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Contrato de um Amor Inesperado

Contrato de um Amor Inesperado

img Romance
img 1 Capítulo
img 4 Leituras
img Ellen Victoria
5.0
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Sinopse

Tudo começou com um contrato. Mas Deus já tinha escrito uma promessa. Helena sempre teve tudo sob controle: fé firme, amigas leais, e um coração bem guardado. Mas tudo vira de cabeça pra baixo quando Dylan - um advogado metódico e irresistivelmente irritante - aparece com a proposta mais absurda do mundo: um contrato de casamento. O que era pra ser apenas um acordo se torna um campo de batalha entre orgulho, fé e sentimentos inesperados. E enquanto Helena tenta resistir ao caos chamado Dylan, descobre que nem tudo na vida pode ser planejado... Entre jasmim, louvor, farpas e cafés, dois corações vão descobrir que o amor verdadeiro não precisa de cláusulas. Mas sim de coragem. Prepare-se para se apaixonar por um contrato que não foi assinado no papel... mas no céu.

Capítulo 1 ✦ Primeira vez que o vi

"Deixa eu dizer que te amo. Deixa eu pensar em você."

- Marisa Monte

Voltar de uma festa sempre é difícil, principalmente quando se está usando um salto de 7 cm e ficou mais de 6 horas em pé sem sentar um segundo. Minha sorte é que Bia e Sofia estão me acompanhando até em casa, como prometeram aos meus pais. As ruas estão quietas, com quase nenhuma movimentação, apenas um ou outro bar aberto aqui e ali, e nada mais. Isso me dá certo medo de andar sozinha, sei que nunca estou, mas nunca lembro disso. Mas três mulheres andando sozinhas à 01:00 da manhã fazem parecer que somos frágeis e medrosas.

Saio dos meus pensamentos quando Beatriz começa a falar sobre um homem que estava na festa, que, segundo ela, não parava de olhar para Sofia. A ideia de um homem daquela idade a observando com interesse me deixa ligeiramente assustada.

- Ai, amiga, eu não posso fazer nada se eu reparei nele te olhando daquele jeito. - Beatriz fala, sem controlar a língua. - Deve ser daqueles velhos que nunca casaram e, quando vêem uma menina nova, se interessam. Eu não gostei dele.

- Mas também, um velho daquele querendo as meninas novas... Ainda bem que ele não faz parte da nossa igreja. Imagina! - Eu falo, exasperada, gesticulando com a mão.

- Sim, eu estava me sentindo enjoada com tudo aquilo. - diz Sofia, com um tom meio sério.

- Mas, mudando de assunto, o que vocês acharam do show do Alessandro? - pergunta Beatriz.

- Eu achei incrível! Com certeza foi uma experiência e tanto. Nunca esperei ouvir tantos cantores que eu gosto em um dia só. - falo, animada ao lembrar da Laura Souguellis cantando de forma linda e calma.

- Eu amei também. A presença do Espírito Santo estava palpável ali. - Sofia diz, com calma.

- Também não tenho palavras para descrever esse momento! - diz Beatriz com tanto entusiasmo, mas eu mal presto atenção. Quando olho à frente, vejo aquele cara que sempre cruzo pelo caminho quando passo por esta rua. Ele está vestindo uma camisa social branca elefante, com uma gravata azul marinho, e uma calça social do mesmo tom da gravata. Vejamos, ele tem bom gosto.

Percebo o olhar dele em mim e me perco naquela intensidade. Esqueço-me das minhas amigas por um momento.

- Dylan!! - grita alguém, e logo percebo que é Beatriz.

- Aonde você está vendo ele, menina? - pergunta Sofia, olhando ao redor.

Beatriz aponta para o homem de moto, que, ao me ver, começa a acenar para ela. Logo ele para ao nosso lado, e as minhas amigas começam a cumprimentá-lo.

- Dylan, como você está? Nunca mais te vi por aqui. - diz Sofia, com uma simpatia que me faz me sentir deslocada.

- Ah, Sofia, ando bem ocupado no trabalho. Mal tenho tempo para mim. - ele responde, olhando para ela, mas logo seus olhos se voltam para mim.

Eu o encaro com estranheza. Nunca tinha ouvido falar dele, e muito menos sabia que minhas amigas eram tão próximas dele. Olho desconfiada para Beatriz e Sofia, que parecem nem perceber o que está acontecendo.

- Faz tempo que não te vejo, Dylan. Você some do nada e aparece do mesmo jeito. - diz Beatriz, do seu jeito irreverente.

- Também estava com saudades de você, Bia. - ele responde com um sorriso. E que sorriso lindo. Se o homem já era bonito, agora ele tinha um ar de galanteador. Percebo que ele me observa mais intensamente, e então percebo o olhar das meninas, principalmente Bia, que tem um sorriso de orelha a orelha.

- Oi. Eu sou Dylan. E você? - ele pergunta, me olhando com curiosidade.

Fico paralisada, ainda olhando para ele, com uma leve carranca. Ele sorri, esperando a minha resposta.

- Oi. Não, eu não vou me apresentar. Não gosto de falar com estranhos e muito menos estou afim de conversar. - falo, disfarçando o susto que tomei quando ele falou comigo.

Ele começa a rir de uma maneira que fez meu coração bater um pouco mais rápido. Quem ele pensa que é? Decido que não vou mais aguentar as piadinhas desse estranho e começo a andar mais devagar na frente, deixando as meninas para trás. Até que ouço uma voz dizendo:

- Eu não sou um estranho. Sou um advogado! - Dylan diz, com um tom de diversão na voz.

Que cara chato!

Eu paro e, sem me virar para ele, devolvo, com um tom irônico:

- E eu sou uma irmãzinha da Vida Eterna!

Para a minha surpresa, Dylan fala algo impossível de acreditar.

- Que sorte a minha então! Eu também sou de lá.

Olho para ele, sem acreditar, e coro e levemente quando ele me analisa com os olhos e me dá uma piscadinha, acompanhada de um sorriso encantador e, ao mesmo tempo, muito, muito sínico.

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