Sequestrada pelo chefão da máfia
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Capítulo 3 Nº 2

-¡Contesta! -Gritei ao ver Héctor paralisado diante da tela do seu celular.

-... Leia, você não sabe o quão aterrorizante esse homem pode ser... -Disse com pesar.

Ele pegou o celular mais uma vez, olhou para a tela, respirou fundo e deslizou para atender.

Sua testa começou a suar mais uma vez, suas mãos tremiam à vista e sua voz mudava completamente; era verdade, Héctor estava morrendo de medo apenas por falar com ele.

-Senhor. -Foi o primeiro que lhe disse. -Eu não acho que essa entrevista seja conveniente.

-Não, não! Diga que sim! -Sussurrei fazendo gestos para ele.

Héctor levantava os braços e negava, tentando se concentrar para não estragar as coisas com Darren ao telefone.

-Tenho mais repórteres, alguns que trabalham há anos, qualquer um deles pode entrevistá-lo quando quiser, senhor. -Continuou dizendo.

O rosto de Héctor deixava claro seu medo; sem mim, por alguma razão estranha que ainda não compreendia, não haveria entrevista.

-Ela é muito nova, senhor... Não sabe nada deste mundo, é inexperiente em todos os sentidos. -Tentou explicar.

Mas em um movimento rápido, enquanto Héctor hesitava e ouvia as palavras de Darren, eu me aproximei para pegar o celular por minhas próprias mãos e comecei a falar.

-Darren, sou Leia, a jornalista. -Gaguejei rapidamente. -Estou disposta a fazer a entrevista, contanto que você prometa cuidar do meu bem-estar.

Assim, diante das minhas palavras, Héctor andava de um lado para o outro preocupado, passando as mãos pela cabeça com arrependimento e levando as mãos à boca pela última vez para morder as unhas.

Ele negava e murmurava repetidas vezes que tudo estava errado, pedindo para encerrar a chamada e devolver o celular.

Mas eu sabia que era a única oportunidade que tinha por agora, e eu, assim como minha mãe, não tinha medo de nada nem de ninguém.

Ouvi sua respiração após a ligação, um silêncio profundo que fez arrepiar minha pele à distância e, pouco depois, sua voz rouca começou a chegar até mim.

-Leia. -Foi o primeiro que ele disse. -Só quero contar a minha versão, a minha verdade, depois disso, o fim chegará. Eu me entregarei. -Sussurrou explicando. -Mas antes, preciso que todos saibam de mim.

-Eu vou ouvir, senhor Darren. Vou contar sua história, vou contar a verdade sem alterá-la. -Confessei.

Mais uma vez, sua respiração sobre o microfone seria ouvida, respirando fundo, pensando e finalmente aceitando. -Não me enganei com você, Leia. -Confessou. -Você é corajosa e determinada.

-Posso perguntar por quê? Por que eu? -Questionou.

-Porque você merece uma chance, Leia. Merece a chance de mostrar seu potencial. -Sussurrou. -Alguém acreditou em mim uma vez, foi assim que uma nova era começou em minha vida.

-E como você sabe de tudo isso? -Questionou confusa.

-Darren sabe de tudo, Leia. Tenho ouvidos e olhos em todos os lugares, até mesmo onde você pensa que não. Mas agora, espero te ver em breve, só você e eu, senão, enviarei meus homens para acabar com tudo. -Avisou. -Nada de polícia, nem de armadilhas, Leia. -Repetiu. -Não quero que tenha o mesmo destino que sua mãe... -Sussurrou.

-Minha mãe? -Perguntei. -O que você sabe sobre minha mãe? -Insisti.

-Darren sabe de tudo, Leia, vê e ouve tudo. -Lembrou. -Em breve terá notícias do dia, da hora e do local. Não se apresse. -Sussurrou antes de encerrar a chamada.

Fiquei em branco, olhando para a tela tão gelada quanto Héctor a viu horas antes. Ele veio até mim, pegou o celular das minhas mãos, segurou meus ombros e olhou fixamente para mim. -O que você acabou de fazer, menina? O que acabou de fazer? -Insistiu nervosamente. -Você se colocou em risco, aceitou a proposta dele... Está brincando com fogo! -Avisou.

-Él sabe algo, Héctor. Sabe algo sobre ese tiroteo, sabe algo sobre mí... Sabe sobre mi madre. -Sussurrei franzindo a testa, um pouco confusa. -Como ele pode saber tanto? -Questionei.

-... Leia, Darren tem homens por todos os cantos da cidade, sabe tudo sobre todos. Minha preocupação é a fixação dele em você, exclusivamente em você... -Sussurrou confuso. -Isso não cheira bem, Leia. Não faça isso, não faça por sua mãe.

-É por ela que estou fazendo, Héctor. Assim como eu, ela não teria perdido uma oportunidade assim. -Adverti.

-Eu sei, mas olhe para você agora, de que adiantou sua mãe ser assim? Onde ela está agora? -Perguntou, me olhando em branco.

-Ela morreu fazendo o que amava, Héctor, defendendo tudo o que conhecia, sendo uma heroína para todos... Morreu com honra. -Expliquei.

-Exatamente, Leia, ela morreu. Não quero o mesmo para você. Ainda há vida para viver, você é uma garota. -Insistiu.

-Nada mudará minha decisão, Héctor. Já vendi minha alma ao diabo, agora tenho que enfrentá-lo de uma vez por todas. Não quero servir café pelo resto dos meus dias, não vim aqui para isso. Se assim eu mostrar meu potencial, que assim seja.

-Você está colocando sua vida em risco, Leia. -Lembrou.

-Corremos perigo todos os dias, Héctor. Inclusive estando aqui dentro, a morte está por toda parte.

-... Mas desta vez é você quem está indo atrás dela. -Avisou.

-Estou indo atrás de um sonho, Héctor. -Reclamei.

-Você está indo atrás de um sonho muito arriscado, Leia.

-Mesmo assim, farei, Héctor. Não me impeça como tem feito todo esse tempo. -Disse um pouco irritada. -Veja o lado positivo, se algo me acontecer, você não terá mais que inventar desculpas toda vez que peço um trabalho real.

-... Você não conhece as minhas razões, Leia... Cuidei de você todo esse tempo, é a única coisa que tentei fazer. Sua mãe foi minha melhor amiga, teria querido que você estivesse segura, longe de todo perigo. -Explicou.

-Minha mãe teria querido que eu seguisse meus sonhos, Héctor. Foi o que ela fez a vida toda, seguir seus sonhos, não importa o quão arriscado fosse.

            
            

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