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As semanas após a nossa discussão foram tensas, com a chegada de Rochefort à nossa residência. Seu nome reverberava por toda a cidade, adornado por elogios que o pintavam como um príncipe, um soldado exemplar. Contudo, eu via além das aparências, ansiando apenas pela presença de Aramis, que compartilhava do meu descontentamento com o casamento iminente. Ele ousou sugerir a fuga, mas, movida por meu amor filial e a sensação de que algo impediria esse casamento, recusei.
Numa noite em que meu pai organizou um jantar para apresentar as famílias Coyle e Alanon, Aramis, firme ao meu lado, trocou olhares hostis com Rochefort. Este último, loiro de olhos azuis, trajava uma vestimenta marcada pelo símbolo de sua família. O jantar se desenrolava, e eu mal conseguia esconder meu desconforto. Meu pai e Aramis, ambos fixando seus olhares em mim, percebiam minha relutância.
No dia seguinte, após o café da manhã, encontrei Athos no local de treinamento. Nosso treinamento matinal foi interrompido por um tumulto na área de treinamentos, onde Rochefort e Aramis se envolveram em uma briga acirrada. Com olhares de preocupação, questionei Athos sobre o ocorrido, e ele explicou a provocação de Rochefort e a resposta combativa de Aramis.
Minha tentativa de interferir foi detida por Porthos, enquanto os rapazes, que me consideravam como uma irmã, enfrentavam a situação. Aramis e Rochefort duelavam ferozmente, e a tensão aumentava até ser interrompida por um grito vindo do alojamento. Treville, meu pai, surgiu e repreendeu Rochefort, destacando a lealdade e o respeito que seus soldados mereciam. Uma ameaça velada foi lançada, e Rochefort se retirou, deixando um rastro de descontentamento.
Dias depois, meu pai organizou uma festa para anunciar a união das famílias. Reclusa em meus aposentos, relutante, coloquei o colar de minha mãe e segui para a festa. Aramis, meu guarda-costas naquela noite, transmitia uma inquietação no corredor.
Ao encontrar Rochefort, mantive a compostura, advertindo-o sobre as consequências de desafiar nossa união. Sua resposta não me convenceu, e, com um leque desafiador, me afastei. No salão, a festa seguiu seu curso, e, após o anúncio de meu pai, dancei com Rochefort, mas minha mente vagava para Aramis.
Durante a dança, uma marca na mão esquerda de Rochefort capturou minha atenção – a mesma marca que eu possuía. Um sinal de nascença que lançou dúvidas e intrigas em minha mente. A festa findou, e eu escapei para meus aposentos.
Ao revisitar um livro, encontrei um cartaz da Taverna dos 12 Cavaleiros, convocando jovens para o exército da Rainha Aladéia Ribanesca. O destino parecia conspirar, e, enquanto tomava um banho, uma visita inesperada aguardava. Aramis estava à minha espera, e, naquela noite, entreguei-me à intensidade do nosso amor, rompendo as barreiras que nos separavam.