O Imprinting do lobisomem
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Capítulo 4 4

Dias seguintes ...

Faço como sempre em todas as manhãs: ajudo meus pais na fazenda e depois vou passear na floresta.

Hoje ajudei com os animais, cuidei dos cavalos, alimentei as cabras e afins, vendi nossas mercadorias também: queijo, ovos, leite, vários tipos de doces, manteigas, bolos e biscoitos.

Lucramos um bom dinheiro também. Sem falar que vendemos carnes de vaca, porco e galinha e também tem nossa horta. Só não matamos as cabras, elas nos rendem leite e as ovelhas, lã.

Assim que termino de ajudar, pego minha capa e vou sair como o habitual.

Despeço deles e começo a caminhar.

Hoje está um pouco frio, mas o frio não me impede de sair de casa, pois amo sair e caminhar por aí, faço uma rota diferente hoje. Em vez de ir perto da trilha da fazenda da amiga da minha mãe, sigo pela trilha que leva à floresta.

Começo a andar na trilha, minha arma como de costume está dentro da minha calça, e como meu casaco é longo, é bem difícil alguém conseguir ver.

Vou caminhando olhando para os lados, hoje está bem calmo. Poucas pessoas gostam de caminhar hoje em dia.

Eu sei que apenas alguns vizinhos nossos acampam todos os fins de semana, eles gostam de fazer trilha e acampar, eu já fui com eles e amei, meus pais não gostam de sair à noite, eles temem pelo lobo, mas não soube mais de mortes desde quando tinha 10 anos de idade.

Todos aqui evitam sair à noite também, somente alguns vizinhos que gostam de acampar e se arriscam um pouco, já eu não tenho tanto medo, e mesmo que tenha pelo menos um pouco,sempre me arrisco todos os dias, pois é algo que amo: sair e me aventurar.

Caminhando logo a frente vejo um chalé, parece abandonado, dou a volta nele para ver se não há ninguém.

Assim que vejo que está tudo liberado, sem pessoas e animais, adentro no chalé.

Mas mal consigo ficar, o cheiro é insuportável, tem cheiro de morte.

Tudo está bagunçado, folhas rasgadas pelo chão, roupas trituradas, comida jogada pelo chão, quando olho à minha direita, vejo um cadáver, tampo a boca para não gritar.

Ele está morto ali há alguns dias, tem um buraco em sua cabeça, consigo ver a carne escura em seu crânio e em outros membros de seu corpo. Não há vestígios de sangue, só tem carne podre desse homem, e seu corpo todo mordido.

Suas pernas foram arrancadas, e ele está com uma cor horrível. Meu estômago se revira, saio correndo do chalé e vomito...

Ainda bem que seguro meus cabelos para não os sujar de vômito.

Assim que termino de vomitar, me afasto mais do chalé e limpo com as costas da mão minha boca, quando olho para frente levo um susto...

Meu corpo começa a tremer e minha mão a suar. O lobo de olhos verdes que sempre vejo está na minha frente. Mas ele não é um lobo comum, parece um lobisomem, ele é enorme, parece ter mais de dois metros de altura, ele é assustador.

A cor dele é cinza, ele é muito peludo e suas presas saem de sua boca, ele parece mais um monstro do que um lobo. Não me lembrava dele assim, ele parecia menor.

Meu corpo gela olhando para ele, estamos a 20 passos de distância. O que eu faço, corro? Eu não terei chances... meu Deus... minha boca começa a tremer...

O defunto dentro do chalé só pode ser obra dele. Ele veio terminar de comer e encontrou mais um lanche para ele.

Merda, esse vai ser meu fim?

Eu não sei o que fazer.

Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não sei como segurar as minhas lágrimas, merda.

Mas, me lembro, tenho uma arma. Eu posso mirar nesse lobo ou lobisomem e sair correndo. Posso ter uma chance. Sinto um alívio por um segundo, posso conseguir.

Respiro fundo e a fera se mexe, ele começa a andar de um lado para o outro me olhando intensamente, deve estar planejando seu ataque.

Mas ele teve tantas chances de me pegar, porque não me pegou antes?

Levo a mão na minha barriga e sinto a vontade de vomitar de novo, o cheiro de defunto está forte demais... seguro o vômito e respiro fundo, não posso vomitar agora.

Caio de joelhos e o lobo rosna para mim com raiva. Eu fico com uma mão na barriga e a outra levo para minhas costas, levanto um pouco a capa e pego a arma. Agora esse monstro vai ter o que merece.

Respiro fundo mais uma vez, preciso manter a calma.

O besta me encara pronto para atacar.

Ele range seus dentes e vem em minha direção, suas patas afundam na terra e sinto o cheiro dele vindo até mim, um cheiro forte misturado com um aroma que já senti antes...

Mas, foco em acertar ele... não vou deixar ele me atacar.

Eu coloco a arma para frente, miro rápido nele e aperto o gatilho.

A bala atravessa sua pata da frente e isso o faz cair no chão. Ele começa a rosnar alto de dor.

Me atrevo a olhar sua face, ela com ódio, vejo seus olhos verdes mudarem para vermelho sangue, ele quer me devorar, vejo isso, meu coração acelera rápido e me levanto e começo a correr.

Dou uma olhada para ver se ele me segue, vejo o lobisomem se levantar, seus olhos se encontram com os meus, vejo a fúria neles, sinto minhas mãos tremerem de medo, me viro depressa e começo a correr mais rápido possível.

A adrenalina em mim é intensa, corro rápido indo até minha casa. Passo pela mata, tentando não cair enquanto corro.

Meu corpo todo está fervendo de adrenalina. Estou com medo, com raiva, e feliz por ter conseguido me safar dessa.

O vento faz meu capuz sair da minha cabeça, continuo a correr até chegar na entrada da fazenda, olho para os lados e não vejo nada, ele não conseguiu me seguir. Que alívio.

Acalmo meu coração e me sento na entrada de casa.

Guardo minha arma em seu devido lugar e respiro fundo...

Meu Deus, consegui, foi por pouco, solto um sorriso meio tenso, mesmo estando aliviada que saí de lá viva, também estou bastante apavorada, vi um lobo, lobisomem enorme e feroz na minha frente.

Limpo o suor e abaixo minha cabeça, céus suei muito, meus cabelos estão grudados em minha nuca.

Fico ali sentada por um tempo, tentando fazer meu coração voltar ao normal.

            
            

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