GRÉCIA, 1665
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GRÉCIA, 1665
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a metade do século XVII, na Itália, paixão, vícios, vingança e desejo se transformam no fio condutor deste romance.
Era o início de uma noite agitada para o duque, um amante da liberdade noturna, pois poderia ter qualquer mulher a seu bel prazer por algumas moedas de ouro.
Costumava frequentar clubes para cavalheiros com seus amigos, apreciar as belas moças e jogar cartas, o que era motivo das constantes discussões com seu pai; ultimatos para abandonar a libertinagem e contrair matrimônio com uma moça decente e de título, a todo custo.
Precisava se distrair, mas essa noite não foi nada comum. Nessa noite, ele ganhou muitas moedas de ouro do Conde Rovere, o que Max não sabia era que o conde estava à beira da falência. O patife fugiu na calada da noite para não pagar a dívida, mas o duque jamais permitia que o enganassem ou traíssem.
Na manhã seguinte, foi visitar o seu devedor e constatou que o filho se recusou a ajudá-lo, preferiam o nome da família na lama a ajudar novamente no vício do pai; uma atitude um tanto nobre se for contemplada como uma busca por aprendizado.
O conde, então, ofereceu algo mais valioso do que ouro e prata: um casamento com sua amada e belíssima filha. Max, após muito refletir e ter conselhos do seu sábio pai, resolveu aceitar a moça como pagamento de sua dívida, um tanto a contragosto, devemos ressaltar, pois acima de tudo e somente para alegrar seu pai, aquele casamento iria tirá-lo de seu pé.
Mas não seria nada fácil, ele via este casamento como uma espécie de prisão e resolveu tornar a vida da moça um inferno e, claro, que ela, de bom grado, aqueceria suas noites frias. O conde pediu um prazo de um mês para trazer a filha da corte e o acordo foi selado. Max voltaria para buscar o que era seu por direito.
Ao voltar para reivindicar sua noiva, foi recebido por lady Isabelle, sua futura esposa, que nada tinha da moça inocente, culta e gentil que seu pai prometera, pelo contrário, era uma mulher de temperamento e personalidade fortes, de considerável coragem, que não tinha medo de falar o que pensava e defender o que acreditava.
No entanto, era extremamente teimosa e, ao conhecer Max, expeliu seu ódio e desdém por seu futuro marido e o casamento proposto, recusando-se a aceitá-lo ao proferir que preferia a morte a um casamento por contrato.
Mas as mulheres daquela época não tinham opinião, opção de recusa, muito menos voz. Ela se viu perdida entre a obrigação, em que a ruína da sua família era eminente e o dever em restaurar a família e tirar o nome dela da lama e, consequentemente, perder sua liberdade.
Então, o duque resolveu barganhar com o que ela mais desejava, esquecendo que em uma partida de xadrez são dois que jogam.
Uma doce batalha que ambos estão dispostos a vencer, é como as melhores jogadas, vence aquele que souber melhor aproveitar as oportunidades.
Será o vício capaz de destruir o amor ou será o amor capaz de vencer a indiferença?
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