tivesse acabado de cair em uma armadilha.

- Então lute. - Ele abriu os braços. - Mostre que você é mais do que apenas um peão.

Elena hesitou. Mas então, num ato de pura rebeldia, ela levantou a mão e deu um tapa no seu rosto.

O som ecoou como um tiro.

Por um segundo, o mundo parou.

Então, os olhos de Vittorio incendiaram-se.

- Erro grave, piccolina.

Ele a agarrou pelo braço, arrastando-a de volta para dentro, em direção aos aposentos privados.

Elena sabia que tinha acabado de acender um fogo que não poderia controlar.

E a noite ainda não tinha acabado.

Continuar lendo

COPYRIGHT(©) 2022