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O Caçador de Feras indomáveis

O Caçador de Feras indomáveis

img Lobisomem
img 69 Capítulo
img 635 Leituras
img Leninha Ferreira
5.0
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Sinopse

O caçador de Feras Indomáveis traz a história de Leônidas um homem conhecido nas três dimensões como o caçador mais temido e respeitado, além de ter uma essência superior a todos os outros seres essenciais, e que carrega consigo o fardo de uma profecia/maldição de salvar o mundo ou condená-lo através de sua transformação, no entanto, tudo o que deseja é livrar-se de tudo, pois o peso da profecia também traz um amor predestinado e muitos sacrifícios no meio do caminho.

Capítulo 1 Quem é você

Era fim de tarde, quando uma figura feminina passou correndo em desespero, ela estava em uma floresta no norte da Inglaterra.

A mulher vestia um conjunto roupas negras, calça e blusa de mangas compridas, coladas a seu corpo bem desenhado, corria sem rumo e cada vez mais para dentro da enorme floresta.

Os cabelos longos escuros estavam desgrenhados por todo o esforço. Os pés doíam, as mãos suavam, o coração gritava em cada batida.

O oxigênio há muito tempo não estava nos seus pulmões. Olhou em volta, nada ali parecia ter saída. Recostou-se contra uma árvore de tronco largo. A noite estava caindo, e logo tudo estaria escuro.

A mulher apoiou todo o corpo contra a árvore. Tentava respirar normalmente, mas o ar queimava suas narinas e pulmões, estava frio, agradeceu a si mesmo por ter escolhido aquela roupa.

"Não consigo mais correr. O que eu faço? Será que vou morrer aqui mesmo!"

Ouviu galhos sendo quebrados ali perto. Os seus lábios abriram-se em agonia. Abraçou a si mesma, enquanto tomava coragem para fugir novamente.

O barulho estava cada vez mais perto. Sentiu um calafrio medonho passar por sua espinha.

"O que eu faço?"

O ser que a seguia era bem real. Seus olhos apavorados puderam vê-lo.

A fera era 2 tamanhos maior que ela, certamente, possuía o corpo coberto por pêlos e músculos de um predador, garras afiadas e olhos vermelhos como sangue.

Ele aspirava o ar a sua volta, como quem tenta discernir qual o cheiro da presa que buscava.

A cada passo que dava à sua volta, partia galhos e folhas secas. A mulher se encolhia tentando abafar o som de sua respiração com as mãos por sobre sua boca.

A besta olha na mesma direção da mulher, ela se encolhe mais ainda se escondendo, na expectativa de que o ser não a tivesse visto.

"Oh céus por favor! Eu não quero morrer!"

A fera solta um rugido assustador. E para a surpresa da mulher o monstro corre em direção oposta a sua.

Ao ver a fera se afastando, o alívio toma conta de todo o seu corpo. Suspira ainda assustada.

Ouve novamente galhos quebrando. Não há mais nada para ouvir além dos galhos e dar árvores a seu redor.

"Não posso mais suportar isso!"

Tudo parecia um filme de terror a seus olhos e ouvidos, odiava filmes de terror.

Olhou de um lado a outro e não viu ninguém, estava saindo o mais rápido que pôde quando sentiu as mãos a agarrarem com força.

Os braços de um homem forte a puxaram contra o seu corpo. Podia sentir o quanto ele era quente.

Ele vestia peles de animais, ela sentia o cheiro tomar conta das suas narinas.

Sentiu uma das mãos dele ficarem por sobre os seus lábios e a outra na sua cintura, o homem a fazia sentir além do medo, um certo desconforto.

Morreria naquele momento se pudesse.

Ele sussurrou em seu ouvido para que ela ficasse em silêncio, ela não conseguia se mexer, o aperto em sua cintura a estava quase a sufocar.

Tentava de todas as formas ver quem a agarrava daquele jeito, estava furiosa por ele se atrever a tocar nela, daquela forma. Nenhum homem jamais ousou.

Tentou libertar -se em vão, o homem a segurou ainda mais forte quando percebeu suas tentativas frustradas.

- Mantenha-se em silêncio! Ele ainda está aqui! A voz dele era firme.

Alguns segundos depois, sem ouvir sinal da fera, o homem a libertou de seus braços enormes.

Foi tão rude quanto a fera. Ela virou -se para ele, e tomada de ódio intenso, desferiu uma bofetada no rosto moreno com barba, e olhos negros como a noite acompanhado por seus cabelos penteados para cima, que o deixavam ainda mais sensual na sua roupa de pele enorme.

O homem era uns 20 cm maior que ela.

Ele permaneceu imóvel, não demonstrou nenhuma reação, sem insultos ou represália.

Ela o observou apenas apertando o maxilar, e em seguida, tomando a sua espingarda, seguiu a trilha para longe dali. Ela sem acreditar que ele a deixaria ali, chamou sua atenção antes que ele desaparecesse tão rápido quanto surgiu.

- Ei!?

Ele continuou sua caminhada ignorando-a por completo. Ela então tentou acompanhar suas passadas enormes. Estava quase correndo para acompanhá-lo.

Parou bem a sua frente. Ele suspirou quando sentiu ela tocar o seu peito por sobre a pele do animal.

Por esse instante, ela notou a beleza do homem, um caçador rude como todos os que já havia conhecido, mas indiferente demais para os seus costumes.

Surpreendeu-se quando o viu tirar grosseiramente a mão que ela havia deixado sobre o peitoral dele

- Veio pedir desculpas?

Ela não deixou abalar-se. Os olhos de ambos se encontraram.

- Nem pensar! Estava tudo sob controle, até você aparecer!

O caçador sorriu.

- Certo! Então já que está tudo sob controle, passar bem!

Ele começou sua caminhada. Ela suspirou passando as mãos nervosas por seus cabelos.

- Seu idiota grosseiro!

Ele parou estático, assim que a ouviu.

- Devia medir bem suas palavras, senhorita!

Ela foi até ele novamente, eliminando o espaço entre eles.

-Porquê? Não é mesmo rude, grosseiro e idiota!

Ele ficou na altura dos olhos dela.

- Sabe por que eu sou o único que está aqui além de você?

Ela fitou os olhos negros que agora pareciam ter um certo brilho. Engoliu em seco após escutá-lo.

- Não, eu não sei!

Percebendo que ela não continuaria a insultá-lo, foi afastando-se dela a longos passos.

Ela continuou parada ali sem saber que caminho seguiria.

O observou por um instante, seu subconsciente a perturbava ainda mais.

"Qualquer direção exceto com ele."

Ele estava há uma distância de 50 passos dela quando parou, e pôs-se a reclamar contra ela.

- É bem teimosa! Ignorante e prepotente!

Notou ela girar sobre os calcanhares automaticamente, havia conseguido a atenção que desejava.

Os olhos dela traziam toda a fúria possível.

- O que você disse?

Ele continuou onde estava com seu o rifle em posição, a mulher tropeçou nos próprios pés, assustada ao ver a arma apontada em sua direção.

"Será que ele levou muito a sério o que eu disse?"

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